A Demanda do Santo Graal :
(em sextilha)
Zilma Ferreira Pinto*
IV VI
É uma história bem longa O leitor já tem ouvido
A história do santo Graal. Falar da Ceia Sagrada
Passada há mais de mil anos O santo Graal é a taça
Não foi nota de jornal. Por Jesus abençoada
Foi assunto de poeta, Na qual foi servido o vinho,
Foi cantiga de jogral. Por José depois guardada.
XXII LXIV
Tinha o porte de um Apolo, Morria como um arcanjo
O rosto de um querubim. Que adormece num sorriso.
A força dos Santos mártires Os amigos não lhe choram
E a proteção de Merlim. Pois chorar não é preciso
Galaaz era o seu nome, Que além na eternidade,
E o Santo Graal o seu fim. Já vislumbra o Paraíso.
LXXV
Galaaz foi o modelo
Do cavaleiro cristão.
Esta foi a sua história
À qual não faltou vilão,
E eu contei resumida
Da mais antiga versão.
*Zilma: poeta e cordelista paraibana, com vários livros escritos. Pertence a Academia Paraibana de Poesia de João Pessoa-Pb.