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Poesias-->O ÉBRIO -- 13/08/2002 - 22:01 (HELTRON ISRAEL) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É... Não tinha de ser assim... calado

Calejado entre idéias mesquinhas...

Quem dera não ter dito nunca as minhas!

Quem dera talvez nunca ter amado!



Vede! Aberta, a garrafa da ilusão,

Que agora tomo companheira

Acompanha a tarefa derradeira

De entreter-me co’a minha solidão.



...Faz 2 meses e meio que partistes.

Desfruto uma overdose de tristeza e

Começo a espalhar copos sobre a mesa

Testificando a dor do amante triste.



Definitivamente misantropo,

Não é tão ruim estar tão isolado,

Crede! O único desejo desejado

É ver-te bem no fundo de um dos copos.



Começo o meu funesto festival

Sem música e sem cordas de violão

E sigo a cada nota da canção

Bebendo do começo até o final.



Um, dois, três, quatro, cinco, seis e sete.

É verdadeiramente interessante

Até nos copos sujos espumantes

Tal numerologia se repete.



Levanto um copo. Brindo ao meu fracasso.

Estico e conto até quebrar meu úmero.

Reconto até chegar ao mesmo número

Juntando os seus 300.000 pedaços.



Taça vai. Taça vem. Perdi a conta!

Já penso em levantar desta cadeira

E perdido como uma mosca tonta

Enxergar no espelho esta caveira,



Mas toda agitação serpenteforme

Deste arcabouço trêmulo em que monto

Na embriaguez do encéfalo já tonto

De modo algum se move, fala ou dorme.



Descender do humanóide desletrado.;

Retornando as origens primitivas.,

Não consigo falar nada ordenado

Co’esta mente moderna perfectiva.



Procuro balbuciar qualquer palavra

Até tento forçar a minha mente,

Mas a pesada língua já dormente

Não consegue expeli-las e se entrava



A festa acaba. A noite é quase dia

E agora vejo quase num segundo

O rosto dela rindo lá no fundo

Embora tenha muita diplopia.



Paro em meio ao forte sentimento

Escrevo esta poesia desastrada

Retrato a minha luta desalmada

Contra o desejo frágil como o vento.



Que a vida é como a busca inseparável

De achar a paliativa condição

Que satisfaz o nosso coração

De modo intransferível e inflamável



A minha amada foi-se. Fez-se em nada

O amor erigido entre os sabores

Dos espinhos pontudos e das flores

Rápido como fora madrugada,



E ao meu penar tristonho e refratário,

Pelo menos, além da falsidade,

Ficaram presos neste itinerário:

Um verso, um sentimento e uma saudade.

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