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Artigos-->O MITO CHE GUEVARA -- 15/10/2007 - 19:36 (Délcio Vieira Salomon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CHE GUEVARA



Délcio Vieira Salomon



* Faço questão de transcrever o texto sobre Ernesto Che Guevara extraído da Wikipedia.

Por tratar-se de um trabalho eminentemente imparcial há de servir como resposta àqueles que, aproveitando os 40 anos da morte do grande ídolo universalmente admirado, estão procurando denegrir sua imagem.

Obviamente a serviço do imperialismo americano. Por mais que tentem sufocar o ideal socialista, que tem em El CHE referência emblemática, mais aquele ideal se revigora em suas forças. Fazem de tudo para desvirtuar os homens que fazem a história, mas esta continua a evidenciar que a verdade mais dias menos dias há de sobrepairar sobre as paixões e os objetivos mesquinhos.

A tais pessoas vale lembrar o dito latino: "non indiget veritas mendacio nostro" ( a verdade não necessita de nossas mentiras).





Ernesto Guevara Lynch de la Serna, mais conhecido por Che Guevara ou El Che (Rosário, Argentina, 14 de Junho[1] de 1928 — La Higuera, Bolívia, 9 de Outubro de 1967) foi um dos mais famosos revolucionários marxistas da História. Foi considerado pela revista norte-americana Time Magazine umas das cem personalidades mais importantes do século XX. [1].



Ernesto Guevara de la Serna nasceu em Rosário, importante cidade industrial Argentina ao noroeste de Buenos Aires, numa família aristocrática porém de idéias socialistas.



Ernesto tinha dois anos quando sofreu o primeiro ataque de asma. Estudou grande parte do ensino fundamental com sua mãe em casa, onde havia uma biblioteca de cerca de três mil volumes com obras de Marx, Engels e Lenin, com os quais se familiarizou em sua adolescência. Por volta dos 12 ou 13 anos lia frequentemente. Sabe-se que leu Júlio Verne, Alexandre Dumas, Baudelaire, Neruda e Freud aos 15 anos.



Os ataques de asma sofridos por Ernesto durante a infância foram muito violentos e em vista de o menino não melhorar, os médicos aconselharam uma mudança de ares. Foi assim que, em 1932, contava Ernesto quatro anos, a família mudou-se para a região de Córdoba, no centro da Argentina, que na altura não era ainda a zona industrial que hoje é. Radicaram-se em Altagracía, uma pequena estância de veraneio, não muito longe da cidade de Córdoba. Viviam numa casa de estilo inglês, uma cottage chamada Villa Nidia.

Foi titular do primeiro time de juniores do Velez Sarsfield.



Em 1944, os negócios da família de Che vão mal e Ernesto emprega-se como funcionário da Câmara de uma vila nos arredores de Córdoba para ajudar as finanças em casa, sem deixar, contudo, de estudar.



Em 1946 terminou o liceu. Os Guevara mudaram-se para Bogotá e Ernesto ingressou na universidade. Continuando a situação econômica a deteriorar-se, foram obrigados a vender com prejuízo a plantação de coca que tinham desenvolvido. Na capital, Ernesto empregou-se outra vez como funcionário municipal e mais tarde numa tipografia, continuando, não obstante, o curso de medicina.



Houve um período durante o qual trabalhou como voluntário num instituto de pesquisas sexuais, então mantido pelo partido comunista. Nesse ano de 1946 foi chamado ao serviço militar, que, ironicamente, o recusou por inaptidão física.



Depois da Segunda Guerra Mundial, com a vitória dos aliados, a oposição a Juan Domingo Perón ganhou novo ânimo. Os estudantes constituiram a sua camada mais aguerrida. Guevara participou nessas lutas.



Fez uma viagem, começada de bicicleta e terminada a pé, pelas províncias argentinas de Tucumán, Mendoza, Salta, Jujuy e La Rioja, na qual percorreu diversos resorts Andinos.



