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Artigos-->CRENÇAS, CÓDIGOS E FÉ -- 15/12/2007 - 19:33 (SALETI HARTMANN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131103323728514000
Desde quando aceitei ser uma pessoa de livre pensamento, e assim tento agir em todas as situações da minha vida, deparo-me com alguma fronteira estranha, criada pelos próprios humanos, que impõe limites ao sorriso, ao pensamento, e à Liberdade.

Mesmo registrando este pequeno questionamento de caráter pessoal, quero dizer que compreendo exatamente que tudo faz parte do show humano, que tudo se organiza de alguma forma a evitar o caos, e que existem milhares e milhares de pessoas, que não saberiam viver sem esta arrumação de idéias, como as crenças, os códigos usados por cada uma delas, e a fé que move os indivíduos na direção de determinada forma de pensar e de agir.

Num certo momento de minha vida, algo se expandiu no meu modo de ver as coisas e as pessoas, e não quis mais me prender a apenas um tipo de crença, de código e de fé...porque gostaria de amar e respeitar todas elas, sem ter que assumir o seu lado "bélico", que é aquele que impõe a não convivência com outros tipos de crenças, códigos e fé; enfim, impõe a não convivência com outras pessoas, tão humanas quanto eu e nós.

Desta forma, comecei a compartilhar das crenças de amigos e de irmãos de sangue, por puro amor a todos eles, e por puro amor ao Conhecimento, ao Respeito e à Liberdade.

Não tardou muito, comecei a me sentir uma intrusa nos templos onde entrava, pois, realmente, não conseguia vivenciar os mesmos códigos que são exigidos para provar a mesma fé de cada grupo em especial.

O Ser Humano, quando não pode confiar totalmente, acaba desconfiando até daqueles que lhes trouxeram ao mundo, através do nascimento, por causa de uma visão diferenciada da vida, de Deus... por causa de opiniões fortemente fundamentadas em teorias levadas ao pé da letra pelos grupos estabelecidos.

Tanto religiosamente quanto na área política, é dificílimo continuar num determinado grupo sem que, as perguntas nos venham à mente, sobre determinados códigos aceitos de forma definitiva.

A verdadeira liberdade, parece ser aquela que cala o seu próprio amor, a sua própria crença e os seus próprios códigos de vida, para não correr o risco de ser sempre uma visitante intrusa e inconveniente, quando todos concordam com as mesmas idéias e com as mesmas ações decorrentes delas.

Existem crenças que acreditam no demônio, outras só admitem o Poder Supremo de um Deus Uno e Infinito, que a tudo dirige como um Pai cuidadoso e terno.

Numa determinada crença - onde haviam irmãos e amigos muito queridos - diziam que o demônio estaria agindo aqui na Terra, usando pessoas da família e da convivência diária. Como não consegui assimilar completamente os códigos para a demonstração da mesma fé, não demorou muito tempo, fui eu aquela escolhida para ser a enviada pela referida criatura.

Quando todos os olhares e todos os códigos voltaram-se contra a minha pessoa, senti morrer dentro de mim, o gosto da liberdade, pois aqueles que muito amei, foram se afastando, até me chamar de estranha.

Atualmente, penso na liberdade, mas não consigo mais agir da forma que ela se revela para mim, particularmente. Não entro mais em todos os templos, não visto mais as cores das ideologias que se dizem "livres" e, assumi uma postura de amar e respeitar "de longe" cada crença, cada tipo de código e toda manifestação de fé humana. Continuo achando que a verdadeira liberdade ultrapassa estes limites humanos, porém, vivemos num Planeta definitivamente dividido, onde temos de aceitar as regras gerais para não sermos totalmente isolados.

Procuro estudar e conhecer sempre mais as crenças que surgem ao nosso redor (e são tantas!), porque envolvem vidas queridas, e envolvem a nossa vida em situações criadas por determinados códigos, totalmente diferentes daquilo a que nos acostumamos a vivenciar, desde a infância.

Quanto mais o mundo evolui, mais pequeno ele parece, e parece que até no pensamento, estamos sempre atingindo uns aos outros, de maneira a magoar e a criar fronteiras que não gostaríamos que existissem em nós.

Na minha visão de liberdade, ainda encaro um velho "código" de vida, ensinado por filósofos, pais e livros de sabedoria: "Faze o bem, sem escolher a quem". Sempre! Dentro de qualquer crença, de qualquer partido político e da condição que nos torna humanos e tolerantes, para não vermos uns aos outros como monstros demoníacos, mas como AMOR, e pelo AMOR.SÓ AMOR!Senão, nos tornaremos apenas e simplesmente um amontoado de crenças, e de códigos, sem fé alguma nas pessoas que nos rodeiam, e isto é desumano.

SALETI HARTMANN

CÂNDIDO GODÓI-RS
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