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Artigos-->A Morte -- 03/01/2008 - 14:00 (Max Diniz Cruzeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Princípio oposto à vida, onde não é verificada a presença de estímulos numa massa corpórea. Devido à falta de energia, a massa corpórea entra em falência e se decompõe. Experimentos modernos afirmam que no instante da morte o corpo perde peso o que sugere que alguma coisa sai do corpo. Os espiritualistas dizem ser a “Alma” da pessoa, a verdadeira essência do ser humano.



Para muitos religiosos os animais e plantas não possuem alma. Seria uma forma de justificar seu uso na cadeia alimentar sem que isto provoque culpa em quem os utiliza como tal. Para outros, os animais são nossos parentes distantes e devemos respeitar o direito à vida e compartilhamento do planeta. Seria uma forma de justificar o desuso dos animais como alimento. O certo é que necessitamos de substâncias contidas nos animais e plantas para a sobrevivência. Quando não utilizamos os princípios ativos presos nas moléculas deles enfraquecemos geneticamente. Quem sabe um dia a própria ciência não consegue criar todas as substâncias necessárias para que não mais matemos animais e plantas para nossa sobrevivência!



Para o Cristianismo a morte é a porta de entrada para três eventos seguintes, após o Julgamento final de um ser superior: Paraíso, Purgatório e Inferno. A base para absolvição dos erros cometidos, ou seja pecados, é o arrependimento. Uma vez morto, a pessoa tem de esperar em repouso eterno até que Deus a chame novamente e uma retrospectiva de toda a sua vida é passada em sua frente para que a pessoa não negue os erros que cometeu. Se assumida a culpa, o juiz, irá abrir uma das três portas em que a pessoa irá passar a vida eterna.



O inferno é para o cristão, a promessa de sofrimento de dor para compensar todo o mal provocado aqui enquanto vivo. Os Cristãos associaram a figura do inferno com as profundezas da terra onde o magma terrestre derrete as rochas e um calor intenso incomoda as pessoas a todo o momento, gerando uma sensação de agonia e tristeza devido o incômodo incessante.



Já o purgatório é para aqueles que tiveram pequenas faltas em sua vida. É como se fosse um gesto nobre e voluntário no qual a alma arrependida é lançada sobre este portal até que o sofrimento pelo qual ela tenha passado compense a dor e tristeza que tenha feito outras pessoas passarem. O purgatório para o Cristão é uma esperança que mesmo sendo sua índole má de que venha a ser aprovado por Deus/Juiz para sua entrada no paraíso.



No paraíso vão os seres de alma pura. Aquelas almas que fizeram tudo pelo bem da humanidade. Que respeitaram os valores do próximo e deram valor a sua própria vida. São os puros de coração para os Cristãos. Muitos associam aos mártires, aqueles que deram à vida em nome de Deus. Mas surge um paradoxo: se a condição extrema em que estas pessoas passaram criou barreiras em relação a outras pessoas e assim fizeram suas vidas encurtarem, mesmo assim, seria uma forma de respeito ao próprio corpo? Seriam eles de direito a ter um lugar seleto no paraíso, já que suas atitudes levaram a outros a assassiná-los? O que me torna tão bom levar outra pessoa ao extremo de cometer uma incensatez? Os conceitos de bom e mau são relativos. E variam de pessoa para pessoa. Os parâmetros para definir algo não são os mesmos de um indivíduo para outro. Na natureza é permitido matar para a defesa do território, para saciar a fome e para regular a fonte de comida. São os animais todos “agentes do mau” e por isto vão para o inferno?



Para os espiritualistas a humanidade é bem superior à quantidade de seres vivos na terra. Cada um tem uma “missão” específica e quando o objetivo aqui é alcançado então chegou à hora de ir para o mundo dos “espíritos” e se preparar para sua nova missão aqui na terra. Para eles existe certo continuísmo. Uma espécie de dimensão paralela está sem sintonia com o mundo terrestre. Segundo esta visão é possível efetuar a comunicação com os seres que já partiram desta vida para outra. Eles acreditam que é possível ter comunicação sensorial com tais “entidades” através de ondas sonoras: ruídos de rádio, televisão, discos, fitas; e, controle da percepção e sentidos: possessão, diálogos de sensitivos e psicografia. Mas se analisado friamente, a falta do corpo físico impede a manifestação da alma. Então se assim fosse que veículo/corpo estas pessoas desencarnadas estariam utilizando para continuarem a ter uma existência paralela aqui na terra? Será tudo possível sem tecnologia?



