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Artigos-->REENCONTRO COM AMIGOS -- 22/10/2007 - 15:39 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
REENCONTRO COM AMIGOS





Nota de 23 de outubro de 2007. Este artigo, escrito em 28/08/2007, foi publicado pelo O Caatinguense, nº 2, Ano 2, correspondente a outubro deste ano, órgão da Alavanca, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), com sede em João Pinheiro (MG) jurisdição à qual pertence o distrito Sant´Ana do Caatinga, ativa comunidade quilombola.



L. C. Vinholes





Tive nova oportunidade de visitar Sant´Ana do Caatinga. Tempo seco, vento batendo manso e temperatura agradável. Faltaram as mangas e as acerolas abundantes da outra vez, mas, em compensação, provei as mais doces e saborosas carambolas.



Reencontrei amigos e, desta vez, fiz amizade também com os alunos e alunas da Escola Municipal Frei Carmelo. Foram eles os quase vinte parceiros que me ajudaram a levar os 39 livros que ofereci à biblioteca da cidade e que comigo percorreram a distância que separa o Rancho onde estive hospedado da Casa da Cultura. Ali, depois da entrega feita à Adriana, guardiã daquele estabelecimento, em animada reunião e sempre sob os olhares atentos das professoras Maria Célia Gonçalves de Andrade e Cássia Maria Guimarães Gonçalves Tiberes, os mais afoitos arriscaram ler alguns dos poemas da antologia que acabo de organizar com o que escrevi nos últimos tempos.



Como gosto de observar as coisas que acontecem nos lugares que visito, alguns fatos chamaram minha atenção. 1) Logo na entrada da cidade para quem vem de Brasilândia, foram construídos quatro fornos para produzir carvão. A área que os circunda foi desmatada e nela descansavam cabeças de gado leiteiro. Notei desmatamento da vegetação escassa também à margem da estrada que vai na direção a Buritizeiro. Sem a menor sombra de dúvida, esta atividade vai acelerar o processo de assoreamento do rio Caatinga. 2) Entre o final da rua José Martins e a margem do Caatinga foi construída uma longa escada com rampas laterais para decida de barcos e para que se possa chegar ao espelho d´água. Acima do início desta obra, nas poucas ruas de descuidado calçamento, entre sulcos produzido pela erosão das chuvas do ano passado, a areia solta é farta e paralepipedos continuam jogados ao Deus dará. 3) Do lado oposto a Fábrica de Farinha ainda fechada, Valter e dois auxiliares retomaram as obras para ampliar a Fábrica de Doces para melhor aproveitamento da castanha do baru, leguminosa rica em proteínas. Este projeto, criando oportunidades de emprego e renda, visa aproveitar a castanha produzida na região e contempla incentivar o plantio de novas mudas visando a preservação dos baruzeiros e do bioma local. Por falar na Fábrica de Farinha não posso deixar de registrar que o terreno à sua volta foi todo roçado e limpo ficando com aspecto diferente do matagal de fevereiro; e que o seu não funcionamento teria prejudicado aos que plantaram mandioca na expectativa de aumentar seus proventos com a farinha que ali poderiam ter produzido. 4) Vez por outra, a comunidade local, sem ter a quem recorrer, é surpreendida com a chegada de forasteiros que abusam da acolhida que recebem e infernizam o descanso e a tranqüilidade de crianças e idosos com algazarra e com o som de seus caros com decibéis acima de qualquer nível aceitável a qualquer hora do dia e da noite. 5) A população de Caatinga, com apoio de instituições ali atuantes, está pronta para dar início às tarefas de reciclagem do lixo. Há muito, ao longo das ruas, foram construídos os locais para recolhimento dos materiais e grandes baldes brancos, azuis e verdes aguardam que o executivo de João Pinheiro construa o prometido galpão comunitário. 6) Pouco antes de voltar a Brasília, visitei a escola dos meus jovens amigos e fiquei impressionado com as instalações franciscanas e com a falta e material adequado. Apesar disso, meninos e meninas brincavam alegres em movimentada correria, perseguindo uma bola murcha.



Dos pescadores profissionais que ali residem e que se valem dos recursos do rio Paracatu, onde desemboca o Caatinga, adquiri dois soberbos pirás que me acompanharam a Brasília e, para a garotada da Frei Carmelo, prometi para mim mesmo levar uma bola nova quando lá voltar.



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