Belona (*)
Belona. Deusa da guerra (de "bellum, guerra), filha, mulher ou irmã de Marte; provavelmente, era de origem sabina; mais tarde foi identificada com a deusa grega Enio, depois com a grande deusa lunar oriental que era adorada, sobretudo, em Comanos, na Capadócia, onde tinha um magnífico templo.
Consideravam-na filha de Ceto e Forco, irmã, portanto, das Górgonas. Belona personificava a guerra sangrenta e furiosa. O templo de Belona, em Roma, ficava na extremidade do campo de Marte, fora do Pomério.
Consagrado em 495 a.C. por Ápio Cláudio Regiliense, foi reconstruído em 296 por Ápio Cláudio, o Cego.
O senado recebia nesse templo os embaixadores estrangeiros, assim como os generais vencedores nele aguardavam as honras do triunfo.
Diante desse templo erguia-se a coluna bélica ("columma belica"), na qual o fecial lançava um dardo como sinal de declaração de guerra.
Represetavam-na, como Enio grega, com a cabeleira cheia de serpentes sibilantes, armada de lança, tocha e chicote.
Os poetas às vezes confundem-na com Palas.
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(*) SPALDING, Tassilo Orfeu, "Deuses e heróis da antiguidade clássica", 1ª ed., São Paulo, SP, Editora Cultrix/MEC, 1974, p. 55. |