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Artigos-->Empresa privada não olha para trâs -- 07/09/2007 - 17:32 (Paulo Maciel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Empresa privada não olha para trás!



Enquanto os novos governos passam os primeiros meses de administração escarafunchando as mazelas do governo anterior, fazendo declarações bombásticas, instalando comissões para apurar irregularidades, tudo com ampla divulgação pela mídia, os gestores que assumem a direção de empresas privadas começam suas ações estabelecendo prioridades, a forma como gostam de administrar, definindo suas políticas e propondo novas metas. As vezes mudam de rumo, implantam novos procedimentos e serviços, inovam nas relações com seus subordinados, enfim, imprimem sua marca pessoal.

Em relação ao passado, usam os registros históricos, levantam as tendências, descobrem se a empresa se sintoniza com o mercado, se suas práticas são compatíveis com os resultados a que se propõem e, muito raramente, promovem devassas. Tocam o barco para a frente, pois são avaliados pelos resultados que apresentem.

Enquanto isso os novos gestores públicos perdem tempo e muita energia tentando descobrir irregularidades, maracutais e desvios de recursos, coisas que o tempo e as informações das pessoas que trabalham nesses órgãos se incumbirão de revelar.

O problema é que a maior parte dos nomeados para secretarias e outros órgãos públicos não sabem o que fazer quando assumem esses cargos, não têm tradição gerencial, não elaboraram programas, não sabem o que dizer à equipe e muitas vezes ainda levam executivos mais despreparados do que eles para assessorá-los.

A questão da renegociação do contrato do emissário submarino, uma obra que já vem tarde, ainda vai demorar muito para ser iniciada porque a nova administração acha que pode obter melhores condições e vai tentar renegociar as antigas. Se se levar a cabo as condições contratuais, pagará multa de 35 milhões.

A EBAL está endividada, dá vultosos prejuízos, subsidiados pelo Estado, por nós todos, todo mundo já sabia disso. Mas, a trombeta dos novos administradores não sabe fazer outra coisa do que divulgar esse fato, diuturnamente.

O secretário da Agricultura que, aliás, é suspeito de ação perniciosa contra os produtores de cacau e a economia baiana, fato ainda não devidamente esclarecido, quase todo dia vai aos jornais para meter o pau na administração anterior. Dizer ao que veio quase nenhum deles se preocupou em informar à população. E por aí vai...

Mas, o pior mesmo está acontecendo na CONDER, onde o comando se encontrava em mãos de um executivo do setor privado, um atropelador que gosta de fazer as coisas acontecerem. Ele foi substituído por uma pessoa com tradição na área política, mulher tida como preparada, competente.

Qual a primeira providência da nova dirigente? Paralisar todas as mais de 130 obras sob a responsabilidade da CONDER, até mesmo o projeto dos Alagados, um empreendimento que recebe recursos do Banco Mundial, do governo italiano e do Estado da Bahia e que consiste na substituição das milhares de palafitas por casas de alvenaria construídas no próprio bairro após o aterro que se fez. Pararam-se não só as obras, mas todas as ações de natureza social nos campos da educação, da assistência, do treinamento, iniciativas que envolvem atividades de dezenas de associações ali criadas pelos moradores.

No caso dos Alagados, não se tratava de levantar possíveis desvios de recursos, mas de questionar a metodologia empregada pelos antigos responsáveis, um discurso que se transformou em blá-blá-blá que lembra os tempos das intermináveis reuniões dos partidos comunistas.

Mas, parece que agora o novo governo começou a trabalhar. Tem que passar muito sebo nas canelas para chegar a algum lugar.

07/09/2007

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