E em 1951, ainda não tinha terminado a formatura em Medicina, iniciou, com Alberto Granado, uma grande viagem pelo continente na velha moto do companheiro conhecida pelo nome de "La Poderosa". Nessa viagem, Guevara começa a ver a América Latina como uma única entidade económica e cultural. Visita minas de cobre, povoações indígenas e leprosários, interagindo com a população, especialmente os mais humildes.



De volta à Argentina em 1953 acaba os estudos de Medicina e passa a dedicar-se à política.



Guevara atuou como repórter fotográfico em uma carreira de êxito. Cobriu o Pan-Americano de 1953 por uma agência de notícias argentina no México. Em julho de 1953, inicia sua segunda viagem pela América Latina. Nessa oportunidade visita Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala.



Foi por causa da visão de tanta miséria e impotência e das lutas e sofrimentos que presenciou em suas viagens que o jovem médico Ernesto Guevara concluiu que a única maneira de acabar com todas as desigualdades sociais era promovendo mudanças na política administrativa mundial.



No fim desta viagem, Ernesto voltou à Argentina com o objetivo de terminar o curso de medicina.



Che Gevara teve várias alcunhas. Enquanto jogador de futebol, era conhecido como Fuser, uma contração de "El Furibundo" e seu sobrenome materno "Serna" - por seu estilo agressivo de jogo. Para os companheiros de guerrilha, era apenas "el chancho", o porco, porque não gostava de banho.



Em sua passagem pela Guatemala, onde chegou em Dezembro de 1953, Che presencia a luta do recém-eleito presidente Jacob Arbenz Guzmán, liderando um governo de cunho popular, na tentativa de realizar reformas de base, eliminar o latifúndio, diminuir as desigualdades sociais e um dos principais objetivos, garantir a mulher no mercado de trabalho.



O governo americano se opunha a Arbenz e, através da CIA, coordenou várias ações, incluindo o apoio a grupos paramilitares, contra o governo eleito da Guatemala, por não se alinhar a suas políticas para a América Latina.



As experiências na Guatemala são importantes na construção de sua consciência política. Lá Che Guevara auto define-se um revolucionário e posiciona-se contra o imperialismo americano.

Nesse meio tempo, Che conhece Hilda Gadea, com quem se casa e de cuja união nasce sua primeira filha, Hildita.



Em 1954, no México através de Ñico López, um amigo das lutas na Guatemala, ele conhece Raúl Castro que logo o apresentaria a seu irmão mais velho, Fidel Castro. Esse organiza e lidera o movimento guerrilheiro 26 de Julho, ou M26, em referência ao assalto ao Quartel Moncada, onde em 26 de julho de 1953, Fidel Castro liderou uma ação militar na qual tentava tomar a principal prisão de presos políticos em Santiago. Guevara faz parte dos 82 homens que partem para Cuba em 1956 com Fidel Castro e dos quais só 12 sobreviveriam. É durante esse ataque que Che, após ser duramente violentado pelos rebeldes, larga a maleta médica por uma caixa de munição de um companheiro abatido, um momento que tempos depois ele iria definir como o marco divisor na sua transição de doutor a revolucionário.



Em seguida eles se instalam nas montanhas da Sierra Maestra de onde iniciam a luta contra o presidente cubano Fulgencio Batista, que era apoiado pelos Estados Unidos.



Os rebeldes lentamente se fortalecem, com a ajuda da URSS, aumentando seu armamento e angariando apoio e o recrutamento de muitos camponeses, intelectuais e trabalhadores urbanos. Guevara toma a responsabilidade de médico revolucionário, mas, em pouco tempo, foi se tornando naturalmente líder e seguido pelos rebeldes.



