Neste fatídico treze de setembro o Brasil amanhece tácito. Ou pelo menos tem todo o motivo do mundo para esconder a cara e se envergonhar. Mais uma vez os mandatários, parlamentares que mantém o sustentáculo da República, primaram pela impunidade e decidiram fazer com que o presidente do senado permanecesse ileso em seu trono.
Com todas as desperanças que invadem o espírito do brasileiro, alguns ainda acreditavam na condenação do todo poderoso Renan Calheiros. No entanto, o golpe fatal foi dado contra a decência e a dignidade da nação.
Depois de inúmeras CPIs, processos e investigações, cujos vestígios são mais lúcidos que a luz do sol, os quais são movidos contra figurõs do governo e em que nunca são condenados, não dá mais para acreditar na justiça.
O presidente da República, para se livrar do calor das discussões, foge para os países nórdicos, tentando se eximir da manobra, enquanto profere discursos incoerentes - aliás, uma marca registrada sua.
Infelizmente, não dá para mostrar a cara, Brasil, conforme dizia o poeta Cazuza.