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Artigos-->PAIS HERÓIS (versão Portugal) -- 28/01/2008 - 18:22 (Carlos Rogério Lima da Mota) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Original de Carlos Rogério Lima da Mota

*Adaptado para Português de Portugal por Rodrigo Teixeira




Quem não se lembra daquela triste facto ocorrido ano passado em Franca, no interior de São Paulo, em que o miúdo Gabriel Marcos Campos caiu no reservatório de água de aproximadamente quatro metros de profundidade enquanto sua mãe, Maria Jerônima Campos, pegava água de uma mina próxima ao local? O caso atravessou o país, foi notícia até na CNN em espanhol. Para quem não se recorda, a mãe, possuída pelo medo de perder o filho, seu “bem de maior valia” - palavras dela mesma, pulou no poço para resgatá-lo, ainda que não soubesse nadar. Inacreditavelmente, agarrando-se às beordas, pegou o miúdo pela gola da camiseta e, com a ajuda de populares que se aproximavam do local ao perceberem seus gritos, acabou por salvá-lo. O resgate, fotografado por um repórter da mídia local, acabou na capa do caderno Cotidiano da Folha de São Paulo, do dia seguinte.



Horas depois, questionada por seu acto heróico, a mulher, cuja ingenuidade evidenciava-se pela fala carregada por erros de concordância, olhou-se fixamente para as câmeras de televisao e disse: “O que uma mãe não é capaz de fazer para salvar um filho? Até morrer, se precisar!”



E ela está certa! Os pais são capazes de qualquer coisa pela felicidade de um filho, isso acontece porque ter um filho é algo sublime! Tão sublime como o afecto celestial! E por um filho, assim como Dona Maria, um pai é capaz de arriscar a própria vida, pois um filho não é apenas a continuidade genética de um “brasão”, mas parte de duas pessoas unidas pelo amor, o mais puro dos sentimentos humanos, ainda que escasso nos dias actuais. E na relação entre pais e filhos não há apenas o contacto físico, como o beijo na hora de dormir ou o abraço na hora de se levantar, mas o metafísico, revelado por meio da doação das mesmas características psíquicas e espirituais dos progenitores.



E a História está cheia de factos que comprovam isso. Tu que és pai, nunca pressentiu perigo rondando sua casa? Nunca foi surpreendido por um sentimento que o sufocou, trazendo-lhe à mente, de imediato, a imagem do filho que estava em perigo? Se ainda não passou por essa situação, agradeça a Deus, pois a sensação é surreal, indescritível, de um amargo que oscula a alma.



Com essas palavras, anos atrás, uma mãe descreveu o que poderia ter entrado para a História como uma das maiores tragédias do país. Em seu quarto, arrumando a cama, ela teve uma vertigem, apoiou-se à parede e arfou. Naquele instante, a imagem do filho de quatro anos correu-lhe aos olhos. Desesperada, ela passou a procurá-lo. Do lado de fora, os pedreiros haviam terminado de escorar o portão de 2 metros e estavam descansando, assim não perceberam a presença do puto. Quando abriu a porta da sala, a mãe notou que as escoras estavam prestes a desabar e o portão, próximo dos trezentos quilos, cairia sobre o filho, matando-o em instantes. Sem pensar, a mulher arrastou o puto para o lado e, sabe lá como, com seus 54 quilos, conseguiu segurar o portão, quando este desabou de uma vez.



Há outro caso também impressionante de como o amor de um pai por um filho faz a diferença no momento em que sua vida corre perigo de morte. Lembra-se daquele menino que se alçou à beirada de um lago em Nova Iorque e quase foi engolido por um crocodilo? Só não o foi porque seu pai, impulsionado por uma força mil vezes maior que a do réptil, abriu a boca do “assassino”, antes que ele pudesse transformar a criança num jantar.



Diante de relatos como esses, cientistas afirmam que homens e mulheres, quando se tornam pais, amadurecem, deixam o casulo da juventude para trás e assumem o papel de guias, conduzindo a prole pelos caminhos nem sempre aprazíveis da vida. É nesse momento que eles se tornam adultos, responsáveis, colectivos nos mais íntimos desejos, unindo a todos numa verdadeira família. Assim explica a Ciência: se algum membro da família corre perigo, o cérebro daquele que está mais próximo, seja do pai ou da mãe, libera uma substância ainda não mapeada, multiplicando em milhares de vezes a força do envolvido... É como se ele se transformasse, por alguns instantes, em um verdadeiro super-herói - ainda que destituído de qualquer fantasia, algo que seria practicamente impossível numa situação normal. E ainda dizem que família é coisa do passado!.. Será mesmo?



E-mail: professorcarlosmota@yahoo.com.br

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