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Frases-->Poucas coisas são essenciais -- 26/06/2009 - 13:13 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Poucas coisas são essenciais. É verdade. Gastamos nossas energias em múltiplas coisas que nos desgastam sem qualquer proveito. Nossa sociedade não é feliz. Precisaria só de algumas operações profundas que lhe atingissem o cérebro e a sensibilidade. Vou sintetizá-las numa receita que a transformaria em uma humanidade harmonizada. Eis "o pouco" que é necessário:
1. Primeiro princípio: Saber conviver
Uma sociedade avançada tem de assentar num princípio básico: "saber conviver".
2. Segundo princípio: "Educação de convivência"
Para que a sociedade adquira o hábito de "saber conviver", a todos os cidadãos deverá ser dada a "educação de convivência", onde se acertem egoísmos, pessoalismos, taras, vícios, ambições, violências, desejos imoderados, etc.
3. Terceiro princípio: Treinar a "educação de convivência"
Adquirir a percepção de que "saber conviver" não é o mesmo que "saber coexistir". A pedra coexiste com todos os seres, as plantas coexistem conosco. Mas nossos semelhantes, os humanos, além de coexistirem têm de ser treinados para "saberem conviver". Isso é possível pelo fato de o homem ser racional. Para isso terá de receber educação e treinar a "educação de convivência".
4. Quarto princípio: Tolerância
Como essência da "educação de convivência", os humanos, deverão treinar, desde a infância, a "tolerância". Primeiro aprenderem o conceito de tolerância que é a arte de conviver com as diferenças. Para isso deverá ter um conceito fundamental de ciudadania, de humanidade, de respeito, de solidariedade.
5. Quinto princípio: Formar a personalidade e o caráter da criança nestes princípios
A tolerância pode surgir como realidade, se as famílias, a escola, a sociedade e o Estado apostarem no princípio de que só haverá educação de convivência e tolerância se houver a preocupação de formar a criança dentro de sólidos conceitos de educação de base, centrada sobre a personalidade e o caráter pessoal. Para formar esta personalidade e este caráter de base, a família, a sociedade, a escola e o Estado deverão escolher os princípios que deverão reger os cidadãos. Havendo princípios básicos, haverá ideais, valores. Para estes ideais e valores serão canalizados os interesses, os propósitos, os comportamentos.
6. Sexto princípio: Consciência social da necessidade de mudança
Tudo se resolve com cultura, consciência, educação e comportamentos baseados em princípios sociais refletidos no sujeito.
7. Sétimo princípio:cidadania radical e social de fundação e auto-defesa que ultrapasse as atuais distorções políticas, religiosas, associativas, sociais
A educação de convivência, a tolerância e os princípios de base que deverão reger a cidadania, terão repercussão na política, onde os partidos dividem e causam estragos, na religião, onde as igrejas partidárias dividem e causam confusão, e nas associações esportivas, que criam claques e torcidas intolerantes e agressivas incapazes de conviver e admitir a razão do outro.
8. Oitavo princípio: razão sensível
Há que ter uma "razão sensível" como diria o escritor italiano Maffesoli, para entender e colocar em prática o que acabamos de escrever nos itens anteriores. Os princípios elencados podem constituir uma cartilha básica "das poucas coisas que são essenciais" para uma sociedade se organizar e deixar de ser este campo de batalha, em guerrinhas de baixaria e de vileza moral. E por que não? Por que, nós, sociedade, não tentamos nos reconstruir???
OBSERVAÇÃO GERAL
Estes princípios não vêm no catecismo cristão, nem nas cartilhas dos políticos, nem nos folhetos distribuídos pelas igrejas, nem nas instruções dadas pelas secretarias de educação, nem nos projetos financiados pelo governo! Também não os encontramos nas bancas de jornais e revistas que preferem vender com lucro suas pornografias.
São princípios livres. Certinhos. Capazes de ser entendidos, de graça, sem matrícula em curso de Faculdade. Sei que todas as instituições gostariam de os ver executados. Mas não trabalham nisso porque mostram que "ainda não acreditam" que "essas são as poucas coisas que são essenciais" na escola, na política, nos estádios, nas ruas, na sociedade como um todo e também nas igrejas, que gostam de ter cidadãos bem educados ouvindo sua pastoral!!!

João Ferreira
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