Usina de Letras
Usina de Letras
182 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62272 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10381)

Erótico (13573)

Frases (50664)

Humor (20039)

Infantil (5452)

Infanto Juvenil (4778)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6206)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->As Minhas Nove Mulheres -- 02/12/2007 - 16:58 (Sérgio Olimpio da Silva Viégas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Minhas nove mulheres

Em verdade dez, Se for considerar dez, onde relacionaria minha nora. para meu desgosto teria de contemplar uma indesejaval.



Tudo começou numa manhã fria, do Inverno Vacariano ,quando saindo do meu serviço ao passar pelo empório de tecidos Marcantonio, meus olhos cruzaram com os de uma morena de lindos olhos verdes. Eu chegara há pouco tempo em Vacaria. Vindo de Pelotas onde deixara o emprego na Cia Pelotense de Eletricidade, familiares e amigos espalhados entre Pelotas e Capão do Leão. Ela era morena de pele Bem clara com os cabelos pretos. e lindos olhos verdes. "Um pedacinho de mau caminho", como ela costuma dizer quando acha uma menina bonita.Foram meses de tentativas vãs para conseguir falar com ela.Não aparecia a oportunidade. Ela estava sempre entre um bando de meninas e, eu não arriscar-me-ia a pagar um mico.

Naquele tempo os casamentos não aconteciam como hoje. Você se interessava pela menina e pensava ou falava:

"Vou levar aquela ali para a cama"

Passado um tempo vinha o outro pensamento:

"Levo-a para a cama nem que precise casar"

E por fim:

"Casei, mas levei para a cama"

Vendo que não ia sair nada mudei de tática.Tomei um táxi, plantei-o próximo à loja, esperei sua saída e, sem sermos notados seguimo-la. Pronto eu sabia tudo. Até onde poderia ser a abordagem que aconteceu sábado pela manhã.Mal poderia eu imaginar que aquele brinquedo me custaria tantas mulheres na vida.

A bem da verdade tudo começou muito antes. Muito longe dali nos idos de 1945 mais precisamente em fevereiro desse ano. Com outras três mulheres que se negaram a nascer, Tânia, Margarida e Claudia Eu herdei dos meus pais a fascinação por uma filha mulher. Deus negou-me três direitos o de ter um irmão gêmeo, filhos gemeos e uma Irmã.

No tempo em que não se sabia, segundo um dizer gaúcho, o que sairia da cabeça de um juiz, das patas de um cavalo ou da barriga de uma mulher, nós os três irmãos, antes de nascer tivemos enxoval e nome feminino.Nascemos três homens, Sérgio Olimpio, Sérgio Ivan e Sérgio Cláudio. Durante trinta e um anos foi esperada naquela casa uma menina. Eu, debalde, muito tentei a adoção, por parte dos meus pais, de uma menina para nossa irmã. Como disse, trinta e um anos após mina concepção, veio a primeira, minha filha Claudia Rejane.

Isso não aconteceu nas primeiras tentativas. Eu e o Sérgio Ivan casamos com seis meses de diferença. Com a gravidez da minha esposa Eva Maria, trocadilho de uma outra namoradinha que tive, reacendeu a chama da esperança da menina. Minha mãe confeccionou o “ursinho” cor de rosa de tricô. Como não havia ainda ultra-som e, o médico afirmasse ser uma menina, embora meu sétimo sentido dissesse ao contrário, todos acreditavam na quebra da maldição. Nasceu Gilson Sérgio.

Em seguida engravida minha cunhada. As atenções todas se voltam para ela. Agora sim viria a menininha. Os “entendidos” e “entendidas” diziam ser a sua barriga de menina. Até algumas videntes ratificaram isso. È confeccionado, pela minha mãe, o “segundo” ursinho cor de rosa. Nasceu, Sandro Giovani.

Antes de completar três anos do nascimento do Gilson Sérgio recomeçamos o jogo. Na CEEE, em Vacaria, estávamos na fase da gabolice de quem sabia ou não sabia o que fazia em matéria de filhos. Foram quatro gravidezes, ao mesmo tempo, naquela gerencia. Até a negra velha do cafezinho engravidou. Como da primeira vez, eu seguindo mais a intuição que as informações do médico, havia alardeado aos quatro ventos ter feito um filho homem, assim que tomei conhecimento da nova gestação, sai de seção em seção exibindo o “ursinho” cor de rosa. Desta vez acertei. Os amigos chegavam a disparar de mim, Nasceu Claudia Rejane. A qual, contando meus nove meses de gestação mais os três meses da nossa diferença de data natalícia, teria sido esperada durante trinta e um anos.

Com o nascimento da Claudia, meu irmão Sergio Ivan, entusiasmasse pela menina. Minha cunhada compra, do grande astrólogo Omar Cardoso, o manual de como escolher o sexo do filho a ser concebido. Coincidência, ou técnica, nasce Daniela Rose. A verdade é que foi mera coincidência, pois ela tentou duas vezes mais, conseguindo Mario Ivan e Diego.

