"O mais obsceno escândalo da política brasileira...", assim começa um artigo do NYT, publicado neste dia 5/12. Talvez mais escandalizada do que a própria opinião pública brasileira, a imprensa estrangeira registra expressões aterrorizantes diante do perdão do Parlamento brasileiro ao senador Renan Calheiros.
Pois é. Mais uma vez os membros sêniors do Congrssso Nacional dão um exemplo de irresponsabilidade e desrespeito para com a Nação a qual representam. O perdão ao sr. Calheiros demonstra um claro corporativismo e o desprezo que os "anciãos do legislativo" brasileiro cultivam para com o povo que os elege. É o gesto mais deplorável, para não dizer infame, de representatividade.
Abalado por uma série de atos imorais, o Congresso Brasileiro já arqueja sob o descrédito. O fato ocorrido nesta terça, 4/12, não seria concretizado como vitória da imoralidade em qualquer parlamento, por mais frágil que fosse.
O mesmo Parlamento que criticou Hugo Chavez por praticar uma admiistração reacionária, esboça comportamentos que ficam muito aquém do autoritarismo chavista. Aliás, com a instituição de um referendo para consultar a Nação venezuelana sobre suas pretensões governamentais, Chavez dá uma lição de Democracia ao Senado do Brasil.