Usina de Letras
Usina de Letras
148 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13569)

Frases (50607)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6186)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->O poder de regeneração de H-Tóquio. Capítulo 1 -- 02/01/2003 - 20:46 (Renato Junqueira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aqui vai o primeiro capítulo de um roteiro que tenho para estória em quadrinho. Se algum magnata quiser patrocinar... hehe...


Sakura Trash Captors
(O poder de regeneração de H-Tóquio)

capítulo 1: Trash!!

Cena 1: Uma típica sala de aula japonesa onde se encontra pré-adolescentes assistindo uma aula ministrada em japonês, claramente demonstrado com balões de diálogos em japonês. Um close é feito em um dos alunos meio transtornado com alguma coisa.
Hibaratu (o aluno em questão): Minha nossa, isso é literalmente grego para mim...
Hibaratu, então, não entendo patavinas da aula, começa a dar uma olhada nos colegas de classe para passar o tempo. Ele dá uma olhada e vai reparando mais nas meninas ao lado, até que percebe que uma delas também está com uma cara de transtorno ainda maior, junto a um balão de diálogo em japonês. Ele dá uma olhada em seu caderno, não tem nada escrito lá, e pensa: "Nada escrito...". Como a menina é colega vizinha dele e ele não tem nada para fazer, ele acaba perguntando a ela...
Hibaratu para a menina, baixinho: é brasileira?
A menina olha para Hibaratu com cara de espanto e responde...
Sakura (a menina em questão): Sim! (alto) ai... sou, como é que você sabe?
Hibaratu, ainda baixinho: Eu sou o maior Xerloque Gomes que existe... hehe...
Professora, em japonês: Silêncio!
Hibaratu, sem ligar, mesmo porque não entendeu nada: Depois da aula, vamos conversar?
Sakura, desviando o olhar dele, ainda baixinho: Se liga, menino, a professora mandou você calar a boca.
Hibaratu, com cara de preocupado, serrando os dentes: Ai, é?!?
A professora olha um pouco brava para Hibaratu e começa a pagar um sapo - em japonês, é claro - para ele. Ele continua olhando para o quadro, estático, com nenhuma alteração facial ou movimento de arrependimento com a cabeça devido a bronca.
Cena 2: A aula acabou de terminar, há alunos saindo, enquanto Sakura e Hibaratu estão do lado de fora da sala de aula conversando.
Sakura: Que bronca você tomou, hem?
Hibaratu: Bronca?! Que bronca?
Sakura: A bronca que a professora te deu por te pegar conversando.
Hibaratu: Quê? Aquilo foi uma bronca?
Sakura: Foi, sim... você não entendeu o que ela disse?
Hibaratu: Que bronca esquisita... a voz dela não parecia de bronca. E, não, não entendi nada. Eu não sei quase nada de japonês ainda. Na verdade, esse é meu segundo dia em Japão-agá.
Sakura: Nossa, que louco. O que você tá fazendo aqui então?
Hibaratu, meio triste e cabisbaixo: Na verdade, foi meu pai que me mandou para cá... eu disse para ele que eu queria era ser jogador de futebol, e deu nisso. Eu nem era mau aluno...
Sakura: Há, há, há... nossa que patético.
Hibaratu: É engraçado quando é com outros, né? E você, minha filha, o que cê tá fazendo aqui dando bandeira?
Sakura: É... minha família mudou para cá.
Hibaratu: Há, há, há!! Então, você vai viver aqui o resto de sua vida!! Isso que é patético! há, há, há!!
Sakura, vermelha: Ah, menino, eu não tenho que dar satisfação da minha vida pra você. E... eu não vou morar aqui para sempre!
Hibaratu: Boa sorte, com estes uniformes idiotas até a universidade, há, há, há!!
Sakura: Eu também estou aqui de passagem, minha família que me mandou aqui... eu não vou morar aqui minha vida toda, não vou!
Hibaratu: é... já vi que não gosta daqui. E por que te mandaram pra cá então?
Sakura, meio triste: É porque eu saía muito com o pessoal lá no Brasil, e minhas notas ficaram ruins e eu reprovei de ano. Como castigo, meu pai me mandou pra cá...
Hibaratu: Onde as pessoas são responsáveis e vão pegar no seu pé para que você termine o seu dever de casa. Há, há, há!!
Sakura: Engraçadinho...
Hibaratu sorrindo: Eu sei.
Enquanto conversavam, um japonês se aproximou e entrou na conversa...
Rogério (o japonês em questão): Não pude deixar de notar que vocês estavam falando português. Hibaratu: Putz! Mas quantos brasileiros tem essa escola?
Sakura: Na verdade, essa escola foi construída por brasileiros que vieram para o Japão-agá. Não é à toa que alguns pais mandam os filhos do Brasil para cá como castigo.
Rogério: Isso é uma sacanagem, a gente não pode nem ser um pouco vagal na escola. É muito chato aula. E o pior de tudo que faz muito tempo que eu nem consigo conversar direito com alguém, acaba que você vai estudar porque não tem como sair com ninguém!!
Hibaratu: Gulp! Isso aqui é um pesadelo!
Rogério: Não é, se ficarmos unidos!
Sakura: É, a gente podia combinar de sair. Eu não tenho mesmo escolha a não sair com molecotes como vocês, mas é melhor isso do que ficar sem ninguém para sair.
Hibaratu: Há, há, há... como se você fosse muito adulta com essa idade.