O Sergio Cláudio foi o mais demorado a casar e a ter filhos, mas com a mesma fixação por menina teve três filhos homens antes da filha mulher, Lauren Liz, essa menina, minha mãe não chegou a conhecer. Ela faleceu quando do nascimento de Vinicius o terceiro filho dele.

O meu castigo, provocado por mim, praga da minha cunhada ou, como resultado do pecado da soberba, veio com um magote de mulheres, crescendo cada vez mais. Logo após o nascimento da minha caçulinha, Anélida Catiane eu fui a porto alegre e “arriei-me” na minha cunhada:

“Na minha casa! Eu faço o filho que quero sem a participação de macho nenhum”

Em alusão ao manual de Omar Cardos.

Eu não podia antever o futuro que me esperava, eu já estava com excesso de mulheres mas ainda estava em bom tamanho.

Quando vimos de Vacaria para Cruz Alta, trouxemos uma menina para ajudar com as duas crianças. A Anélida ainda não havia nascido. Esta menina ficou com nós vinte e um anos. Casou teve uma filha, Fátima Dariane, a nossa “Mulinha sem Cabeça” minha quarta mulher, pois acabou sendo criada como filha, sempre nos chamou de pai e mãe. Até por mal ter conhecido o próprio pai que voltou para Alegrete. Tanto é nossa que quando a mãe resolveu ir embora para Novo Hamburgo deixou-a com nós. E quando tentou ir atrás foi mandada de volta.

Logo após o nascimento da Anélida eu fui transferido para Alegretre, retornado a residir em Cruz Alta sete anos após. Lá conclui a minha faculdade de Economia e foi lá que os pais da Fátima se encontraram Enquanto Moramos em Alegrete o casamento durou, sobrepondo-se até as dificuldades financeiras. Com a nossa vinda para cá e conseqüentemente a vinda deles o casamento desandou e acabou.

Nós vimos em fevereiro, em outubro a Ivete desembarcou, de “ Mala e Cuia” e o marido na minha casa. Conseguimos emprego para ele, A Ivete engravida e, em seguida ele vai embora. Quando estava de seis meses ela, foi a Alegrete e o trouxe de volta. A Fátima tinha dois meses ele foi-se pela penúltima vez. Voltando somente quando ela tinha dois meses e em seguida abandonando-as para nunca mais voltar.

Os filhos já crescidos. Fiz mais um curso de especialização. Logo iniciaram a entrar para a faculdade. As filhas tinham cursado magistério e o filho contabilidade. Na faculdade ele optou pelo Direito elas por Matemática

Quando o filho já estava bem adiantado na faculdade e, a caçula estava concluindo o primário, ingressa no Colégio Anes Dias, uma menina vindo de Tupanciretan, segundo ela filha de fazendeiros fortes de lá, torna-se amiga da Anélida e daí nasce o namoro com o Gilson.Nessa época a Claudia Rejane já namorava, há bem uns dois anos, um rapaz de Pejuçara, esse sim filho de um dos granjeiros mais fortes da região. O filho e a filha casam-se com nove meses de diferença. Mas, com três outras diferenças muito grandes. A primeira. A filha não estava grávida. A noiva do filho sim A segunda. O casamento da filha dura até hoje. O do filho logo acabou. O Saulo, marido da filha Claudia, esta a dezesseis anos dando prazer para esta família, a mulher do filho só deu incômodos, desgostos e envergonhou a família. Destes casamentos nasceu a Viviane Cristina, a sexta mulher e, o Thiago. Aqui a explicação de porque somente nove não dez. Pois para considerar a Gabriela (nora) terei de incluir a ex-nora, não merecedora.

Logo após a separação do Gilson a Anélida resolve cursar a auto escola a fim de obter a carteira de motorista. Lá conhece um rapaz, tornam-se amigos, ficados, namorados e noivos.Como só tivemos azar com a nora desta vez foi pior. Mau pagador, estelionatário e envolvido em muitas coisas não muito corretas. Enfim desde o inicio do casamentos foram aparecendo coisas erradas. Eles foram morar na casa onde morou o Gilson o qual deixou muitos pertences lá. Entre elas um talão de cheques adormecido há nove anos. Um dia esse talão ressuscitou aparecendo uns quantos cheques na firma de representações do irmão dele. O casamento durou dez meses. Quando menos esperamos. Aparece grávida. Casou-se no religioso. Nasce a Maya Taciane a sesta mulher. Maya a Deuza da bondade e Taciane pois todas as mulheres da segunda geração tem “ane” na terminação de um dos nomes. Claudia Rejane, Anélida Catiane, Fátima Dariane, Viviane Cristina..

A Fátima Dariane a minha “Mulinha sem Cabeça”, a mais carinhosa de todas, mas deu trabalho pela mãe dela e meus três filhos.Aos quatorze anos parou de estudar e arrumou um maridinho. Com ele antes de completar quinze anos teve uma filha. Mais precisamente um mês e um dia antes de completar quinze anos, nasceu a sétima mulher da família, Ketlin.