Após a vitória dos revolucionários em 1959, Batista exila-se em São Domingos e instaura-se o um novo regime em Cuba, de orientação socialista. Mas foi só em 1° de dezembro de 1961 Fidel Castro oficializou o regime comunista em Cuba, declarando-se marxista-leninista. (“Eu tinha a maior vontade de entender-me com os Estados Unidos. Até fui lá, falei, expliquei nossos objetivos. (...) Mas os bombardeios, por aviões americanos, de nossas fazendas açucareiras, das nossas cidades; as ameaças de invasão por tropas mercenárias e a ameaça de sanções econômicas constituem agressões à nossa soberania nacional, ao nosso povo”.) (Fidel Castro, a Louis Wiznitzer, enviado especial do GLOBO a Havana, em entrevista publicada em 24 de março de 1960).



Guevara, então braço direito de Fidel, torna-se um dos principais dirigentes do novo estado cubano: Embaixador, Presidente do Banco Nacional, Ministro da Indústria.



Che esteve oficialmente no Brasil em agosto de 1961, quando foi condecorado pelo então Presidente Jânio Quadros com a Grã Cruz da ordem Nacional do Cruzeiro do Sul [2] [3] . A outorga dessa condecoração foi o desfecho de uma articulação diplomática, iniciada pelo Núncio apostólico no Brasil, monsenhor Armando Lombardi, seguindo às instruções da Santa Sé, solicitando a ajuda do governo do Brasil para fazer cessar a perseguição movida contra a Igreja Católica em Cuba. Jânio Quadros solicitou a mediação de Che junto a Fidel. Guevara atendeu ao pedido de Jânio e concordou em ser o intermediário do apelo do Vaticano junto ao governo cubano. [4]



Meses antes alertara Fidel da existência da "operação Magusto" [5], a invasão da Baía dos Porcos tentada por 1.297 anticastristas exilados, oriundos da ditadura de Fulgêncio Batista. A "operação Magusto" foi uma operação militar planejada pela Agência Central de Inteligência (CIA) por ordem do presidente Dwight Eisenhower, que ocorreu em 17 de abril de 1961 e foi derrotada três dias depois. Em 1° de maio (ou 16 de abril, segundo outras fontes) Fidel Castro declarou que Cuba se tornaria um país socialista, e buscou apoio militar de Moscou para se defender das tentativas de invasões americanas e de ameaças representadas por planos quasi-terroristas dos militares norte-americanos, do tipo da "operação Mongoose", autorizada em 4 de novembro de 1961 por Kennedy[6], ou da "operação Northwoods" de 1962. [7] [8]



Em 1° de dezembro de 1961 Fidel Castro declarou que a revolução cubana se tornara marxista-leninista. [9].



Em 8 de agosto de 1961 Che discursou numa reunião da OEA em Punta del Este e denunciou o imperialismo americano e seu aliados. Relembrou que em outubro de 1959, logo após a implementação da reforma agrária cubana, aviões piratas norte-americanos passaram a decolar dos Estados Unidos para atacar Cuba, queimando seus canaviais. Os Estados Unidos negavam qualquer responsabilidade nesses ataques até que um avião norte-americano caiu num canavial em Cuba. Esse acidente forçou o governo norte-americano a pedir, oficialmente, desculpas a Cuba. Mencionou também que em maio de 1960 as companhias norte-americanas de petróleo que operavam em Cuba invocaram o direito ao uso da força e se recusaram a refinar o petróleo que Cuba havia importado da União Soviética, ameaçando assim a economia cubana com uma total paralisação [10].



Em 1964 Ernesto Che Guevara representou oficialmente Cuba nas Nações Unidas, tendo pronunciado um discurso por ocasião da sua 19ª Assembléia Geral, em 11 de dezembro de 1964 [11]. Participou do Seminário Econômico de Solidariedade Afro-asiática entre 22 e 27 de fevereiro de 1965 em Alger, quando criticou publicamente, pela primeira vez, a política externa da União Soviética .



