Em tempos de resultados finais, a ansiedade se instala em meio aos estudantes, principalmente aqueles que não se aplicaram durante todo o ano letivo.
Muitos fatores me chamaram atenção como anônimo, onde uma tia de aluna estava vociferando diante de uma Escola, dizendo se era esta a consideração que a garota mostrava pelo seu pai, pois não havia passado de ano. Os adolescentes que a acompanhavam riam e se divertiam com a sorridente garota, diante do desespero da mulher.
Outro dia notei uma estudante enraivada com a aprovação do colega, passou o percurso inteiro indignada porque ele foi aprovado e ela não.
Também em outro ponto da cidade vi duas mães falando mal de um colégio, revoltadas com a reprovação dos seus respectivos rebentos.
Como professor, percebo a facilidade e chances que os alunos têm de serem aprovados, não tem desculpa nenhuma. O profissional de educação não pode ensinar que não quer aprender, quem está obrigado por algum motivo “estar” na sala de aula.
O ensino é uma troca, não adianta qualificar o profissional de educação diante de uma clientela que sofre problemas sociais, emocionais e até psicológicos.
Sabemos que nos gêneros de primeira necessidade não estão inclusos a educação e cultura, infelizmente, por isso a desvalorização.
Temos que começar a educar os pais para depois chegarmos aos filhos, pois a dureza da vida responsável deixa a desmotivação invadir as fronteiras escolares, indo “visitar” o ambiente educacional apenas na matrícula e no “famigerado” resultado.
Enquanto não percebermos que a educação não é número de aprovados, vamos contar eternamente os prejuízos, culpando como sempre os professores.