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Artigos-->A Globalização Da Linguagem Das Trevas (I) -- 25/09/2007 - 15:37 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130951699214645700
Qualquer animal estabelece comunicação com outros. É a necessidade de sobrevivência, o imperativo biológico da conservação da espécie. Sem interação não há comunicação. ?Quem não se envolve não se desenvolve?. Os códigos de acesso ao outro dependem dos meios que cada espécie reserva para exercer esta finalidade básica: comunicar-se.



A espécie humana possui o privilégio de exercer a comunicação num grau de complexidade e eficiência muito superior aos demais gêneros conhecidas no planeta. Simplesmente não há, nas outras espécies, a necessidade de desenvolver códigos mais representativos de idéias estruturadas de intensa impregnação racional e/ou emocional.



Esse privilégio é relativo, desde que não importa às outras espécies, estabelecer canais de comunicação psi sofisticados entre si, que os humanos precisam para sua sobrevivência e o progresso material da sociedade.



A dança das abelhas não precisa ser exercitada por outras unidades biológias. Determinadas reações a cores ou odores, provocam agressões em pássaros que, como presumem os zoologistas, que estudam as aves, é decorrência da vaidade, uma futilidade também característica da espécie Homo sapiens sapiens.



Linguagem é o uso, por vezes o abuso, de qualquer destes meios de comunicação: pacíficos ou agressivos. Uma voz, um som, um trinado, um pio, associa-se a uma cadeia sonora através do aparelho fonador. O receptor humano associa o conteúdo para ele significativo, captado pelos órgãos da fala, e o interpreta naturalmente, ou de modo agressivo, ou estético, ou simplesmente o ignora, sem estranheza, censura ou crítica.



A interação social é então estabelecida, de acordo com a disposição e a interpretação do momento entre o emissor da mensagem e o receptor da mesma. Produzir ou expedir uma fala, provoca uma interação entre elementos, intencionais ou aleatórios, de uma sociedade. Mensagens são recebidas e transmitidas, aceitas ou rejeitadas. Há muitas maneiras de acolher uma comunicação. Ou de expressá-la.



A simbolização da linguagem das comunicações no oriente médio representa a realidade de uma forma simbólica, onde costumam prevalecer componentes tradicionais que se dispõem a ações e reações de condutas hostis, entre grupos que disputam uma geopolítica bélica há milhares de anos.



Esta disposição natural à agressão, é a representação da simbologia de uma realidade política que não tem interesse em mudar. Os ódios, e os posicionamentos ditos diplomáticos, são reproduções de condicionamentos fundamentalistas de convivência bélica, que evocam, num determinado contexto histórico, um valor supostamente místico, objeto de uma convenção arbitrária, que afirma uma realidade complexa e representativa de reproduções culturais de condicionamentos, os mais antigos, elaborados por convenções históricas aceitas, há tempo, como um jogo agressivo que não tem prazo de terminar nunca, por não haver, jamais, vontade das lideranças políticas para que isto aconteça. Venda de armas rende grana preta para governos e iniciativa privada.



A comunicação nesse processo de simbolização é arbitrária com relação ao que estabelece como relação de contágio mútuo. A associação hostil se estabelece necessária entre cadeia fônica e o conteúdo significativo. Não há possibilidades de ação de interação, como as de um motorista diante dos códigos a cores dos semáforos.



Todas as negociações políticas, as encenações de conversações de paz na Casa Branca, na sede de outros governos, são manifestações de uma vontade de poder que apenas cria fatos, politicamente inócuos, para a imprensa internacional que os divulga, via satélite, em tom espalhafatoso, para, desta forma, atrair melhor o tvespectador ou o leitor do jornal, com a manchete mais exótica das conversações de paz do momento.



A articulação desses atos políticos internacionais de faz de conta que estamos buscando um caminho para a paz, serve apenas para fazer a propaganda dos líderes que estariam a intermediar o processo de paz entre as facções beligerantes interessadas em desdobrar a guerra, em vender armas, em aumentar o arsenal bélico dos contendores.



As linguagens literárias, jornalísticas, representativas desses eventos na imprensa internacional, estaria sendo parte de um conjunto integrado de planos preestabelecidos dentro de um repertório de interesses restritos de organização da linguagem, desprovidos de significados, exceto o da farsa, e o do lucro.



A linguagem é, portanto, muito maleável enquanto código, desde que abre possibilidades de interação e ação, por vezes contrárias ao conjunto de leis que pretendem defender apenas o caráter burlesco das negociações. Como se as mais importantes autoridades do planeta, reunidas em eventos aparentemente de grande importância política e social, estivessem representando uma comédia de costumes diplomáticos bufa: um embuste, um engodo, um logro, uma mórbida pantomima à ?black-tie?.



A análise desses eventos libera unidades significativas que se recombinam nos vários escalões do poder, para representar mensagens ao público que nada têm de significativas em sua natureza de representação intencional, real, da realidade.



Os espectadores do mundo inteiro são como que uma platéia de bobos do Rei da Corte das manipulações diplomáticas da Casa Branca, que se combinam para forjar um contexto de formulação de mensagens que não confere com as ações que estão sendo viabilizadas nos bastidores. Muitas dessas ações são inacessíveis, mesmo à grande imprensa, a seus leitores supostamente bem informados: contratos de compra e venda de armas químicas, convencionais e atômicas, para dizer um mínimo. Ao armarem as pessoas fisicamente, elas ficam aparelhadas para a disseminação indiscriminada da violência interna e externa, familiar e urbana, que produz a metástase do câncer da violência indiscriminada no corpo social.



Poucos articulistas chamam a atenção da imprensa para essa condição diplomática deplorável, via satélite que faz das pessoas da sala de jantar, no mundo inteiro, um bando de descendentes infantilizados da família primitiva ?cromagnon?, que têm de absorver a encenação momesca, diariamente, dessas peças irreverentes e caricatas, produzidas pelos bastidores do Pentágono, da Casa Branca, e de outras respeitáveis sedes governamentais. Como podem criar sociedades civilizadas, pacíficas, se fomentam o instinto cromagnon em todas as suas instâncias ?



A articulação desse instrumento de disseminação lingüística, via imprensa internacional, ainda agora mantém suas unidades de comando, comunicação e controle, recompondo as velhas estratégias combinatórias desse marketing de domínio implacável da sociedade pelo instinto bélico, famélico, lamentável, base motora, emocional e ?racional? do capitalismo selvagem.



A linguagem globalizada que promovem na imprensa internacional, via satélite, é responsável pela mediocridade da organização e da expansão da gramática belicosa das linguagens nas mais diferentes línguas. Essas atitudes oficiais geram novas maneiras de ação das estratégias absurdas de sobrevivência das pessoas da sala de jantar. Se elas não têm escolha, vão aceitando submergir no caos, na normose (normalidade da neurose), e na patologia social globalizada.



Elas se alimentam diariamente de doses cada vez mais intensas de medo, violência, corrupção, tráfico de influência e de drogas, e de uma falsa respeitabilidade que gera uma série de distorções de comportamento em todas as pessoas de todos os segmentos da sociedade.



As pessoas que deveriam denunciar esses conluios estão cada dia mais se conformando como sendo meras extensões do empobrecimento mental e espiritual promovido socialmente por essa patologia. São vítimas dessa política, as várias gerações intelectualmente subdesenvolvidas de professores, alunos, escritores, cineastas, dramaturgos, atores sociais diversos; políticos, jornalistas, advogados, promotores, juizes e desembargadores, os que ainda não foram totalmente cooptados. A sociedade esnobada pelas instituições governamentais globalizadas, como se as pessoas fossem bois de piranhas de uma propaganda política que não engana ninguém, mas continua fazendo de conta que as pessoas não sabem que estão sendo lesadas todos os dias em seus mínimos direitos, por autoridades que querem que elas tenham apenas deveres.



As pessoas, empobrecidas e sucateadas por instituições que não lhes motivam o exercício diário mais elementar da cidadania, estão em vias de naufragar definitivamente com o ferro-velho enferrujado em que se transformou a representatividade (intencionalidade) social das instituições dos poderes.



Essas entidades não apenas fônicas. Essas pessoas que produzem linguagem, morfemas mórbidos e seus significados, promovem essas articulações e fazem de conta que não são responsáveis pela organização gramatical das regras de três explícitas no lance de que Deus, como afirmou Einstein, não joga bozó com o mundo das pessoas da sala de jantar. Quem joga dados com essas pessoas, e estão ganhando de seis a zero, são os grupos que lucram horrores com os horrores que promovem.



O entretenimento medíocre, tvvisivo, de milhões de crianças e adolescentes, criam gerações preparadas, emocional e ?intelectualmente?, para o exercício de uma cidadania às avessas, uma ?democracia da baixaria?. Ligue o controle remoto e veja. Platéias de pessoas da sala de jantar dopadas pelo pior circo do mais baixo nível do ?hobby? tvvisivo.



Quem sabe de que maneira, as ?elites? falidas da ?mínima morália? gerindo a ?educação? de milhões de pessoas marchando em direção a um futuro real/virtual, vão reverter esse processo de naufrágio social generalizado (globalizado). Na realidade essas elites não têm interesse em reverter nada. Elas estão faturando muito com esse horror. Horror social gerido pela insegurança, pelo medo, pelas lideranças globalizadas da criminalidade institucionalizada.
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