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Contos-->O Bebedo e A Grávida -- 21/06/2002 - 14:58 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O sol já cumpria a sua tarefa do dia e caminhava pra noite pensando no Oriente.Enquanto as lojas fechavam e muitos trabalhadores seguiam em romaria para as paradas dos ônibus.E dentre eles seguia em disparada o Sr. Afonso, com a sua tia Iza, que estava com os seus cinco meses de grávida, parecendo pelo tamanho de sua barriga estar com nove meses.
Ele incontrolável, em todo boteco que via pela frente parava e pedia uma latinha de cerveja. Na sua idade normalmente umas três latas são o suficiente pra deixar qualquer um, falando como político e pisando na lua.
Haja paciência daquela moça que vinha parecendo caracol, a se arrastar, a se arrastar com aquela imensa barriga.
Quando enfim chegaram na parada, uma forte chuva começou a benzer o solo da terra e o cansaço de todos que se aglomeravam ali. Agora a esperar a boa vontade dos expressos lesmas, ou seja, os ônibus, que nos fins de semana demoram aproximadamente uma hora ou mais pra passar. Testando assim a dócil paciência, desse povo já tão sofrido.
-Eta País porreta! Complementava alguém bastante insatisfeito.
E enquanto o transporte não vinha a moça se queixava de dores nas pernas:
- Ah! Sr. Afonso, não sei por que me deixei levar pelo senhor e aceitei o seu convite, pra vir ao comércio escolher um presente pra sua namorada!
-Estou com as minhas pernas doloridas, cansadas. E essa barriga está me matando!
Sem perder a pose o Sr. Afonso disse:
- Ora eu te convidei por que confio no teu bom gosto. Ademais você precisa andar pra exercitar os músculos, não é o que recomendou o médico!
- É mas, não precisava o Sr. querer me esfolar. Andar quase o dia todo é mazoquismo! E o Sr. não carrega outro!
Argumentos em pausa, pois o ônibus acabará de chegar. E quem ia pegá-lo correu. Entre todos eles.
Só que o Sr Afonso era motorista e não pagava passagem, apresentou o seu crachá e pela frente entrou.
Como já estava meio alto, entrou no ônibus sem se aperceber de sua tia. Quando ônibus esboçou à saída. Ainda que de raciocinio lento por causa da bebida ele gritou:
- Motorista para o ônibus! A baixinha não embarcou!...
O ônibus estava lotado,a chuva parecia mais intensa e o desespero de chegar em casa, aliado ao cansaço, fez o povo resmungar.
Mas como todo bebedo que se prese. O escândalo foi generalizado em gritos alcólicos e de desespero.
Pare o ônibus motora! Meu Deus cadê a baixinha?
E o ônibus saia um pouco e parava em seguida por que o bebedo não deixava sair. E como o motora era amigo ficava sem saber o que fazer, em função da amizade.Com isso o povo foi se envolvendo e logo todos procuravam a baixinha, sob gritos de angustias e curiosidade.
- Baixinha onde estás?...Ei baixinha aparece!
Tudo isso enusitadamente sob risos envenenados e muita chacota. O barulho chegou até a encomodar um policial que estava no coletivo e pediu que fizessem silêncio.
De súbito,uma voz tímida e envergonhada quebrou o gelo e saiu do silêncio dizendo:
-Sr. Afonso estou aqui!...
E todos impiedosamente olharam prá trás, abrindo-se então, um corredor de ligação ótica no ônibus.
O bebedo,deu uma risada e olhando pro fundo do lotação disse: - Olha lá a baixinha ela estava aqui! A coitada que estava lá atrás ao lado do cobrador,além do cansaço e dores nas pernas, agora toda encolhida, estava bastante vermelha. Pois todos os passageiros, o Sr. Afonso, aqueles que estavam ainda na parada e o motorista, estavam olhado pra ela.
Sem saber muito o que fazer, levantou uma das mãos e acenou pro seu sobrinho, que agora mais tranquilo acabava de cair, completamente embreagado no chão daquele ônibus de seguia, enfim o seu rumo.

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