Ampulheta do Coração
O tempo impassível, assiste
Portas que se fecham, emolduradas
Sonhos rotos, emoções de cristal
Gestos são adiados, gritos emudecidos
O coração em escombros
Vai tecendo seus bordados, dores
Acalentando no fel da noite
Caminhos de uma viagem impossível
Horas amordaçadas choram impotentes
Útero infecundo a abrigar
Utopias, palavras verdes
Levadas pela brisa do tempo...
© Fernanda Guimarães
Em 01.04.00
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