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Cordel-->Contraste e visão -- 04/02/2003 - 10:19 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos












Havendo luz e não tendo
é que surge o contraste,
como importante sendo
para fins de um empaste.

Por melhor que funcione,
nossa visão é bem cega,
mesmo que se posicione
onde que haja mais pega.

Mergulhada no escuro,
ela exige bengala
e diz: _ Isso não aturo!
Já que nada a mim fala.

Os olhos pouco importam,
ou um sistema nervoso.
Quando luzes se abortam,
nem cérebro caprichoso.

A luz é como a chave
da potência visual,
não se pode ver a ave,
se não há campo tonal.

Existe a física luz,
bem como a pigmentária.
Em ambas, tom nos seduz
e reduz bem cada área.

De uma luz que bem brilha,
até à escuridão,
ele passa e palmilha,
mostra sua gradação.

No processo de ver,
precisamos justapor
gradação da luz no Ser,
sem contar com sua cor.

Os seus valores tonais,
mais importantes que cor,
é que a luz pede mais,
pra ver surgir o que for.

Em qualquer um dos pigmentos,
brilho é sintetizado
ou oferece rebentos
do claro ao branqueado.

Já uma obscuridade
vai do mínimo negror
a sua totalidade,
sem se importar com cor.


Assim, tudo o que se vê
tem duas propriedades:
branco ou negror que se dê,
lume ou obscuridade.

Quando a luz é natural,
há luminosidade
ou, pelo mesmo canal,
tem-se a obscuridade.

Há uma enorme variedade
de tons, na luz natural.
E isso não é verdade
se pigmento é canal.


E, se é luz de pigmento,
tem brancura ou negror
e, conforme o momento,
será maior ou menor.


Neste, a mais vasta gama
de tons de cinza visíveis
não ultrapassa a trama:
trinta e cinco possíveis.

Sem cair luz sobre ele,
o melhor branco dos brancos
nunca será visto dele,
dizem os sábios mais francos.

Portanto, diz-se que ela,
venha do Sol ou da Lua,
se elétrica, se vela,
é elo da visão sua.

Ainda que luz não haja,
só um tom do meio cinza,
sem distinguir uma raja,
cego não há, só ranzinza.

Ou seja, não se vê bem,
sem contraste do tom,
Luz tem que haver também,
mas, o tom é santo dom.

Por este gato notamos
objetos e suas formas,
padrões que simplificamos,
que pra mente viram normas.

Um massas verdes viu antes,
opacas ou transparentes,
translúcidas, cintilantes,
cheias de pontas ou rentes.

Viu, também, coisas redondas,
compridas e pardacentas,
verdes e acinzentadas,
escamadas como ondas.

Que árvore era isso__
troncos, galhos, folhas, ramos __
aprendeu. Mas, de início,
só tons de verde notamos.

Assim, olhos e processo
de visão, em muitos níveis
se estendem, e excesso
de ver atinge possíveis.

Todo sistema nervoso
interage com visão,
faz mais capaz o cioso
para discriminação.

Tato, paladar, ouvir
e olfato nos ajudam
nosso mundo discernir,
mas, a visão nunca mudam.

Algo é macio, duro,
é cheiroso ou faisandé,
parado como muro,
ou difícil de comer.

Todos os nossos sentidos
não param de refinar
os fatos compreendidos,
eterno discriminar.

Porém, dúvida não há:
da visão nós dependemos,
e dá muito o que falar,
se do seu poder sofremos.

Os padrões, que observamos,
vemos com mais perspicácia,
quando neles injetamos
contraste com eficácia.

Fundamental pro leitor,
um contraste de bom gosto,
que é fio condutor
do bem crer no que é posto.

***

Com os cumprimentos do Tim,

crente em faisão dourado, filhote de galinha preta

e servo de vela na encruzilhada.


***


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