eu sempre fui uma mulher calada
muitas dores me fizeram egoista e fria
a minha poesia,vício antigo e triste
eu escrevia,desesperada e solitária
e em palavras desencontradas,sem rimas
o meu íntimo eu sufocava
e muitas vezes me descobri sendo
um espantalho inútil na plantação
tendo a alegria dolorida
apenas quando pousavam alguns passarinhos
e fui redescobrir o riso e a vida
quando encontrei tua amizade e carinho
você,doce brisa da manhã
jeito leve,solto,amigo
com palavras de coragem,sorrindo da vida
e eu aqui,parada a observar
você com sua franca alegria
luz em minhas sombras espalhar
e hoje,no vício antigo da poesia
já não sufoco minhas fantasias
e com mais alegria agora componho
pois na manhã da minha vida
surgiu você,doce brisa da amizade
a florir os jardins da minha estrada
com seu carinho e suavidade
laura vizentyn
11/08/2002 |