Buda deixou vários ensinamentos a este respeito também. Para Buda a morte é uma oportunidade, um momento de reflexão, um convite ao crescimento espiritual. Na figura desta ilustre personalidade os seres humanos possuem 108 possibilidades para chegar à auto-realização. Se durante este período quem não consegue atingir o objetivo de alcançar a iluminação, o ser passa por um processo de involução. Atingindo toda a cadeia de constituição do planeta, desde pedras, microorganismos, plantas, animais para finalmente ter uma nova oportunidade de ingressar no reino humano. Segundo esta filosofia são milhares de anos necessários para que o ser vivo volte a condição de humano novamente. Se fosse calculada a quantidade de seres vivos existentes no planeta chegaríamos a conclusão absurda de que não existe espaço suficiente para todos os seres vivos de se tornarem humanos um dia.



No gnosticismo os fundadores tiveram a preocupação de mesclar várias teorias após morte para formar uma teoria coesa. Então aproveitaram ensinamentos budistas, cristãos e espiritualistas e fundiram num único preceito onde os seres humanos eram dotados de poderes cognitivos capazes de experimentar em essência as verdades do ser através de viagens fora do corpo que sugeriam uma continuidade após a morte. Para o gnosticismo a tática era simples: burlar a morte criando corpos capazes de absorver a essência do ser humano e o indivíduo levar seu conhecimento e sabedoria para outra dimensão e continuar a viver de forma simples e clara como aqui na terra. Para os fundadores era necessário ter uma fonte de energia que fosse tão elevada e capaz de produzir tais “corpos energéticos”. Então por que não transformar os corpos físicos em fábricas. E na simplicidade da teoria, por que não transformar a fonte criadora: material genético em combustível? Então as pessoas abdicaram de sexo para economizar energia para que o próprio organismo transformasse sêmen em combustível para alimentar o cérebro e produzir os corpos da dão sonhada eternidade. Este experimento resultou no nascimento de crianças com capacidade cerebrais um pouco mais reguladas e uma seqüência de disfunções eréteis pelo fato das pessoas se estimularem e não chegar ao êxtase/orgasmo. E não venceram a morte!



O Darwinismo já acredita que o ser humano é o topo da existência. A noção de eternidade é uma migração de genes que passa de pai para filho. E a cada nova geração os fatos do meio ambiente vão incorporando novos paradigmas e os genes vão adquirindo mais e mais habilidades que o auxiliam na existência. Uma pessoa que deixa pelo menos um herdeiro, que doa sangue, que doa um órgão, que beija outra na boca e lhe transfere sua carga genética está se perpetuando em menor ou maior grau. O Darwinismo não se preocupa com a questão dos seres vivos possuírem ou não algo além da matéria. Apenas nas transformações da carga genética. Esta é lei da evolução que a ciência em nosso tempo é capaz de reconhecer. As demais são apenas conjecturas misturadas ao delírio da continuidade por parte de todos que querem continuar a existência.



Então na ausência de explicação científica e religiosa que satisfaça de fato a todos, muitos partem para contatos com filosofias e culturas extraterrestres. São muitas as teorias de morte relacionadas com este tópico, fundindo as diversas correntes os que acreditam nesta linha de raciocínio dizem que somos de fato uma colônia extraterrestre em estágio de evolução. Somos recrutados para desenvolver o planeta por um tempo determinado e quando morremos retornamos para a “dimensão sede” onde toda a ciência está desenvolvida a Bilhões de anos à frente. O objetivo principal da colônia é chegar à auto-suficiência moral, tecnologia e cultural para a interação com outras pontes de conhecimento no universo. O ser humano aqui na terra tem que conquistar a eternidade através do uso da tecnologia que será migrada, assim como todo o conhecimento vem sendo migrado, principalmente para os cérebros dos cientistas, à medida que as pessoas vão tendo estrutura para compreender a informação que é transmitida através de ondas de rádio. Para os teólogos esta fonte de conhecimento que chega aos homens é Deus. Esta teoria é difícil de acreditar por parte dos pensadores que se agarram principalmente na premissa de que o conhecimento era apenas do fruto do esforço deles. Segundo esta linha de raciocínio, para governos o fato de esconderem, ou eliminarem provas da existência de outras culturas fora do planeta dá uma falsa impressão de controle absoluto sobre os governados e limita o conhecimento científico entre grupos específicos de cientistas a serviço do Estado.