Nesse mesmo ano, Guevara, deixa Cuba para propagar os ideais da revolução cubana pelo mundo com ajuda de voluntários de vários países latino americanos, contra os conselhos dos soviéticos mas com o apoio de Fidel Castro. Em 4 de outubro de 1965 Fidel Castro anunciou que Ernesto Che Guevara deixara a ilha para lutar contra o imperialismo.

Retorno à guerrilha e morte



Ele parte primeiramente para o Congo, na África, com um grupo de 100 cubanos "internacionalistas", tendo chegado em abril de 1965. Comandante supremo da operação, atuou com o codinome Tatu (do swahili), e encontrou-se com Kabila. Por seu total desconhecimento da região, dos seus costumes, das suas crenças religiosas, das relações inter-tribais e da psicologia de seus habitantes, o "delírio africano" de Che resultou numa total decepção. Nesta ocasião ele teria dito a frase: "Negros não servem para a revolução"[carece de fontes?].



Em seguida parte para a Bolívia onde tenta estabelecer uma base guerrilheira para lutar pela unificação dos países da América Latina e de onde pretendia invadir a Argentina. Enfrenta dificuldades com o terreno desconhecido, não recebe o apoio do partido comunista boliviano e não consegue conquistar a confiança dos poucos camponeses que moravam na região que escolheu para suas operações, quase desabitada. Nem Che nem nenhum de seus companheiros falavam a língua indígena local. É cercado e capturado em 8 de outubro de 1967 e executado no dia seguinte pelo soldado boliviano Mário Terán ,a mando do Coronel Zenteno Anaya, na aldeia de La Higuera. Os boatos que cercaram a execução de Che Guevara levantaram dúvidas sobre a identidade real do guerrilheiro,[carece de fontes?] que se utilizou de uma miriade de documentos falsos, de vários países, para entrar e viver na Bolívia.



A confusão estabelecida em torno do caso culminou no desaparecimento do seu corpo, que só foi encontrado trinta anos depois.[carece de fontes?]



Em 1997 seus restos mortais foram encontrados por pesquisadores numa vala comum, junto a outras ossadas, na cidade de Vallegrande, a cerca de 50 Km de onde ocorreu a sua execução. Sua ossada estava sem as mãos, que foram amputadas (para servir como troféu) logo após a sua morte [12]. Seus restos mortais foram transferidos para Cuba, onde em 17 de outubro deste mesmo ano são enterrados com honras de Chefe de Estado, na presença de membros da sua família e do líder cubano e antigo companheiro de revolução Fidel Castro.





O Homem e o Mito





A reprodução da imagem de Che Guevara em camisetas e pôsteres geralmente utiliza uma famosa pintura feita pelo artista plástico irlandês radicado nos EUA Jim Fitzpatrick a partir da foto tirada por Alberto Diaz Gutiérrez, conhecido profissionalmente como Alberto Korda, divulgada pela Revista Paris Match [13] em 1967, pouco antes de sua morte, que se tornou a segunda imagem mais difundida da era contemporânea, atrás apenas de uma imagem de Jesus Cristo.



A revista norte-americana Time incluiu Ernesto Che Guevara na sua lista das 100 personalidades mais importantes do século XX, na secção "Líderes e Revolucionários". [1] Na Argentina foi eleito o maior político argentino do século XX, obtendo 59,8% dos votos, em enquete feita por TV. [14]



A imagem do Che é mítica em toda a América Latina. Na localidade onde foi assassinado em 1967, ergue-se atualmente uma estátua em sua homenagem. Ironicamente passou a ser conhecido na região como "San Ernesto de La Higuera" e a ser cultuado como santo pela população local, que o ignorara quando estave vivo dentre eles. Sua imagem mítica, capturada por Korda e imortalizada no desenho de Fitzpatrick, surge nos locais os mais diversos: em anúncios do banco de investimentos luxemburguês Dexia [15], num retrato feito com folhas de coca meticulosamente sobrepostas [16] exibido no gabinete do presidente Evo Morales [17], em biquines da Companhia Marítima desfilados por Gisele Bündchen [18], em tatuagens no braço de Maradona e no peito de Mike Tyson [13].



