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Cronicas-->Silicone -- 13/05/2000 - 17:33 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Este ano gastou-se um bom dinheiro tentando convencer os bebuns em potencial de que não deveriam dirigir após beber. Espero que tenha surtido efeito.

Para o próximo ano, além de insistir nesta questão da bebida, sempre oportuna e necessária, penso que se deva incluir cuidados com o silicone. Algo como "Não faça de seu peito uma arma". Embora muita usada é uma chamada bastante oportuna. O objetivo é evitar batidas frontais nestes peitos novos que andam por aí. Não adianta pedir ao bêbado que não dirija se ele, a pé, é abordado por um destes peitos duros como uma lança. Todo esforço se perde. O pior é que embora totalmente artificiais, exercem um fascínio a quem deles se aproxime que torna a batida inevitável.

Pelas poucas transmissões do carnaval que assisti depreendo que houve uma farta distribuição de silicone, como de cerveja em bailes típicos. Fica evidente também que muita gente entrou duas, talvez três, vezes na fila. A piada antiga sobre o peitos e buzinas fica sem efeito. Quem consegue apertar aquilo tudo? Em lugar de um barulho enorme como dizia-se na piada, deve ter muita gente com tendinite. Pior, sem saber exatamente a origem, devem estar culpando as horas passadas na Internet. Maxilares deslocados também não haverão de faltar. Alguns destes peitos parecem como se a moça estivesse usando um sutiã feito de cocos.

Até há alguns dias, os fabricantes de silicone estavam pagando indenizações pelos efeitos indesejáveis que produziram em uma certa época. Imagino que esta questão tenha sido resolvida. Contudo, não creio que estejam livres de novas demandas, em especial por danos causados a terceiros.

O curioso é que justamente as que estão lançando mão do artifício são aquelas que não deveriam precisar. As mais jovens, mas não todas é claro. O problema é uma certa "Síndrome de Peitudas Beach" como diria o pessoal do Casseta. Trata-se de uma vontade compulsiva de copiar o modelo americano, que parece gostar de peitos exagerados e disformes. O estilo brasileiro que privilegia o equilíbrio, a graça, parece estar perdendo espaço. Por pouco tempo, espero. Logo o número de acidentes será tão grande que será necessário voltar atrás.

Notem que não estou querendo proscrever o silicone. Bem usado, com equilíbrio e por quem realmente precise, pode ser de grande valia. Mas não com exagero. Pode se admitir a existência de falsos peitos, mas não se pode descobrir com tanta facilidade, ou pelo menos não pela TV. Perde a graça.

O peito feminino não foi concebido para ser um cabide. Muito menos um pára-choque ou lança. Ao contrário, há que balançar com leveza, amoldar-se com naturalidade às mãos e aos lábios.


Escrito em 09.03.2000
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