Já existe uma linha de pensamento ampla no qual acredita que todos estão absolutamente certos. A linha doutrinária diz que o ser humano é movido pelo seu próprio “livre-arbítrio” então “Deus” em sua natureza irá satisfazer o desejo de cada um após a morte. Aqueles que querem passar por julgamento pelas ações que acharam não estar condizentes com a sua própria vontade então passarão por um julgamento. Os que acreditarem que devem retornar para fazer uma missão serão dados uma nova permissão para que retornem a terra para complementar o seu trabalho. Os que desejarem involuir para descobrir o significado da vida em outras esferas de vivência, ingressarão como pombos, vermes, bactérias. Aqueles que desejarem transmitir seu conhecimento genético para outros seguirão o princípio de Darwin e os que acreditam em culturas extraterrestres mais avançadas, ainda em vida, tentarão entrar em acordos de cooperação para terem acesso ao conhecimento necessário para atingir propósitos definidos. Cada um deve assumir sua forma de pensar sem culpa de estar errado, pois cada forma de pensar é válida e tem um ensinamento por trás dela. O preconceito é uma forma de pensar através de falsas associações.



Quando morre uma pessoa amada nos entristecemos. A perda parece ser maior o que conseguimos suportar. Os mortos velam seus mortos. Por que a dor está castigando muito a pessoa que sente. É preciso desvencilhar o conhecido que faleceu da nossa própria mente. Assim, os momentos que passam a angústia da perda servem para passarmos um filme em nossa mente que trás os bons e mau momentos. Este filme é necessário para que a pessoa faça um retrospecto arquivando neuralmente o morto em partições neurais da lembrança. São dois momentos distintos: o primeiro o pensamento que está ligado a uma sucessão de ações e acontecimentos que envolvem o falecido. Estes pensamentos precisam sofrer uma desassociarão e formar novos elos a fim de que não gere angústia a todo o instante e também não gere dependência; o segundo o pensamento está ligado a elementos do passado que trazem apenas fatos ocorridos em conjunto que servem de ensinamento para a própria pessoa.



Morrer de amor é um ato extremo em que a sucessão de pensamentos leva a pessoa sempre a raciocinar de forma negativa e pessoal. Para reduzir a pó a seqüência de pensamentos que induzem à depressão, a pessoa precisa levar um choque para quebrar sua estrutura mental e em seguida adicionar novos elementos que fazem sua mente canalizar informações positivas para sair da agonia. Uma mente afetada por sentimentos tão fortes deve passar por momentos de reflexão profundos. Até que a pessoa se convença que tais sentimentos não refletem mais sua condição atual. Muitos morrem de amor em cartas e livros. O pensamento se cristaliza e se torna história para recordação de uma vida. Morrer de amor em um livro é algo interessante para se realizar! Ou mesmo em uma poesia. Ou quem sabe em uma peça teatral como Romeu e Julieta! É uma coisa muito digna de personagens, mas não vale para a vida real.



Morrer de fome ou sede requer que repensemos nossos atos. É uma reflexão profunda que devemos fazer sobre o fato de condenarmos alguns a viverem na miséria. Será que somos mais dignos que alguns por isto temos mais bens materiais que muitos desprotegidos? É fácil nos conformamos dizendo que se alguém sofre é porque está pagando algum pecado. Ideologicamente é ideal para nossa ausência. Mas o “pecado” se é que existe são daqueles que têm acumulado a parcela que deveria ser redirecionada a cada indivíduo deste planeta. Não é crime ter dinheiro, mas sua retenção dolosa pelo simples prazer de acumular sem objetivo ativo é um crime gravíssimo. Pois não dá oportunidade para os mais humildes de conquistarem seus espaços aqui no planeta terra.



Acredite todos que passaram pela terra morrerão um dia. E a sua vez está chegando. A cada novo segundo que se passa. Você já decidiu o que fazer enquanto vivo? No México a morte é um processo de celebração. As pessoas fazem festa, comemoram a passagem. É a quebra de mais uma etapa. Você fez história! Que será passada e repassada para todos os seus descendentes e as pessoas que tiveram contato através de seus genes.



