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Quem antes me tocou foram os fantasmas,
sou virgem de teu desejo nem me perguntes
se quero: - Sim eu quero!
Quero vestir a tua fantasia e bailar no
¨carneval¨ de teu corpo até que meu cerebelo
perca o equilíbrio.
- Sim eu quero!
Quero pôr apropriação indébita ser presa entre
tuas coxas roliças, nem quero saber onde estão
os limites.
Descobri até que tenho em meio as pernas um eréctil,
rudimentar e incompleto pênis, vulgarmente conhecido
pôr grelo e ela o deixa duro feito uma rocha tal qual
um diamante capaz de cortar os teus dedos vorazes,
durante esta cópula percebo que meu tubo muscular não
servira mais de corredor, tô dentro tô fora, e vice
versa. O fórnix vai esperar em vão, pelo toque de um
mastro.
As paredes entendem a importância daquele momento,
então se calam, e paralelas pernas ora rodopiam no ar
como um compasso, ora traçam ângulos agudos, externos,
obtusos.
Toco a língua em cada um deles, procurando um canto.
Nesta hora não há formula que calcule nossa área,
a geometria é plana e o próprio conjunto do nosso
universo acertam as arestas, as frestas, todas estas
depois de chegar no ponto de chegada ou de saída,
não sei bem apenas me aninho em tuas montanhas.
Nem Zeus acredita ao me ver ali esmorecida, ele então
se pergunta:
- Com que poderes benditos, esta Deusa bandida te mostrou
o santo caminho do prazer?
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Fattoconsumado
Junho de 2001
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