O regime cubano ainda hoje homenageia Che Guevara, onde é objeto de veneração quase religiosa; as crianças nas escolas cantam: "Pioneros por el comunismo, Seremos como el Che". Seu mausoléu em Santa Clara atrai, todos os anos, milhares de visitantes, muitos dos quais estrangeiros [15].





Para os adversários de Che essa glorificação messiânica é injustificável. Relembram eles que, longe de ser um humanista, Che Guevara aprovou pessoalmente centenas de execuções sumárias pelo tribunal revolucionário de Havana. Como procurador-geral, foi comandante da prisão La Cabaña, onde, nos primeiros meses da revolução, ocorreram 120 fuzilamentos. Ele mesmo escreveu: "As execuções são uma necessidade para o Povo de Cuba, e um dever imposto por esse mesmo Povo.". Os "campos de trabalho coletivos", na península de Guanaha (campos cubanos de trabalhos forçados) foram uma criação sua. [15] O próprio Che Guevara nunca fez segredo de que acreditava ser a luta armada a solução para os problemas que denunciava: " Como poderíamos contemplar o futuro luminoso e próximo se dois, três, muitos Vietnams desabrochassem na superfície do globo, com sua cota de mortes e suas tragédias imensas, com seu heroismo cotidiano, com seus golpes repetidos ao imperialismo, com a obrigação que lhe traz de dispersar suas forças, sob o ódio crescente dos povos do mundo !" [19]



Mas se por um lado advogava a violência da luta armada, como meio de atingir seus objetivos, por outro Che manifestava preocupação pela ética. Numa famosa entrevista com o jornalista Jean Daniel (L`Express, 25 de Julho de 1963, p.9.), Che dizia: "O socialismo económico sem a moral comunista não me interessa. Lutamos contra a miséria, mas ao mesmo tempo contra a alienação. (...) Se o comunismo passa por alto os factos da consciência, poderá ser um método de repartição, mas já não é uma moral revolucionária". [20]



Sobre a liberdade de pensamento disse: "Não é possível destruir uma opinião com a força, porque isso bloqueia todo o desenvolvimento livre da inteligência."(Che Guevara, "Il piano i gli uomini", Il Manifesto n° 7, deciembre del 1969, p.37.) [20]. Paradoxalmente, no estilo que se popularizou pela frase "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás"[21], enquanto de um lado pregava uma violenta luta armada para atingir seus objetivos socialistas, Che Guevara de outro demonstrava preocupações com o humanismo.



Em seu livro Socialism and Man in Cuba, expôs seu ideais de revolucionário: "Deixe dizer-lhe, com o risco de parecer ridículo, que o revolucionário verdadeiro está guiado por grandes sentimentos de amor. É impossível pensar num revolucionário autêntico sem esta qualidade. Quiçá seja um dos grandes dramas do dirigente(...) Nessas condições, há que se ter uma grande dose de humanidade, uma grande dose de sentido da justiça e de verdade para não caírmos em extremos dogmáticos, em escolasticismos frios, no isolamento das massas. Todos os dias temos que lutar para que esse amor à humanidade vivente se transforme em fatos concretos, em atos que sirvam de exemplo, de mobilização.[22]





A trilha de Che - empreedimento turístico





Com um investimento de 610 mil dólares e um projeto trianual - que foi parcialmente financiado pela governo da Inglaterra através do seu Departamento de Desenvolvimento Internacional - o governo boliviano procura incentivar o turismo na região por onde Che Guevara passou, e onde encontrou sua morte. Para isso foi criada uma trilha turística, a "trilha de Che", que seguindo suas pegadas, inicia-se, por rodovia, em Santa Cruz de la Sierra, atravessa a localidade inca de Samaipata, e prossegue pelos vilarejos Vallegrande and La Higuera. Essa trilha turística busca levar o turismo internacional de massas a esse distante rincão das selvas bolívianas, aproveitando o mito Che Guevara. [23] [24]





