Usina de Letras
Usina de Letras
201 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62273 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10381)

Erótico (13574)

Frases (50664)

Humor (20039)

Infantil (5454)

Infanto Juvenil (4778)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6206)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Teses_Monologos-->Monólogo do Militante -- 31/03/2002 - 07:36 (Francisco Assis de Freitas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Monólogo do Militante
Dedicado aos militantes petistas


É muito custoso para o ser humano aceitar a verdade quando essa é contrária aos seus interesses. Entretanto, o que mais dói no seu íntimo, é quando ele tenta fazer alguém ver a realidade da vida e não alcança seu objetivo. Intrinsecamente, aqueles que se desgostam com esse compromisso pessoal, são os que se preocupam com seus semelhantes e ambicionam de algum modo ajudá-los. Em geral, sofrem muito quando não conseguem conscientizá-los e se decepcionam com o resultado.
Infelizmente para aqueles indivíduos, isso faz parte do seu modo particular de agir, e não é possível ser diferente. Em determinados momentos desabafam cheios de mágoa, que não vão fazer coisa alguma para mudar a atitude de ninguém. No entanto, quando se deparam com situação análoga, têm sempre idêntico comportamento. É uma espécie de missão a que o homem se submete, e que não depende da sua vontade. Ela está enraizada na sua natureza; é um componente da sua alma.
Esse é o carma que terão de cumprir até a sua morte. Eles têm consciência de que é mais cômodo esquecer, e às vezes, se esforçam para fazê-lo. Ficam indignados quando fracassam e se sentem realizados ao obterem progresso. Em dadas circunstâncias, se enchem de desprezo para minorarem a própria amargura. Porém, como consolo, sabem, que: se a vida inteira, atormentaram-se pelos outros, nunca terão motivos para sofrerem por si mesmos, pois estão acima do comum dos homens.
Biografia da Esperança
– Vou considerar um caso inédito no Brasil, o do menino Lula, um retirante do Nordeste brasileiro. Apesar do seu estado de pobreza e da falta do pai, aos sete anos de idade viajou para São Paulo, e aos nove começou a trabalhar para chegar ao posto que lhe fora destinado. Ele era tão, ou mais pobre que você, mas nele havia outras qualidades que o diferençava dos demais. Era um adolescente admiravelmente inteligente; um vencedor que sobreviveu à seca nordestina. Por isso teve mérito para sair do seu sertão, e sem estudo, falar para homens estudados, com títulos de doutores, até mesmo do outro lado do mundo. Conhecimento adquirido como o dos estudantes é algo normal para as pessoas do povo, basta que façam o aprendizado adequado. Grosseiramente pode ser equiparado a um curso universitário, já que todas as pessoas quando ensinadas têm capacidade de aprender. Se um cidadão brasileiro quer conhecer a diferença entre ele e esse líder sindicalista e, político, é muito simples. Analise que ele exerce liderança sobre quarenta milhões de eleitores por esse país afora; e você não consegue liderar sequer, o seu grupo com dez membros. Outra desproporção que prende a atenção é o grau de escolaridade. Muitos eleitores cursaram a universidade, isto é, adquiriram conhecimento transmitido pelos professores para ajudá-los a enxergarem mais adiante, mas que não deixa ver muito longe. Ele não teve chance e nem anseio de freqüentar um curso superior; por conseqüência, não assimilou ensinamentos repetitivos, que são iguais para todos. Aquele gênio agindo de forma diferente da imensa maioria dos homens de hoje, se instruiu verdadeiramente com a sua mente e no seu espírito. Estes são os destaques que o faz pessoalmente poderoso em relação ao grosso da população. Pois é evidente que existe uma generalizada inaptidão coletiva, inclusive, naqueles que obtiveram formação universitária. O ensino regular oficial, qualquer indivíduo tem aptidão intelectual para assimilar, mas, por si, não consegue evolver mentalmente para realizar alguma coisa maior. Na esfera política, ele é um líder popular no Brasil, e o segundo candidato mais votado para presidente nas três últimas eleições, apesar das forças contrárias. Só não foi o eleito há dez anos, exatamente porque teve de enfrentar as anomalias da sociedade. A principal foi o preconceito segregativo contra o pobre e o nordestino, disseminado pela parcela da imprensa que está nas mãos de indivíduos amigos da elite privilegiada. E que assumiu como utilidade pública, anular a presença dos opositores anônimos no cenário político brasileiro. Outra que se destaca é a rejeição da classe dirigente e da classificada como culta. (Não pode haver cultura naquele em que predomina o vício da discriminação.) Essas desprezam e exploram todo o restante da população; e ainda por cima, atuam em posição hostil aos homens de excepcional