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Cordel-->"Os primeiros avanços -- 07/02/2003 - 20:57 (BRUNO CALIL FONSECA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Alan Ranieri B. Raulino



"Os primeiros avanços do homem na arte de escrever foram, sem dúvida nenhuma, moldados em verso. Isso, aliás, não autoriza a dizer que a arte de escrever tenha esbarrado nas limitações da poesia, ainda que saibamos não tem esta limites e nem barreiras" (Revista Brasil Cordel, Nº , 11/98, Teresina-PI).

Sempre ao se colocar o termo literatura brasileira, ou uma outra, vem logo a representação dos autores clássicos e cultos com seus merecidos livros, escritos de forma tradicional e oficial segundo os padrões da língua portuguesa. Literatura essa, dirigida a uma minoria da população.

Paralelamente a essa grande tradição da literatura escrita de redigir segundo padrões, apareceu uma outra: a pequena tradição oral de contar. Aqui o contador apodera-se do lápis e papel e escreve aquilo que passa, ou já passou e ficou em sua memória, inventando e conseqüentemente ampliando o seu público.

Com o desenvolvimento da tecnologia de impressão, a divulgação dessas pequenas obras literárias atingiu a um maior número de leitores. A maioria era escrita em verso, podendo também ser em prosa. Isso porque ficava mais fácil para um público analfabeto decorar versos lidos por alguém.

Historicamente, esse foi o caminho daquilo que se chamou na Espanha de pliego suelto; na Inglaterra Chapbook ou balada; na França Colportage ou mascate; Portugal de literatura de cordel, folhetos de cordel, folhas volantes ou cordel.

Como o Brasil foi colonizado por Portugal, com início por volta de 1500 d.c., "os historiadores afirmam que a cultura cordeliana provém de Portugal, datando do século XVII. Recebeu o nome de cordel porque os folhetos eram pendurados em cordas, cordão ou barbantes esticados para se livrar da poeira. Essa prática está quase fora de uso". Podemos ver atualmente publicações em diversas livrarias de grande porte e em bancas de revistas.

De acordo com a denominação portuguesa, literatura popular escrita em versos é chamada de literatura de cordel. Em contrapartida, seus autores e consumidores preferem chamar de folhetos. Conseqüentemente, há de se concluir que o público do cordel é geralmente composto de pessoas humildes e de baixa renda. Mas devemos salientar que existem leitores de classe mais elevada que admiram, lêem e compram os folhetos. E não é apenas apreciação. O mundo universitário de pesquisa vem mostrando crescente interesse por tal assunto. Através do cordel, há meios de estudar e analisar os costumes, crenças, comportamento e até o grau de alfabetização de uma população em questão, dentre outros objetivos. Hoje, muitas teses de mestrado apresentadas nas universidades brasileiras e de outros países aborda o cordel como um fenômeno intrínseco no desenvolvimento cultural de um povo. Assim, a psicologia, a sociologia, a pedagogia, dentre outras áreas, conseguem na literatura popular de versos muitas respostas para suas indagações.

"O mundo do cordel é complexo, não é só pureza, natureza. Há também o mundo capitalista que nós chamamos capitalismo matuto. Há luta, há venda de direitos autorais. Todo um conjunto de manifestações artísticas e culturais acompanham o folheto de cordel" (Op. cit).
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