Observações





Segundo o escritor John Lee Anderson, Che Guevara terá nascido no dia 14 de Maio e não a 14 de Junho como consta de todas as biografias. Anderson cita como fonte uma das amigas da mãe de Che que lhe afirmou que à época do nascimento dele, sua mãe, Célia de la Serna, teve de adiantar a data em um mês porque ela havia se casado grávida e, se não o fizesse, sua família descobriria o seu segredo. No entanto, essa justificação não é totalmente convincente, uma vez que os pais de Guevara se casaram em Novembro de 1927, ou seja, sete meses antes do nascimento do filho, pelo que não se justificaria qualquer artifício.

Che Guevara foi capturado em 8 de outubro de 1967 (não no dia 9) e morto no dia seguinte [25]. A pedido de Juan Coronel Quiroga, amigo pessoal do então ministro da defesa da Bolívia, as mãos de Ernesto Che Guevara foram cortadas, mantidas em formol e entregues a ele: "Por anos guardei as mãos de Che Guevara debaixo de minha cama, em um grande pote de vidro.(...)"[12]





Bibliografia básica

em Português

Esboço de bibliografia organizado por ordem cronológica das primeiras edições em Portugal e/ou no Brasil.

• Diário - Ernesto Che Guevara - Lisboa, Editora Ática, 1975

• Poemas a Guevara - Egito Gonçalves (org.) - Porto, Editora Limiar, 1975

• Cuba - Guerra Revolucionária - Ernesto Che Guevara - Lisboa, Edições 70, 1975

• Viagem Pela América - Ernesto Che Guevara - Lisboa, Edições Dinossauro, 1996

• Os Meus Anos com o Che - Hilda Gadea - Lisboa, Edições Dinossauro, 1996

• O Ano em que Estivémos em Parte Nenhum - Félix Guerra, Froilán Escobar e Paco Ignacio Taibo II - Porto, Editora Campo das Letras, 1996

• Che Guevara: A Vida em Vermelho - Jorge G. Castaneda - São Paulo, Companhia das Letras, 1997

• Ernesto Che Guevara - Homem do Século XIX ou do Século XXI? - José Fernandes Fafe - Porto, Edições Dividendo, 1997

• Presença de Che Guevara - Wilson Barbosa - Rio de Janeiro, Editora Quartet, 2000

• Quem Matou Che Guevara - Saulo Gomes - São Paulo, Editora Elevação, 2002

• Outra Vez - Ernesto Che Guevara - Rio de Janeiro, Editora Ediouro, 2003; Porto, Editora Ausência, 2003

• A Utopia segundo Che Guevara - Viriato Teles - Porto, Editora Campo das Letras, 2005

• Como o Che Enganou a CIA - José Gómez Abad - Editora Avante!, SA, Lisboa - 2006

• Há quarenta anos morria o homem e nascia a farsa - Diogo Schelp e Duda Teixeira - Veja, edição 208, ano 40 - 3 de outubro de 2007

• SCLIAR, Moacyr: Doutor Che Guevara tentou aliar revolução e avanços na área de saúde. Folha Online, 7 de outubro de 2007 - 02h30

• SERPONE, Fernando. Maior legado de Che é a sua própria imagem, diz especialista. Ilustrada, Folha Online, 7 de outubro de 2007.

• SÁNCHEZ, Isabel. Mito de Che gera polêmica 40 anos depois de sua morte. Havana: France Presse, in Folha Online, 8 de outubro de 2007

• Da Redação. Saiba mais sobre o revolucionário Ernesto Che Guevara. Mundo - Folha Online, 8 de outubro de 2007 - 11h18.

