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| Poesias-->Fatima -- 18/08/2002 - 05:24 (Maria Tamar T Albuquerque) |
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Fátima
Oh andaluz intrépido
Que cavalgas o vento
Teu negro alazão brilhante
Que caminhas altivo e errante
Pousa nos olhos meus!
trazes na pele a tarde morna
nos cabelos a negra noite
mas tua rubra boca
fala de estrelas do ibero céu!
Tenho na íris
um punhado de mel
e na pele um níveo véu
engastado de marfim
uma rosa adornada
de perolas matizadas
fala dos sonhos meus
que no fim da tarde se escondem
Sou Fátima no deserto criada
Que sonha com o mouro amado
E cavalga o vento ateu!
Mouro das estórias ciganas
Meu sangue se ufana
Em ser herdeiro teu
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