Rogério: Vamos parar de discutir infantilidades. Vamos ficar unidos para sair e conhecer essa cidade estranha. Seria uma espécie de tour, o que vocês acham?
Hibaratu: Por mim, tudo bem. Vamos de bike?
Cena 3: É de noite. Eles estão andando de bicicleta em uma rua meio vazia quando Hibaratu vê uma outra bicicleta encostada no início da parede de um beco, em uma parte um pouco iluminada.
Hibaratu: Vocês repararam que aquela bicicleta está lá desde que a gente veio por aqui?
Rogério: Eu não.
Sakura: Qual bicicleta?
Hibaratu, apontando o dedo para a bicicleta: Aquela ali!
Hibaratu vai em direção da bicicleta e pára do lado, deixando a sua no chão. Ele passa, então, a analisar a bicicleta, subindo em cima para andar.
Hibaratu: Ela tá um pouco velha, mas ainda está perfeita para andar. Será que largaram ela aqui sem mais nem menos?
Sakura: Claro que não, garoto. Olha só o estado da bicicleta, dá até para andar. Deixa ela aí.
Rogério: Mas tem mais coisa ali no breu. Não é só bicicleta, não.
Rogério, então, aponta para o fundo do beco, onde está tudo escuro, mas, um pouco antes da escuridão total, nota-se que há outras coisas amontoadas. Logo, Rogério e Sakura se aproximam dos objetos mal iluminados do beco e encontram um sofá, televisões, computadores, máquina de lavar e uma geladeira tipo pequena, brinquedos eletrônicos e um monte de mangás.
Sakura: Nossa, será que é um mendigo que mora aqui?
Rogério: Não fala merda, Sakura, como ele viveria com isso aqui tudo amontoado, onde ele ia ligar todas essas coisas? Tem algo esquisito aqui.
Hibaratu chega, então, perto deles com a bicicleta.
Hibaratu: Olha só o tanto de coisa! Quem foi o louco que deixou tudo isso aqui?
Rogério: Suspeito que isso aqui não é de ninguém, não. Parece entulho de coisa jogada fora mesmo. Eu já li alguma co...
Nesse momento, alguma coisa começa a se mexer no meio do entulho, fazendo um barulho considerável e interrompendo Rogério e causando um tremendo sustos nos meninos, que saem correndo gritando...
Rogério, Sakura: Ahhh!!!
Hibaratu, jogando fora a bicicleta na direção do entulho: Tem um cara no meio dormindo aqui!!
Rogério e Sakura saem correndo com suas bicicletas, e Hibaratu pega a sua para disparar fora logo em seguida também.
Cena 4: Na escola, em um corredor, no intervalo, os três estão conversando de novo.
Hibaratu: Vocês são uns covardes... nem me esperaram.
Rogério: Você não tem pernas, não?
Sakura: Você que inventou de pegar aquela bike, lembra?
Rogério: Seja como for, aquilo lá não tinha ninguém, não. Aquilo lá é onde colocam lixo para levarem.
Hibaratu: É, eu sei. Mas o que que estava mexendo ali no meio?
Rogério: Não sei, mas não pode ter sido uma pessoa. Não tinha lugar para caber uma pessoa ali. Aliás, já que aquilo é de ninguém, vou voltar lá para pegar umas coisas para mim.
Sakura, levantando os braços: Aquela geladeirinha é minha!
Hibaratu, com a mão no rosto em pose de pensativo: Aquele lugar pode guardar coisas interessantes para se pegar... huummm...
Cena 5: O sol está se pondo, Sakura, Hibaratu e Rogério estão a pé, pegando a geladeira no beco.
Hibaratu: Por que logo a geladeira?
Sakura: Não reclama, menino. Porque eu venci no zerinho ou um.
Rogério: Mas você prometeu voltar aqui com a gente para pegar nossas coisas. Quero ver...
Hibaratu: É... levar essa geladeira vai dar trabalho.
Hibaratu dá uma olhada para o monte de entulho, e olha um monte de coisas novas que não tinha como ver no escuro: um aspirador, liquidificadores, batedeiras, torradeiras, carrinhos eletrônicos, robôs de brinquedo...
Hibaratu, fitando o entulho e sorrindo: Amanhã, eu volto aqui com certeza.
Cena 6: Já é o outro dia (indicado por uma legenda, no quadrinho), mais uma vez um pouco antes do pôr-do-sol, Rogério e Hibaratu estão parados em uma rua quase vazia esperando Sakura.
Rogério, olhando o relógio: Já era para ela estar aqui.
Hibaratu: Que bolo a Sakura nos deu, hem? Carregamos aquela geladeira à toa!
Rogério: Podemos fazer nada, vamos esperar mais um pouco, Hibaratu...
O tempo passa e a noite vem chegando, e a cara que eles fazem é de estarem nervosos.
Hibaratu: É, Rogério, a safada da Sakura não vai vir mais, não. Vamos logo antes que escureça de vez.
Rogério, resignado: É... fazer o quê.
Cena 7: Rogério e Hibaratu chegam ao beco de novo, começam a vasculhar os objetos para ver qual levar.
Hibaratu, olhando um avião aeromodelo: É incrível o que eles jogam fora...
Rogério: E aí, Hibaratu, achou alguma coisa legal?
Hibaratu: Só uma?
Rogério, perto de eletrodomésticos comuns, como um aspirador: É... é que por aqui só tem esses eletrodomésticos e vassouras que toda a casa tem. Deixa eu ir mais pa...
Enquanto Rogério falava, ele se virava em direção de Hibaratu, e o aspirador que estava logo atrás dele toma vida e faz com que o seu cabo aspirador se enrole em seu pescoço. Rogério, então, coloca a mão no cabo para tentar se desvencilhar e grita...
Rogério: HIBARATU!!
Aspirador, com uma voz inumana: POR QUÊ?
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui