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Artigos-->O cretinismo da esquerda burra -- 12/10/2007 - 14:47 (Paulo Maciel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O cretinismo da esquerda burra



Quando o primeiro ministro chinês veio ao Brasil, uma visita importante para o país, as expectativas do governo quanto ao resultado das conversações eram muito altas e foram confirmadas: parcerias em vários projetos e financiamentos para o programa do bio-diesel estavam contemplados no documento assinado pelos presidentes dos dois países.

Do ponto de vista econômico, a viagem foi um sucesso. O que quase complica as relações políticas foi a inesperada reação de militantes da direita, gente arrebanhada pelos radicais do PFL para constranger o ilustre visitante e sua enorme comitiva. Queimaram pneus nas ruas, interromperam o trânsito, exibiram cartazes ofensivos à ditadura chinesa em São Paulo e Brasília e até um arruaceiro mais exaltado conseguiu atirar uma pedra contra um dos veículos da comitiva, quando chegava à rampa do palácio.

A mesma coisa aconteceu durante a última visita de Fidel Castro e tem se verificado nas periódicas viagens do presidente venezuelano ao Brasil.

Nunca se viu coisa igual patrocinada pela direita!

Os que não acreditam nessas informações, porque elas não foram noticiadas pela imprensa, nem exibidas nas televisões, têm razão.

Na verdade esses fatos nunca aconteceram, não passam de fantasias.

Em primeiro lugar, não há direita radical no país. Nenhum partido, aliás, se apresenta como sendo da direita.

Mas, que é interessante pensar como seriam as coisas se esse tipo de comportamento viesse a se realizar, lá isso é verdade.

Como será que o pessoal da esquerda reagiria? Partiria para um confronto, colocaria seus militantes nas ruas para impedir a manifestação dos opositores?

Embora se possa sugerir a hipótese irrealizável de uma direita organizada e furibunda é muito difícil imaginar as conseqüências dessas ações.

Fiquemos, portanto, no plano da realidade assistindo, boquiabertos, às iniciativas que lembram os tempos quentes da guerra fria, as manifestações políticas da esquerda radical nos anos cinqüenta e sessenta, antes da queda do Muro de Berlim, do estraçalhamento da União Soviética.

Estamos falando das manifestações que os partidos, sindicatos e movimentos de esquerda, MST e sem teto, inclusive, organizaram recentemente para protestar contra a visita do presidente Bush ao Brasil, em várias de nossas capitais, copiando ações que também se verificaram em outros países da América do Sul, algumas orquestradas por Hugo Chavez.

Velhos chavões do comunismo mais azedo, como “abaixo o imperialismo”, “fora Bush” e coisas que tais, queimação de bandeiras americanas, passeatas, enfrentamento da polícia foram vistos de norte a sul, uma reação burra e cretina que não leva a nada. O gigante do norte, que ainda é o nosso maior parceiro comercial, não toma conhecimento dessas manifestações, não se sensibiliza com elas.

A gente fica perplexa diante das manifestações que o pessoal que se diz da esquerda promove no país a propósito de muitas questões, a começar pelo movimento em prol da reestatização da Companhia Vale do Rio Doce. E não são apenas os que servem de bucha de canhão, de ponta de lança para as ações de rua, mas gente do melhor calibre intelectual. No caso da Vale, aliás, ela nem precisa ser retomada pelo estado, já que seus principais acionistas são o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social e o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, uma que pertence ao estado e o outro que apesar de entidade autônoma de direito privado segue diretrizes do governo federal.

O que também surpreende é constatar que organizações como o PC do B, que literalmente quer dizer Partido Comunista do Brasil, ou o MST se digam entidades de caráter democrático, seja lá o que isso possa significar para eles. Aliás, os jornais anunciaram recentemente a formação de uma nova central sindical (CSCD) criada pelo PC do B, uma dissidência da CUT, que ostenta no nome a palavra democrática, uma contradição essencial. Gente que lembra com saudades de Enver Hoxha e ainda aplaude Fidel Castro e seu governo ditatorial, de partido único, imprensa censurada e presos políticos não tem o direito de usar esse vocábulo. Aplaudir Fidel Castro é o mesmo que festejar Pinochet e, que eu saiba, ninguém se dispõe a homenagear o ditador chileno, pelo menos em público.

10 / 10 / 2007



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