Está passando da hora das pessoas serias deste país tomar uma posição e dizer um não de verdade para a classe política.
É mais que urgente uma união de todas as organizações de assistência social que não são meros instrumentos de exploração e de roubo do dinheiro do povo, (são poucas), dar um basta no comodismo e aceitação pacifica dos desmandos dos governos.
É preciso que todos os pastores de todas as igrejas de verdade que se preocupam com o povo e não com o dizimo, passem a cobrar medidas que favoreçam os pobres sem torná-los escravos de um vale gás ou de uma cesta qualquer.
A esperança do povo foi enterrada com a ascensão do partido dos trabalhadores ao poder. Todas as fichas foram apostadas na mudança de postura em relação à elite que dominou este país desde o descobrimento, e nada foi modificado.
Tudo que o partido combatia na elite dominante foi assimilado para também se perpetuar no poder, a única mudança observada foi a oficialização da esmola que prende o pobre eleitor ou o eleitor pobre a um sacana que distribui como moeda de troca de votos, o que já é um direito do cidadão.
Povo.
Traído!
Esta semana os noticiários apresentaram à nação duas aberrações, como sempre vindas do Congresso Nacional: uma delas é apenas mais um capítulo da novela Renan onde o mal vence o bem e o mocinho é bandido. Mais uma vez estão tramando a absolvição do calhorda a troco da aprovação da maldita CPMF, o famigerado imposto que foi motivo de protesto quando o partido ora no poder era simplesmente oposição.
Não sei qual das duas é pior.
A outra foi um tapa na cara dos responsáveis pelas casas de acolhimento de pessoas carentes, que com seriedade cumprem o papel que seria do governo, cuidando das pessoas que foram abandonadas por tudo e por todos, e que todos os dias precisam esmolar para manter estas casas abertas.
Aprovaram a construção de um prédio no valor de R$ 170 milhões, como anexo três do Congresso, para abrigar os aspones dos senadores. É preciso acomodar esta corja de funcionários, (existe a exceção), que só trabalha uns duzentos dias por ano, que podem fazer greve quando quiser, enquanto a grande massa trabalhadora que constrói este país é explorada com um misero salário mínimo.
Quanto hospital daria para construir com este dinheiro?
Quantos postos de saúde?
Quantas escolas?
Quantas casas populares?
Que freqüenta hospital dos Sus? Pobre!
Quem aceita ser humilhado em um posto de saúde? Pobre!
Quem freqüenta escola publica? Pobre!
Quem mora em casa popular? Pobre!
E quem se preocupa com os pobres?
Só para entender quanto de dinheiro será gasto na construção deste prédio de luxo para funcionários da elite: Este dinheiro daria para manter em funcionamento o asilo que dirijo durante trezentos e cinqüenta e quatro (354) anos.
Acho que isto basta.
E ainda tem gente com coragem de se colocar ao lado desta corja que governa o país.
Quando digo corja (a exceção existe), estou me referindo a todos os partidos.
Basta!
Hoje, 01 de dezembro, li no jornal Estado de Minas que no Paraná uma pessoa foi condenada a três anos de prisão por ter roubado (R$ 1,00). A alegação do juiz para a condenação foi a violência que foi usada no assalto
Porque esta alegação não é usada para prender os bandidos da elite?
Índios queimados.
Prostitutas e homossexuais sendo agredidos e mortos.
Roubo do dinheiro público.
E uma serie de outras violências que acontece todos os dias.
Vocês já viram violência maior que roubar milhões de reais dos impostos que deveriam ser usado na saúde, enquanto milhares de pessoas morrem todos os dias por falta de atendimento?
Porque o dinheiro não é devolvido?
Porque quem roubou não vai para a cadeia?
E prendem uma pessoa por um real.
É isto que o pobre vale para este país das sacanagens.
Menos de um real.
Infelizmente tive que modificar este texto um dia depois para dizer que a Sacanagem se completou, a absolvição do canalha foi trocada pela CPMF.
