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Artigos-->A Depressão -- 03/02/2008 - 15:18 (Max Diniz Cruzeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estado psicológico caracterizado principalmente pela ausência de estímulos positivos. Existem três tipos de depressão: a primeira o cérebro imite pensamentos que diminuem a estima da pessoa seguidamente até ela se convencer de que está psicologicamente ruim; a segunda variação a pessoa não apresenta pensamentos que induzem um mal estar psicológico e, no entanto sente a todo o momento uma falta de ânimo, um estado de espírito negativo, que não consegue adquirir forças para sair dele; e por fim, existe uma terceira variação, um estado misto, onde há a presença de pensamentos que induzem um estado de espírito negativo até o momento em que a pessoa se convence e a partir deste instante os pensamentos cessam e o estado de consciência de desânimo e aflição fica instalado na psique do indivíduo.



Para quebrar as estruturas neurais de uma depressão é necessário fazer um tratamento de choque sobre o indivíduo. Pámela de 70 anos sofria muito com depressão, não queria sair de casa, quanto menos de sua cama. Comia apenas o que era fundamental para sua existência. O desânimo era corrente e recorrente. Não mais conversava com seus familiares. Só queria esperar sua morte. Adriana sua filha tentou de tudo para convencer sua mãe que era necessário tratamento. Ela não queria ouvir apenas ficar deitada e esperar para que seus dias de solidão tivessem um fim. Então Adriana não pensou duas vezes, esperou que Pámela, sua mãe, se deitasse como de costume, encheu um balde de água e jogou sobre sua mãe depressiva sobre a cama. Em seguida, Adriana correu para seu quarto e se trancou. Sua mãe enfurecida levantou braviamente, expôs toda sua indignação, falando por diversas horas e andando de um lado para outro da casa tentando uma forma de abrir a porta da filha que havia lhe jogado água.



O que Adriana fez foi uma atitude extremada. Porém ela foi feliz no sentido de conseguir que a mãe reagisse e formulasse pensamentos que lhe tiraram momentaneamente da depressão. O ódio que Pámela sentia pela filha escondeu toda a tristeza que antes ela sentia. Começou a se movimentar e a articular. Planejar formas de vingança. Era outra pessoa, não mais estava sobre a cama em estado catatônico. Esta atitude da filha não foi a cura para a depressão de sua mãe. Quando mais calma ela foi encaminhada para um psiquiatra que receitou os medicamentos corretos para o caso de sua mãe. Que após um longo período de orientação profissional afastou de vez a depressão de sua vida.



Joaquim teve uma grande decepção com Margaret que o traiu com Paulo. No primeiro instante Joaquim saiu de seu normal e levantou a mão para sua esposa Margaret que decidida a terminar tudo foi viver com Paulo. Joaquim não sabia o que fazer Margaret além de ir embora levou seus filhos juntos, dizia ela que Joaquim não tinha responsabilidade suficiente de cuidar das crianças já que passava grande parte de sua vida se divertindo com a bebida. Dizia ela que não foi por falta de avisos. Ele não queria ouvir e agora colheu o que plantou há um bom tempo. Pobre Joaquim, sem família, a vida agora lhe pregou um peça. Então os pensamentos de Joaquim começaram a culpá-lo pela falta que Margaret e as crianças faziam em sua vida. Ele perdeu o gosto pela vida, nem tinha mais ânimo para beber. Ficava horas tentando uma explicação para sua vida. E à medida que refletia fica mais abatido e começava a chorar. Então passou a beber não mais pelo prazer, mas para afogar suas mágoas.



