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Infantil-->O INÍCIO DE TUDO -- 15/02/2002 - 16:36 (Antonio Albino Pereira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

(trecho do livro As Aventuras de LORAC)

Lorac sempre passeava a cavalo pela fazenda; gostava de zanzar pela propriedade, sozinha, sem pressa. Achava tudo muito lindo. Adorava o campo. Nas férias sempre queria ficar o tempo todo naquele lugar maravilhoso. Mandavam escolher entre dez lugares e ela acabava optando pela fazenda. Os primos e amigos iam num final de semana, ficavam alguns dias e logo se mandavam pra cidade, mas ela preferia ficar.

Lorac gostava dos amigos e primos; tinha até uma casa na árvore onde eles se reuniam pra brincar de adedonha e outras coisas legais. Quando seus primos e amigos não estavam, Lorac, muitas vezes, gostava de cavalgar pela fazenda. Sabia montar muito bem. Aprendera desde pequena.

Lorac conhecia cada canto daquela terra. Galopava envolta em pensamentos. Parava nas sombras das árvores grandes e frondosas e ficava observando o horizonte. Ia até a cachoeira de águas límpidas e transparentes; às vezes se banhava nas águas cristalinas do riacho, ficando um bom tempo olhando as pedrinhas no fundo, brincando com os peixinhos ou com os próprios pés, se deliciando com aquela maravilha que a natureza colocou bem ali só pra ela.

Fazia tudo aquilo sozinha e sem nenhum temor. Ela não tinha medo de vagar pela fazenda sozinha. Ficava muito mais apreensiva com a cidade grande, onde a violência crescia assustadoramente. Ali, na fazenda, sentia sempre que tinha a proteção de Deus.

De manhã, ao levantar-se da cama, ela sempre pedia que Papai do céu cuidasse dela e, à noite, antes de deitar-se, sempre agradecia por ter corrido tudo bem durante todo o dia.

Seu pai lhe contara que ali, onde ela passeava sem medo, já tinha sido uma grande mata virgem cheia de animais selvagens. Os homens é que desmataram tudo. O que sobrou foi uma pequena floresta. Pequena, diante do tamanho que era antes. Pequena, mas assustadora. Ali, naquele pedaço ninguém mexia, ninguém entrava, ninguém explorava, pois diziam ser mal assombrada.

Nenhum trabalhador da fazenda ousava chegar nem mesmo próximo da floresta. Diziam que quem entrasse ali seria engolido por um monstro que morava num pântano de lama negra, cheio de outros bichos ferozes. Diziam que uma bruxa morava lá e comia gente.

Lorac sempre se aproximava daquele local, querendo entrar, mas lhe faltava coragem e voltava para casa imaginando se realmente era verdade o que diziam.

Certo dia ela estava feliz; seu pai avisara que, em breve, chegaria uma irmãzinha. No princípio se assustou, pois normalmente demorava nove meses e seu pai dissera que já estava a caminho e não ia demorar tanto. Não viu nenhuma barriga em ninguém a não ser a de seu pai, mas aquilo era de chopp e não de criança.

Depois que seu pai lhe explicara tudo com detalhes ficou super feliz. Seria uma irmã de coração. Uma criancinha enviada por Deus para alegrar mais ainda a família. Era o que ela sempre desejara; preferia uma irmã, pois teria mais paciência para ensinar as coisas e elas se entenderiam muito bem. As duas seriam muito amigas; tinha certeza disso.

Pensando na mana foi galopando; chegou bem mais perto da floresta do que costumava ir. Uma vontade imensa de entrar veio em sua mente. Aproximou-se mais um pouco, segurando as rédeas do cavalo e fazendo-o ir devagar. O cavalo começou a refugar, mas Lorac insistiu. Tanto insistiu que conseguiu levá-lo até a margem da floresta.

Olhou e não viu muita coisa. O lugar era sombrio, assustador. Mais alguns passos e ela estaria lá dentro. Sentiu um calafrio que começou em sua barriga e percorreu todo o corpo.

O cavalo estava muito assustado. Ela puxou as rédeas para retornar à casa da fazenda mas o animal não obedeceu; começou a pular e a relinchar. Era tão mansinho e de repente saltava como louco. Lorac se segurava e tentava acalmá-lo. Parecia que algo o estava puxando para dentro daquele lugar estranho e, sem controle, ele começou a galopar floresta adentro. A menina não conseguia controlar o cavalo e, depois de um certo tempo, não mais se segurou em cima do animal. Estatelou-se no chão úmido.
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