A morte é tão natural quanto à vida. O primeiro é conseqüência do segundo. Mas muitos querem prolongar a vida ao extremo. Pelo prazer que o viver proporciona. Por que não abstrair das teorias de pós-morte um sentido à vida, que é conquistar a Eternidade da alma através da tecnologia. No tempo em que vivemos é difícil acreditar que seja possível. Mas ano após ano os níveis de expectativa de vida se elevam graças ao esforço de todos em compreender o que somos, para onde vamos e para que servimos. Talvez em 10 gerações a expectativa de vida atinja 200 anos. É um chute, porém uma meta que poderia ser idealizada para propósitos científicos. E quem sabe daqui a 100 gerações já existam máquinas de rejuvelhecimento da massa corpórea e os indivíduos possam viver até 500 anos fazendo reparos periódicos. Lembre-se você estará lá na forma de genes. Até que a ciência evolua ainda mais e você seja resgatado na sua forma humana terrestre. Parece uma relação válida para a evolução da ciência. Cabe a nós trabalharmos para a evolução de nossa espécie mais adiante.



A pior morte é aquela que em vida um indivíduo não consegue mais reagir perante as circunstâncias que o rodeiam. As conexões neurais são muito conexas e não dão espaço a novos conhecimentos e ensinamentos que os sentidos conseguem captar no cotidiano. Geralmente as pessoas se agridem neuralmente quando um novo conceito tenta se colocar em sua mente. Então elas se isolam cada vez mais. Geram um repúdio a linhas de conhecimento para que os conceitos assimilados possam viver em paz e completa harmonia com o que pensam. Afirmo que estas pessoas estão mortas, pois vivem apenas de passado. Então se isolam da tecnologia, da televisão, do rádio, do cinema, do ensinamento das escolas, para viverem isoladas num mundo artificial criadas por grupos neurais formadores de um pensamento dominador.



A morte delirante é uma espécie de morte que ocorre através de pesadelos e pontos de estresse. O indivíduo no seu cotidiano, capta imagens através dos seus sentidos, sobre um evento épico por exemplo, que no geral são bastante marcantes. À noite tem um sonho carregado de simbolismo no qual o indivíduo se vê passando por aquele momento épico que absorveu enquanto dia. Então a pessoa sente dores de crucificação, de golpes, de facadas, de estrangulamento, de enforcamento, de tiro, de espada, de amputamentos, de envenenamento, de afogamento, de degolamento, de ser queimado em fogueira, de mordidas que arrancam pedaços,... Então tais imagens fixam no inconsciente e em momentos de estresse o indivíduo tende a extrapolar situações cotidianas e fazer com que sua mente induza sempre um evento catastrófico seguinte (Ex.: ver após uma freada que seu corpo irá se colidir contra o vidro do carro, alguém pega uma faca para cortar o pão e a pessoa já imagina a faca cortando o seu estômago).



A morte fantasia é aquela morte onde um indivíduo se projeta sobre um novo contexto. Ele crê sair do corpo, mas a mente está fabricando um espaço de ilusão dentro de si. Para o praticante é um estado de quase morte, onde supostamente o indivíduo deixa o corpo em estado vegetativo enquanto vaga pelo mundo na busca de conhecimento e diversão. A fantasia está que os neurônios criam caminhos que induzem a sensação de liberdade da “alma” do indivíduo fazendo-o crer que ele por si só conseguiu sair do seu corpo físico, como se a máquina humana tivesse super-poderes para conseguir tal feito. Se existir alma, ou seja, energia viva que movimenta o corpo, sem ela o corpo falece. Portanto é impossível estar em dois lugares ao mesmo tempo. Os adeptos deste culto a fantasia justificam a existência de um cordão de prata imaginário que liga a “alma” ao corpo físico. Racionalmente existiriam limitações claras a presença de tal cordão uma vez que somos limitados fisicamente e a energia que nos move não é muito superior a 9 milihertz de freqüência. É um absurdo em termos de ciência considerar que tal energia seja capaz de circular ao menos nosso planeta, quanto menos outros sistemas e outros mundos. A imaginação cria os mundos em nossa mente, através de estímulos psíquicos. É como se montasse um cenário, um palco, de tudo o que acreditamos com o que absorvemos através de nossos sentidos. É um aprendizado e tanto se colocado em prática, pois é a realização de um mundo hipotético onde tudo pode ser testado sem machucar ninguém e elaborar nossas idealizações.
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