Observe que Joaquim ficou depressivo em virtude de seu comportamento repulsivo em relação à Margaret. Mas a depressão de Joaquim não foi suficiente para que ele largasse o exagero em relação à utilização da bebida. Bebia agora era uma forma de autodestruição. Joaquim chegou a um ponto que sua dependência psicológica entre sua ex-esposa e seu vício tivesse uma íntima relação biunívoca. Para muitos Joaquins existem inúmeras soluções para retirar a pessoa do estado da depressão: uma delas seria encaminhar Joaquim para um grupo de alcoólicos anônimos que possuem psicólogos treinados para este tipo de comportamento, outra seria encaminhar Joaquim a um psiquiatra com acompanhamento de um psicólogo que estudaria detalhadamente o caso de Joaquim para poder quebrar a seqüência neural de pensamentos que o induzia ao vício; Joaquim poderia também encontrar conforto e paz espiritual participando de uma congregação, assim encontraria um sentido maior para sua vida substituindo os relacionamentos neurais que o faziam beber pela busca da auto-realização divina; Joaquim também poderia meditar sobre seus pensamentos, buscando aprender os valores e anti-valores que o levaram a beber e perder Margaret, assim, conhecendo a si mesmo iria evitar o exagero da bebida e aos poucos recompor sua vida, evitando o martírio psicológico das coisas que havia perdido e tentar reconquistar sua vida, o apoio dos familiares e de sua família perdida; Joaquim gosta mesmo de beber, não pelo uso do álcool, mas pelo sabor da bebida, então Carlos seu amigo que passou por um problema parecido incentiva Joaquim a beber bebidas sem álcool... então Joaquim pesquisa e descobre que no mercado existem cervejas, licores, cidras e vinhos sem teor algum de álcool e aos poucos ele consegue se livrar do vício e retornar sua vida normal livrando-se da depressão que caminha junto a ela. São muitos os sistemas de reabilitação para os Joaquins que encontram no vício um caminho para sua própria autodestruição.





Anne sente uma agonia enorme, não consegue controlar. Ela por vezes chora sem saber a razão que a leva ficar assim: triste. Ela pára para pensar e verifica que não há pensamentos em sua cabeça que a fazem ficar da forma que se encontra. Mas num primeiro momento Anne não deseja tomar medicamento para que esta sensação ruim passe rápido. Ela percebe que dia a dia seu desejo de sair com os amigos está diminuindo. Ela tende a um isolamento sistemático. Quando percebe está apenas em seu quarto e sua comunicação com o mundo: o computador.



Observe que as impressões que Anne capta ativam automaticamente estímulos sensoriais que a deixam pesada, sentindo-se indisposta, fraca, sem ânimo... então Anne teve uma brilhante idéia: ligou o computador e pesquisou em sites de busca por imagens que representavam bons estímulos em sua vida. Isto para ativar as boas recordações em sua mente e ter ânimo para reequilibrar sua caixa cerebral. Então Anne procurou por flores, borboletas, cachoeiras, animais, mares, peixes, rosas, bromélias, orquídeas, jardins, bebês, ...



Já Juca teve quando criança boas recordações indo para sua congregação. Então optou como forma de passar sua depressão por ativar pensamentos ligados à religião: ouvindo músicas, recitando provérbios, lendo sobre ensinamentos divinos e lendo livros de auto-ajuda.



Patrícia buscava no mundo das artes aliviar sua depressão: observava quadros de pintores famosos, procurava ler livros de pensamento positivo, ia ao teatro para poder desenvolver sua capacidade de reflexão e recordava álbuns de infância, procurava se alimentar bem e a orientar seus sensores neurais para práticas de associação de estímulos que proporcionavam prazer momentâneo.



Mas têm pessoas que mesmo após realizar todos estes trabalhos mentais que Anne, Juca e Patrícia fizeram para reequilibrar os estímulos neurais do cérebro não conseguem desativar a carga neural que proporciona o mal estar. Nestes casos é conveniente procurar um psiquiatra que indicará quais os componentes químicos estão faltando em seu cérebro e que por isto está ocasionando este mal estar tão duradouro.



Mariane acabou de ter Alex como filho. Depois de passar pela anestesia da cesariana Mariane teve uma crise depressiva. Não tinha ânimo para nada, nos primeiros dias de vida de seu filho ela chegou a rejeitar a criança. Seu comportamento modificou muito depois que teve a criança, ao ponto dos familiares observarem e levarem-na a um médico para avaliar seu estado psíquico de saúde. O médico logo foi dizendo: Mariane está com um quadro de stress pós-traumático. E indicou o tratamento necessário para que a jovem pudesse retornar sua vida normal. Num quadro de depressão a medicina sempre encontra uma forma para reequilibrar o cérebro da pessoa, pelo uso terapêutico de medicamentos e por procedimentos de avaliação psicológica que recompõem a forma neural de pensar de um indivíduo.



Max estava com bastantes pensamentos na cabeça, os pensamentos induziam ele a raciocinar que era uma péssima influência para as pessoas, que era uma pessoa muito ruim, que deveria acabar com sua vida, pois seria um favor a outras pessoas, que era um incômoda para outras pessoas, um estorvo, uma pessoa que deveria ser renegada, que seus valores não eram dignos como o dos outros,... A cada novo pensamento que Max realizava uma seqüência de outros pensamentos correlatos davam embasamento ao mau caráter do moço.