• Che Guevara é lembrado em Cuba como o segundo personagem mais popular da Revolução. Havana: Agência EFE, 8 de outubro de 2007

• da BBC Brasil. Mídia argentina marca 40 anos de morte de Che Guevara. in Folha Online, 8 de outubro de 2007 - 10h12

• Che Guevara foi encontrado e executado com ajuda da CIA. Em arquivos publicados há dez anos, agência revela como ajudou o Exército boliviano.... São Paulo: Internacional, América Latina, estadao.com.br 8 de outubro de 2007, 14:29

• Show inicia homenagens a Che Guevara em Santa Clara É o início do chamado "Ano Guevariano", que vai durar até outubro de 2008, Santa Clara, Cuba: Internacional, América Latina, Agência EFE, in estadao.com.br, 8 de outubro de 2007, 01:40

• CONY, Carlos Heitor. Che Guevara. Rio de Janeiro: Opinião, Folha de S. Paulo, 11 de outubro de 2007

• LACEY, Marc. Che, ícone revolucionário, vira biquíni. O Estado de S. Paulo, 14 de outubro de 2007

em espanhol

• Discurso del Comandante Ernesto Che Guevara en la quinta sesión plenaria del Consejo Interamericano Económico y Social, en Punta del Este, Uruguay. Pronunciado el 8 de agosto de 1961

• Intimidades, poesías y cartas inéditas, en las memorias de la viuda del Che, El Mundo. Buenos Aires: El Clarín, 9 de outubro de 2007

• Mensaje a los pueblos del mundo a través de la Tricontinental, Ernesto Che Guevara 16 de abril de 1967

em francês

• Che Guevara, le discours d’Alger Discurso proferido por Che Guevara no Seminário Econômico de Solidariedade Afro-asiática entre 22 e 27 de fevereiro de 1965 em Alger

• SORIN, Raphaël. "Che" Guevara Le grand-père rouge de l`utopie. Paris: Monde, L`Express, 15 de maio de 1997

• TAIBO, Paco Ignacio, Ernesto Guevara connu aussi comme le Che, tome 1, Paris: Payot, 31 mars 2001 ISBN 978-2228894173

• GYLDÉN, Axel. Le Che Guevara: Ange ou démon? Paris: L`EXPRESS, 29 de setembro de 2007

• GYLDÉN, Axel. Guevara: Du sang sur l`étoile. Paris: L`EXPRESS, 29 de setembro de 2007

• GARCIA, Eduardo. Ernesto Che Guevara, une icône bousculée. La Paz: Reuters, 7 de outubro de 2007 -12h35

• Che Guevara, un héritage controversé - RFI - Radio France Internationale, 8 de outubro de 2007

• CHITOUR, Pr Chems Eddine. COMMANDANTÉ CHE GUEVARA: Un combat, un homme, une légende. Alger: L`Expressiondz.com, 8 de outubro de 2007

Em inglês

• Discurso de Che Guevara na 19 Assembléia Geral das Nações Unidas, 11 de dezembro de 1964

• GUEVARA, Ernesto Che e CASTRO, Fidel. Socialism and Man in Cuba. Nova York: Pathfinder Press; Expanded edition; 1 de junho de 1989, ISBN 978-0873485777

• DORFMAN, Ariel. Heroes & Icons - Che Guevara. - The Time 100, Time Magazine, 14 de junho de 1999.

• GARCIA, Eduardo. Che Guevara`s legacy fading with the years. La Paz: Reuters, Fri Oct 5, 2007 11:46am EDT

Referências

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13. &
8593; 13,0 13,1 SCHELP, Diogo e TEIXEIRA, Duda. Especial Che. São Paulo: Revista Veja, edição 2028, 3 de outubro de 2007, p. 90, 92.

14. &
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8593; 15,0 15,1 15,2 Che Guevara, un héritage controversé - RFI - Radio France Internationale, 8 de outubro de 2007

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