No último dia 11 do corrente mês de setembro, completaram-se seis anos do maior atentado que se conhece na história do terrorismo mundial de todas as épocas. Um grupo lá não muito grande de suicidas árabes/islâmicos desafiou a maior potência política/econômica/belecista dos tempos modernos, o império americano.
Equipado com a mais moderna tecnologia de guerra, serviços de inteligência e espionagem mais qualificados, o poderoso país viu-se desmoralizado por um bando de kamikazes esfarrapados que conseguiram tomar quatro aviões em plena luz do dia e, em meio a toda a orgulhosa segurança yanke, causar um indimensionável estrago, derrubando as duas torres gêmeas, símbolo do poderio norteamericano, o World Trade Center, explodir parte do inexpugnável Pentágono, falhando, apenas, num dos aviões que também produziu uma catástrofe, ao cair e matar terroristas, passageiros e tripulação.
O episódio abalou e assombrou o mundo, espalhou um rastilho de medo, insegurança, deixando a sensação de que não havia mais lugar seguro sobre o planeta Terra. Durante um bom período, a população, em todos os recantos do planeta, viveu aterrorizada, horrorizada, aturdida, até com vontade de esconder-se, mas com a dúvida de que existisse lugar invulnerável.
Dirigidos por Chefe de Estado estabanado e com a mesma atitude suicida dos terroristas, os Estados Unidos viram seu presidente Bush partir para uma expedição bélica vingativa e com a mesma crueldade dos autores do atentado ao seu país.
Avançou sanguinariamente sobre o Afeganistão, onde presumivelmente se encontrava a célula terrorista mentora do atentado, chefiada por Bin Laden, com a colaboração da Al Qaeda.
A ação bélica de Bush foi desproporcional ao nível em que se poderia justificar a revanche, destruindo uma nação, tocando fogo no território afegão e todo o seu povo, transformando a pobre e sofrida nação numa "hacéldama", que significa "terra arrasada" em sua origem hebraica.
Depois de destroçar o Afeganistão, Bush, com a corda toda e aproveitando-se do estado de espírito da população norteamericana e, de resto, a população mundial, girou seu exército, seus canhões e suas bombas na direção do Iraque, sob pretexto de livrar o mundo de Sadam Hussein que, constata-se agora, não oferecia perigo à humanidade, em que pese o regime ditatorial, fechado, personalista, adotado no país. Revela-se, também, agora que Bush invadiu o Iraque em busca do Petróleo e para isso destruiu uma nação, enforcou Sadam Hussein, mas só conseguiu com isso o acirramento do terrorismo dentro do próprio Iraque, onde o conflito ceifa uma média de 50 pessoas diárias, desde abril de 2003.
A guerra contra o Iraque está se transformando na mesma enrascada em que se meteram os americanos na guerra contra o Vietnã. Nessas investidas dos caubóis norteamericanos, o país empurra para a morte um contingente enorme de jovens convocados para servir a uma causa que não é, na essência, de sua nação, morrendo por nada.
E a paz mundial, pela qual tanto se luta, não é alcançada e nem será tão cedo, enquanto a mentalidade xerifesca dos presidentes americanos achar que os Estados Unidos devem ser a polícia do mundo.
O 11 de setembro está na lembrança como um episódio assustador, mas o susto não passa porque os Bushs da política mundial só sossegarão quando transformarem todo o planeta terra numa embrasada hacéldama.
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