Max não queria acreditar, mas cada vez que mudava o foco de suas mentalizações, uma nova seqüência de pensamentos induzia-o a pesar que era uma “persona ingrata”. Então o rapaz, percebeu que ao ler um livro ou quando assistia televisão os pensamentos associavam com as palavras que estavam escritas no livro ou que estava vendo na tv. E sempre desencadeava uma nova série de pensamentos correlatos que induziam a uma depressão profunda, uma vontade de ficar apenas dormindo e meditando sobre as péssimas ações que fizera em sua vida.



Então o jovem não querendo acreditar que suas elucubrações estavam dizendo a verdade fez duas práticas que permitiu o restabelecimento de sua psique enquanto o efeito do medicamento transcrito por um psiquiatra não fizesse completamente o efeito esperado: começou a relatar periodicamente, como estivesse escrevendo um livro, tudo o que os pensamentos estavam lhe dizendo; e, passou a observar os seus pensamentos cada vez que seu foco alterava e percebeu que sua recordação estava automatizada e recorrente a trazer informações negativas que sua psique havia armazenado que induziam a depressão.



As anotações de Max serviram para que o psicólogo pudesse avaliar os elos que levavam ao delírio depressivo dele. De forma que o tratamento psicológico ficou mais eficiente e correspondeu a um trabalho mais profundo por parte do profissional que teve mais elementos para fazer que este tipo de depressão desaparecesse da psique de Max. Quando não devidamente tratado este quadro pode evoluir para transtornos bem mais complexos como o Transtorno Bipolar. Quando Max optou em transcrever seus pensamentos estava buscando, sem saber, uma forma de se liberar da interpretação dos argumentos contidos nos pensamentos, bem como o drama e sentimentos passados que estavam vindo à tona. O fato de escrever faz com que a pessoa libere a carga somatizada de informações contidas no inconsciente, os fatos deixam de ser uma verdade incontestável para ser uma obra de ficção.



Kátia tinha insônia e começou a fumar para conter um pouco a ansiedade de ficar noites inteiras esperando o raiar do dia. Depois ela associou a noite com a solidão. Começou a perceber a ausência das pessoas e entrou em depressão. O que era um caso de insônia teve uma evolução graças as associações que Kátia desenvolveu ao associar elementos da insônia com outros que ela visualizou em seu cotidiano. Ler um livro para se distrair faria que sua mente ficasse cada vez mais desperta. Ligar a televisão e assistir um filme também prenderia sua foco de atenção, mas existem algumas pessoas que utilizam este artifício para cansar a mente e adormecer com o ruído do aparelho. Mas este não era o caso de Kátia que não conseguia adormecer com a tv. Ouvir música fazia com que ela se relaxasse um pouco, porém o sono não vinha.



Após a depressão, Kátia resolveu procurar ajuda médica que achou conveniente tratar de sua insônia em vez de receitar remédios para depressão. Então o médico acertou em cheio, diagnosticando a causa e não combater os efeitos. Ela tomou por recomendação médica medicamentos para insônia e logo se restabeleceu. Quanto a sua insônia era provocada por falta de componentes químicos em seu cérebro. Logo Kátia voltou a ter sua vida normal, fez uma terapia individual e o psicólogo após trabalhar com sua psique conseguiu retirar a dosagem de medicamentos que Kátia usava.



Uma tristeza profunda pode levar um ser humano a depressão. Foi o caso de Jasmim que gostava de Heitor. Jasmim a muito tempo sentia algo profundo por Heitor, só que sua timidez não deixava nunca dizer seus sentimentos a ele. Enquanto isto Heitor viu Tânia, que se apaixonaram e acabaram casando. Pobre Jasmim sua timidez fez com que perdera seu grande amor. Agora era preciso fazer algo! E os planos de anos de sofrimento calada que Jasmim fizera para os dois? E todo o complexo sentimento que nutrira durante anos para que os dois ficassem juntos? O que fazer?



