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Artigos-->O Mundo sem nós - andré luiz aquino -- 25/09/2007 - 00:05 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Mundo sem nós

André



Gênero fascinante é a ficção cientifica, muito mais do que fantasia, ela é o exercício do ser humano em imaginar o seu futuro.Alguns autores têm uma maneira delirante ou quase sempre exagerada em suas previsões, ou pessimista demais ou otimista demais com o que nos acontecerá.

Porém apesar de ser ficção há muita coisa prática que essa modalidade de criação pode proporcionar ao pensamento humano.Um dos seus “papas”, Isaac Asimov, foi um dos mais fantásticos escritores da historia da humanidade, para tanto basta dizer que teve mais de 500 obras publicadas.Em seu primeiro conto publicado em 1939, previu com detalhes a conquista da lua pelo homem com 30 anos de antecedência.É autor das leis da robótica que já hoje em dia norteiam toda a criação humana da inteligência artificial.Foi também o criador de um romance maravilhoso sobre andróides que posteriormente virou filme chamado “O homem bicentenário”.

Pois bem, partindo do ponto que tudo seja mesmo ficção um jornalista americano especializado em ciência, Alain Weisman, escreveu um livro chamado “The World Without Us”, imaginado o que aconteceria ao planeta caso a nossa espécie, o Homo Sapiens Sapiens, se extinguisse. Para tanto passou três anos viajando por todo o mundo e conversando com cientistas e especialistas para responder essa pergunta.

E as conclusões que ele chega no livro é que a natureza demoraria pouquíssimo tempo para invadir as grandes metrópoles do planeta.Nova York por exemplo em apenas dois dias teria seu metro transformado em rio.E depois suas ruas rachariam.Em dois anos o fogo reduziria muito coisa ao pó. 20 anos depois as ruas seriam rios e em menos de 300 anos cervos, ursos e lobos migrariam para a cidade.

Os ratos e muitos outros animais que vivem da dependência da existência dos humanos para sobreviverem, desapareceriam.Ou então talvez por algum mecanismo da seleção natural desenvolveriam meios de continuar existindo.Imagine um poodle caçando no meio da floresta ou então gatos siameses transformados em ferozes perseguidores de pássaros.

Um planeta sem os humanos seria a prova inequívoca do triunfo da natureza sobre as construções humanas.Segundo o livro, mesmo depois de milhares de anos algumas obras ainda permaneceriam existindo como a Estátua da Liberdade e algumas estatuas de bronze.A muralha da China feita de material precário e mesmo o Canal do Panamá, uma ferida que a natureza tenta curar, desapareceriam para sempre.

O venenoso CO2 emitido em excesso na atmosfera demoraria 100 mil anos para desaparecer.Os 441 reatores nucleares existentes sem manutenção entrariam em colapso, se incendiariam ou se fundiriam. A radiação duraria por milênios.Os plásticos, semelhantes aos que usamos em sacolas para carregar nossas compras de supermercado, ficariam ainda por milhões de anos entre os organismos vivos da terra.

O livro chega a uma conclusão dura conosco. A verdade é que a existência humana em seu atual estágio de evolução civilizacional é extremamente nociva a natureza do planeta.Nesse nível qualquer atividade simples humana, como dirigir, comer carne, acender a luz e ter filhos, causa danos ao planeta.O livro insinua que pode ser que a natureza sinta a nossa falta, pois não competimos com o planeta, fazemos parte dele afinal.Mas para que o planeta não se degrade mais, ele defende que cada família só tenha um filho. E repete curiosas reivindicações, como a do Movimento pela Extinção Humana Voluntária (VHEMT, na sigla em inglês).

E assim a humanidade seguiria o caminho inverso do criacionismo descrito pela Bíblia.Os últimos seres humanos, os derradeiros Adão e Eva, poderiam desfrutar de seus últimos pores-do-sol tranqüilamente, com a consciência de que devolveram o planeta o mais parecido possível com o jardim do Éden.



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Andre Luis Aquino

http://andre.aquino12.blog.uol.com.br/

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