Aqui não está o roteiro, mas sim o argumento de alguns filmes sobre Osama bin Laden:
Filme infanto-juvenil de Holywood: "Meu amigo bin"
bin Laden é um homem muito rico e cruel que ficava financiando e até participando de atentados. Um dia, um de seus planos não é executado perfeitamente e ele se perde de outros terroristas numa operação evasiva nos Estados Unidos. Ele, então, vaga solitário, evitando ser visto e percebido pelas pessoas; vai ficando triste pois está sem muito dinheiro porque sua carteira, por algum motivo holyudiano, se perdeu em sua fuga; vaga até encontrar um garoto que fica seu amigo e lhe mostra como os Estados Unidos é bom e legal de se viver, indo em parques de diversão e comendo em lanchonetes fast-food.
bin Laden, então, se redime e muda sua jeito de ser para ajudar as pessoas. Mas, no final do filme, após denunciar e tentar salvar seu pequeno amigo das garras dos terroristas que querem se vingar de sua mudança, bin Laden morre salvando o moleque. Assim a justiça divina é feita, do melhor jeito que Holywood gosta.
Filme de faixa etária maior que 15 de Holywood: Rambo IV
Rambo volta ao Afeganistão e, como no III, mostra que é mais durão que o mais mal-encarado afegão. Ganha respeito por pregar a democracia e todos ideais americanos de liberdade de expressão, igualdade de oportunidades, relembrando Massud, só faltando mesmo pregar o comunismo. Ganha respeito e alguns amigos afegões que se unem aos rangers americanos em nome da liberdade.
Depois de matar meio Afeganistão à procura de bin Laden, Rambo o captura vivo e o leva para a base americana amarrado e deitado transversalmente em cima de seu cavalo, hasteando a bandeira americana enquanto cavalga.
bin Laden é levado aos Estados Unidos para ter um julgamento justo, que é direito de todo ser humano em território americano, e contrata um advogado famoso por ganhar casos perdidos. O advogado vai persuadindo o jurado a não acreditarem nas maldades que imputam a seu cliente, declarando-as xenófobas e preconceituosas por ser bin Laden mulçumano e saudita. Mas Rambo está assistindo o julgamento e, no pronunciamento final do advogado de defesa, levanta e começa a falar do terror que é o Afeganistão chorando. Todos ficam comovidos com a declaração de Rambo e declaram bin Laden como culpado por toda a desgraça do Afeganistão e dos Estados Unidos. Sua pena: prisão perpétua (Vocês acham realmente que o EUA vão condenar alguém à morte em um filme ufanista americano?).
Após a sentença, aparece um grupo terrorista disposto a libertar bin Laden. Os três guardas que mantinham a segurança são trucidados na hora.
Rambo, com seu figurino habitual - diga-se de passagem - saca uma faca da calça e arremessa na cabeça de uns dos terroristas, matando-o na hora. O resto da briga não preciso detalhar, como é absurda mesmo, pode ser qualquer coisa que envolva granadas e fuzis, e a vitória de Rambo no fim. No final da briga, uma granada atinge o teto que cai em cima da cabeça de bin Laden - adivinhem - o matando. A justiça divina é feita novamente em nome dos EUA.
Filme sério sobre bin Laden:
Começa mostrando a vida de perseguido que bin Laden passou a ter: um inferno. Bin Laden escapa por pouco da morte em um de seus momentos. Ele decide, então, entrar em contato com Bush por telefone, afim de pagar caro para se ver livre desse inferno. Ele consegue falar com o presidente dos Estados Unidos e negocia seu salvo-conduto para fora do terror que sua vida se tornou. Jura no telefone que não tinha absolutamente nada a ver com os atentados, e que quer pagar para se ver livre. Metade de sua fortuna, mais a promessa de voltar a servir como pau-mandado dos Estados Unidos em outras áreas em que possua influência.
Mostrando os bastidores da presidência, um relatório chega em mãos de Bush revelando absolutamente nenhuma prova contra bin Laden. E que o mais provável fosse um grupo de loucos, que tinham perdido o sentido na vida, financiado por um outro louco qualquer influenciados por aquelas palavras de redirecionamento de culpa que consistem em dizer que algo estrangeiro é culpado pelos os problemas nacionais, eximindo seus líderes dela em parte e desviando a atenção dos verdadeiros culpados, os próprios líderes. Bush aceita a proposta de bin Laden, aconselhado também a jogar a culpa dos atentados em algum grupo ligado ao Iraque de Hussein, e promove uma grande campanha de propaganda para limpar seu nome e desviar a culpa para outro alvo. Jornais, revistas em todo mundo observam a humildade dos Estados Unidos em admitir seu erro ao culpar bin Laden pelos atentados. Logo, em todos eles, está estampados em letras garrafais "Desculpe-nos, Osama"
Com a propaganda em massa, todos ficam sabendo do coração bondoso de "Osa" e que jamais poderia fazer algo tão horrível. A imagem de psicopata se desfaz e toma lugar uma imagem de homem correto, lutador pelos direitos humanos, que teve a coragem de colocar a cara a tapa para se mostrar inocente ao mundo. Logo todos passam a venerar bin Laden como veneravam Lady Di, Senna, Evita...
