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Poesias-->SABBATH DAS FEITICEIRAS -- 15/08/2002 - 13:08 (Lilian Lucht Carneiro) |
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Sentei-me frente à frente com Goya
E vi-me lá, retratada naquele ambiente histérico/histórico.
Noite santa, corpos nus e tantras
Recitados rodeando a fogueira.
Fogo de Hermes, inviolável
Ardendo, chamas de vida.
Meus cabelos esvoaçando ao vento
Perfumando os ares com aromas ocultos
Fazendo rede-viva de pensamentos soturnos.
Perco-me nas minhas curvas
Tão diversas das retidões das bruxas de hoje...
Sinuosidades que levam sempre à um lugar demarcado.
Gritos orgásticos!
Ecoam ao redor do fogo sagrado,
Palavras que enlameiam meu olhar possuído.
Já não sou quem era antes de O ter conhecido.
Passam-se trevas, sinas tantas
Vestem-se túnicas, cintas imaculadas
Forjam-se pessoas, personas emolduradas
Esperando a próxima noite de luar.
Aguarda-se a tinta/sangue escorrer pela tela
Da próxima obra prima a se pintar
Do próximo sabbath das feiticeiras...
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