A separação do filho terminou obrigando-me a uma auto exílio dos bares da cidade, tendo busca-los, para a minha taça de vinho ou cafezinho, fora da cidade pois o que nunca faltava era alguém, que não me conhece, comentando sobre ela.Em algumas vezes fazendo com que o dono do bar se desmancha-se em gestos para faze-lo calar a boca.

Desde a separação, o filho voltou para casa com a filha abandonada, pela mãe. Quem vai criando a Viviane é a Eva Maria. Assim ela passa a ser a neta filha. Tomando inclusive a minha cama.Os primeiros anos da separação correram relativamente tranqüilos, sempre aparecendo alguma diferente da Cristina. Mas até o Gilson tornar-se procurador do município, com um salário de dois mil e novecentos reais, ela nunca demonstrou interesse em levar a menina. Um dia, quando ele menos espera, descobre ter ido ela ao promotor em busca da guarda da menina. Ela e o companheiro, posterior marido, atravessavam dificuldades financeiras e trinta por cento do salário de procurador do Município, possivelmente, fosse bem maior que a sua receita familiar. Alias algumas fontes, na época davam-nos noticias confirmando tal fato A luta pela guarda da menina durou quatro anos, de sustos e incômodos, de provocações por parte deles a ponto da família proibir-me de permanecer na frente da casa quando eles viessem buscar a neta. Acontecendo inclusive a invasão do meu domicilio por eles tentando levar a menina a força. Só sendo decidida dois anos depois que ele saiu da prefeitura. Estranhamente ela perdeu a guarda sem recorrer. Quiçá, pela falta da polpuda pensão.

A invasão do meu pátio foi um verdadeiro atestado de burrice e de demonstração inútil de valentia. Seria tão fácil tirar a menina de dentro da caminhonete quando eu ia ao bar e deixava-a lá e correr ao juiz de plantão. Com isso o resultado da justiça teria sido outro. È lógico que após essa tentativa de apossar-se da menina, embora eu continuasse a leva-la comigo aos mesmos locais eu facilitava muito menos e as coisas também seriam muito diferentes.

O meu filho estava de saída para Brasília em companhia do prefeito quando a flagrou tentando levar a menina. Acabaram entrando em luta corporal quando minha filha Anélida apanhou a Viviane pela janela. E ele invadiu armado, em apoio à companheira, o terreno de minha propriedade. O que lhes custou em juízo uma condenação de fornecimento de cento e vinte litros de leite.

Gilson desde a separação passou a dedicar-se a filha, ao trabalho e algumas mulheres que não foram muito poucas. Até que um dia enrola-se novamente em saias. Fora fazer uma audiência em São Borja e desapareceu no fim de semana. Fomos acha-lo em Santa Rosa onde tinha arrumado uma loira. Num “vap vupt”, instalou-a na sua quitinete no meu pátio. Dizia-se ela estéril. Um dia falhou as coisas. Não deu outra! Gravidez. Eu estava em Porto Alegre quando recebi uma mensagem em meu celular.

“Velho vais ser avo de novo”

Quando foi feito o primeiro ultra-som, o médico estanhou alguma coisa e comentou que ainda não dava para ter certeza, mas havia uma duvidada de serem dois.

Eu estava em Guaíba quando recebi duas mensagens pelo celular a primeira era dela:

“Velho ta confirmado a dose é dupla. Vais ser avo de gêmeos, Vou te dar dois netinhos”.

A outra mensagem vinda bem depois, era da Anélida e dizia:

“Pai! Nós estamos aqui no restaurante São Cristóvão, bebemorando os Gêmeos da Gabi”

Os outros ultra-sons, indicaram o sexo de somente um dos gêmeos era uma menina. Havia a chance de serem um casal. O Thiaguinho teria um priminho e o meu sobrenome perpetuar-se-ia. Quando estava bem próximo do parto o ultimo exame mostrou sem sombra de duvidas. Duas meninas. Assim vieram a oitava e a nona mulher. Alana Ágata e Ágata a.Alana. Creio que eu não soube rezar para pedir as coisas. Quando pedi uma nora Deus mandou-me uma para meu deleite, mas como o plantão do mundo, naquele dia, era o Diabo mandou-me antes uma ex-nora, para meus pesadelos.. Eu queria uma Irmã, Deus negou-me esse direito,.Eu queria ao menos uma mulher na minha descendência, mas queria netos também. Deus mandou um e não para de mandar netas.

Quando corrijo este trecho, o meu ultimo netinho homem completa dois meses, mas sem a continuidade da minha descendência. Kauam é neto do coração. E é filho da Filha do coração.







Meus netinho

Viuviane Cristina, Thiago, Maya Taciane, as gêmeas Alana Ágata e Ágata Alana e ultima da direite

Ketlin

 


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui