Quem me dera, ó Imortal
Conhecer teu Pantanal
Ver a pureza tão linda
Cenário tão divinal!
Mas a chuva aqui persiste
Deixando a cidade triste
Lamaceiro sem igual!
Somos dois de Campo Grande
Tu daí e eu daqui
Cuja beleza não viste
Nem eu a que grassa aí
Mas te digo se eu pudesse
E se o meu dinheiro desse
Quando olhassem “já parti”...
Visitar a Academia
Seria honra demais
Pra esta professorinha
Que só quer vida de Paz
É pequeno o meu caminho
Mas tão cheio de carinho
E coisas que Deus me traz...
Olha quem fala em talento!
Cantador de puro verso
Vate de real valor
Nas letras deste Universo
Aura de luz tão brilhante
Que se vê mesmo distante
Gênio puro sem reverso!
Dançaria qualquer coisa
O maridão também gosta
De foliar com alegria
No “Central” ou até na “Costa”
Pois pra diversão festeira
Eu durmo até na esteira
De jacaré tiro crosta!
Amigo e doce Rubenio
Não me põe água na boca
Quero tomar tereré
Isso até me deixa louca
Viajar no Pantanal
Fazer turismo ideal
Aventura não é pouca...
Ir de quebra até Bolívia
E presentinhos comprar
Não seria nada mau
Pra meu bolso esvaziar
Ao ler teu cordel então
Chego a ouvir teu violão
E Geraldo a me encantar
De música regional
É o que mais gosto enfim
Da gente mato-grossense
Que é novidade pra mim
Rasqueado e xoteado
Do Aurélio está cortado
Ponteado quero sim!
Num me fala em Patativa
Que por mim “se espáia” o pranto
Quisera ter conhecido
No cordel o Rei do encanto
Que vi na televisão
Mas já tinha ido então
Levar pros anjos seu canto...
Já vi que amabilidade
É marca do teu nordeste
Que quem não conhece perde
Esse bom “cabra-da-peste”
Tem a doçura do mel
E a delícia no farnel
Enfim... Só coisa que preste!
