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Contos-->A simpatia -- 06/06/2002 - 21:56 (Daniel Fiúza Pequeno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A simpatia

Autor: Daniel Fiúza
08/01/2001


Um barulho de chave abrindo a porta despertou Teresa; Era o barulho tradicional que fazia Jairton ao chegar. Era umas quatro horas da manhã; E mais uma vez o marido dela chegava da esbórnia, totalmente embriagado. Ao entrar em casa, colidia com tudo pela frente, fazia um barulhão danado, e acordava toda a vizinhança, que apesar de se chatear, até já estava acostumada com o barulho. Teresa Clementina, parece que tinha esse sobrenome a caráter; Casada com Jairton há vinte anos, e sempre agüentando as bebedeiras do marido; As marcas de batom; as manchas esquisitas no pescoço dele; Que o espertinho jurava ser apenas alergia. Coisas que Teresa engolia para evitar briga e discussão. Jairton no dia seguinte, sempre arranjava uma boa desculpa, jurava que nunca mais beberia nem chegaria tarde em casa, Teresa aceitava por conveniência, e por clemência, era uma mulher religiosa, e sempre falava que casamento era para as boas e más horas, e sempre acreditava que um dia ele pararia com essas farras. Além do mais, jairton era um bom pai, as filhas o adoravam, o casal tinha três filhas lindas, que sempre ficavam neutras nos assuntos do casal. Um dia Teresa Clementina ao sair da missa das oito, encontrou Nilce, uma velha amiga de infância; Foi uma festa, as duas se dirigiram para um barzinho próximo e foram tomar café juntas. Falaram de vários assuntos, lembraram os bons tempos, e finalmente chegaram no assunto inevitável; o casamento e os respectivos maridos. Nilce contou que se separou do primeiro marido, e que agora vivia bem com o segundo, havia deixado o primeiro quando descobrira que ele tinha uma amante. Teresa Clementina se animou a contar seu calvário para a amiga, contou das farras de jairton, da desconfiança que tinha de outra mulher, mas disse que mesmo assim não queria se separar do marido, pois além de amá-lo muito, tinha uma posição firme de insolubilidade do casamento. Nilce achou bonita a firmeza da amiga e disse que poderia ajudá-la de outra forma. E perguntou-lhe: - Você se lembra da Socorrinha?
- Aquela que tem os olhos verdes, que era apaixonada pelo Samuel. - lembra? Lembro sim! Disse Teresa. - O que tem ela a ver comigo? - Tudo a ver! Exclamou Nilce empolgada. - Ela tinha o mesmo problema que você. – Tinha? Perguntou Teresa super interessada. - Pois é amiga, tinha! Reafirmou Nilce. - Ensinaram para ela uma simpatia que deu resultado, Coisa simples de fazer! Teresa Clementina, logo quis saber se Nilce poderia passar a simpatia para ela, e perguntou: - Você pode me falar como se faz essa milagrosa simpatia? – Claro! Até tenho aqui na bolsa um papel onde está escrito direitinho como se faz! Abriu a bolsa, pegou o papel e foi logo lendo para a amiga. Seguinte amiga: - Quando o jairton chegar bêbado, você espera ele ferrar bem no sono, e amarra uma fita vermelha com uma medalhinha de São Judas Tadeu, no pinto dele. Faz um laço, e espera o bicho acordar, então; Você faz uma pergunta para ele, se ele não souber responder, é porque está curado. Depois disso, as duas se despediram, trocaram números de telefones, deram o tradicional beijinho e foram cada uma para sua casa. Teresa comprou uma linda fita vermelha de seda, e uma medalhinha de São Judas Tadeu, e aguardou o próximo, porre do marido, o que não demorou muito. Uns três dias depois do encontro, jairton chegou da farra, sempre no estado lastimável de embriagues; Cheio de manchas, sempre fazendo um barulhão, acordando a vizinhança. Depois de uns vinte minutos ele já estava desmaiado, roncando feito um porco. Teresa Clementina foi lá, despiu o marido, e amarrou a fita vermelha de seda junto com a medalhinha no pinto dele, fazendo um bonito laço. Assim que sentiu que o marido ia acordar, correu para o quarto, esperou ele estar bem desperto e perguntou: - Onde o senhor esteve ate as quatro da manhã? E ficou esperando ansiosa pela resposta do marido. Jairton olhou meio desconfiado para aquele laço vermelho, com uma medalhinha pendurada no seu pinto, e disse: - Olha querida! Não me lembro bem onde estive ontem à noite! - Mas com certeza tirei o primeiro lugar.
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