Cada vez que Jasmim lembrava de algum projeto seu não alcançado era como se fosse um “tapa” que levava da vida por não ter realizado suas expectativas. E a recordação da moça levava cada dia para um quadro de infelicidade e tristeza. Não podia nem ouvir falar no nome de “Heitor” que logo as lágrimas escorriam. Quando via crianças perto de si, correndo e brincando, vinham pensamentos em sua mente que lhe lembravam que aquelas crianças poderiam ser filhas dela com o moço. Era motivo para que se afastasse cada vez mais das pessoas. Sua carga somática em relação a Heitor era muito grande. As associações que fizera em sua vida eram enormes. Ela não tinha muito que fazer, pois o fato de Heitor ser casado com outra era suficiente para que todo o sentimento que havia nutrido por ele durante anos viesse a se perder.



Jasmim não sabia, mas estava caminhando a cada dia para a depressão. Repare que o caso de Jasmim não é o fato dos pensamentos estarem atormentado-a, e sim, uma identificação não realizada que ativa elementos em seu consciente que a deixam estar tristes diante de uma frustração. Para se libertar é necessário colocar para fora tudo o que se sente, não deixar se levar pelos pensamentos que cismam em voltar sempre ao mesmo assunto, na mesma direção. Quando se tem bons amigos eles podem servir para a canalização dos pensamentos reprimidos, ou na ausência deles um bom psicólogo é capaz de colher toda uma frustração e orientar o indivíduo de forma que ele possa se liberar dos pensamentos que sempre teimam em rodeá-lo.



Yuri tinha 24 anos quando sua mãe faleceu de uma doença pulmonar repentina. O rapaz não sabia o que fazer, pois ela era uma pessoa muito querida e tinha fortes laços de amor por sua mãe. A lembrança por ela a cada dia deixava uma profunda tristeza em seu coração. Ele desejava estar ao lado de sua mãe e rezava por ela todos os dias. Quando sonhava que estava ao lado dela, ao acordar, começa a chorar desejando que aquilo que aconteceu eu sua família não fosse uma realidade. Ele não conseguia mais conter-se diante dos amigos e não parava de falar em sua mãe a todo o momento. À medida que o tempo ia passando as pessoas começaram a diversificar um pouco os assuntos, mas para Yuri que não queria parar de pensar em sua mãe isto era um afronta à memória e começou a se afastar dos amigos.



Quando percebeu Yuri estava completamente isolado, seus pensamentos eram cada vez mais fixos e tristes, Yuri entrara em depressão, pois suas mentalizações não deixavam penetrar a informação que sua mãe havia repousado. Para ele era como se a mãe ainda estava presente. A depressão neste caso é mais forte nos primeiros dias do infortúnio, e ao passo que a pessoa vai deixando passar novas informações, novos valores, novas perspectivas de vida vai liberando a ligação com o passado. A mente vai migrando os fatos para uma seção da mente reservada à memória. Se muito prolongado o sofrimento é recomendável que a pessoa procure um orientador espiritual ou um psicólogo que estão preparados a fornecer os ingredientes necessários a liberar do sofrimento o parente.



A depressão coletiva recai muitas vezes sobre um grupo de pessoas que têm um acontecimento grande ou indivíduo como referência a um conjunto de valores de uma sociedade. Este indivíduo costuma a canalizar o grupo mostrando atitudes, ações, vínculos e fatos que fortalecem um grupo e enchem de orgulho cada vez que este indivíduo manifesta seu caráter perante o público. A depressão coletiva surge em dois casos: primeiro na ausência do indivíduo de referência pela sua morte; e, em segundo lugar quando este indivíduo tem uma atitude que choque todo o grupo que o representa, sem que com isto provoque uma revolta, como por exemplo, tentar um suicídio.



Na depressão coletiva as pessoas ficam chocadas, as rodas sociais de pensamento giram em torno somente de um único assunto. Os meios de comunicação divulgam maciçamente os fatos. Alguns elementos do grupo chegam a reações extremadas em nome do ídolo. Muitos levam para sua vida pessoal o problema e desenvolvem uma depressão interna em relação as suas próprias vidas. A depressão coletiva é passageira. Seus efeitos duram enquanto o choque ainda não for dissipado pela sociedade. Em geral o grupo absorve a nova realidade em 2 semanas podendo durar até um 1 mês em casos extremamente importantes para o grupo.



Em todo o caso prevenir é o melhor remédio antes de chegar a uma depressão. Se você está com pensamentos muito negativos faça os testes canalizando pensamentos positivos. Se os primeiros persistirem analise, tome cuidados e se achar correto entre em contato com um especialista.
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