inteligência que não têm formação acadêmica. Essas correntes são aliadas dos empresários, militares, fazendeiros, autoridades, e outros. Recordo-me com desprezo de um líder empresarial visionário, que declarou falsamente no auge da sua perniciosa carreira que: se o Lula vencesse a eleição oitocentos mil empresários deixariam o Brasil. Como seria inusitada a experiência, levando tais aproveitadores a experimentarem a falência num país onde não fosse permitido explorar os pobres e fraudar o Estado. Aquele político, pelo seu talento e prática da vida – mesmo combatido com veemência pelos grupos de tendências intrigantes da sociedade conservadora – conseguiu chegar ao nível mais cobiçado. É uma liderança natural, alicerçada na coragem, na dignidade e na luta, resultante da sua capacidade mental e moral. Perdeu a primeira eleição para um filho de senador, pertencente à classe influente do país, apoiado sobejamente pelo dinheiro dos empresários. E também, favorecido pela mídia suspeita, que tudo estuda e planeja para prejudicar a ascensão dos homens de origem humilde, movida pelo desprezo, bem como, pelo temor de uma administração correta, contrária aos seus lucros materiais. Foi derrotado por uma parte da classe da qual se origina; aqueles que se comprazem em votar nos mais abastados, porque parece que sofrer é seu destino. Se acaso o Lula ao invés de se inquietar com essa gente que o desprestigia por inveja – ou somente por ser originário da classe pobre como eles – parasse de se preocupar com aqueles cegos, possivelmente já teria sido presidente do Brasil. Era bastante pensar e discursar estudadamente como fazem os seus adversários, e fazer alianças para abandonar os mais necessitados à própria sorte: Comprometendo-se a dispensar especial atenção à segurança nacional, equipando as forças armadas e aumentando o soldo dos militares. Prometendo ditar leis para garantir os lucros dos bancos, tornando os banqueiros nacionais ainda mais ricos. Garantindo que estava decidido a fomentar o crescimento da indústria “nacional”, concedendo financiamento com taxas reduzidas para os empresários. E que iria defender com firmeza as microempresas, e dar incentivos para que as multinacionais se instalassem no país para gerar emprego. E até falar demagogicamente que tinha a solução para os problemas da educação, da saúde e da segurança. Para atrair a simpatia da maioria da população brasileira que vê televisão, e captar vultosas quantias de doações, e ganhar o pleito eleitoral, bastava um discurso batido, parecido com esse. E ele tem consciência dessa condição porque é um homem experimentado. Porém, como tem princípios morais, não admite essas alterações de conduta. É sabedor que, se incorporando às forças retrógradas que dominam esse país, sua vitória estaria assegurada. No entanto, como é um homem de caráter e não possui duas personalidades, não se dispôs a alinhavar esses conluios e a agir motivado somente pelo interesse. Não é policial e bandido concomitantemente, como se tem percebido na esfera da politicagem brasileira. Ele foi derrotado em mais duas eleições pelo filho do general, também oriundo da classe detentora do poder. Mais uma vez, quem concorreu para derrotá-lo foi a sua classe de pobres alienados da filosofia; que adoram aplaudir os ricos; passar necessidade; e viver sem conforto. Recursos que deviam ser destinados à educação, à assistência a saúde e a comida dos famintos, foram doados de mão beijada aos banqueiros para que não falissem, e assim, pudessem desfrutar livremente da sua fortuna. Em certa ocasião foram passados dezesseis bilhões de reais; importância que era suficiente para acabar com a fome da nação. Aqueles que – por apego e preconceito de pobre – não votaram no candidato da sua classe, não são dignos de situação melhor, por isso o destino não permitiu que ele vencesse. Eles fazem parte de uma massa rudimentar e decadente que carece padecer por mais tempo. Provaram que idolatram políticos, generais e os filhos deles. Por isso, quando os pais chegam à velhice ou morrem, passam a votar nos seus descendentes, como é o caso da filha de Sarney e do neto de Tancredo, para mencionar apenas dois fatos. É como se não vivêssemos em uma república, e sim, em uma monarquia, onde o poder se transmite de pai para filho, sucessivamente. A classe miserável é a maior responsável pela sua penúria e suas mágoas. As pessoas que votam no Líder Operário são as das classes médias e trabalhadoras do país, que não têm por costume ficarem de boca aberta vendo e ouvindo televisão falaciosa, nem com o pires na mão esperando uma migalha do governo. São eleitores que pensam o mínimo necessário para impedir que a todo o momento, sejam enganados pelos profissionais da ilusão. Estes publicitários são homens estritamente devotados ao capitalismo antiético, sistema econômico criado pelos ingleses e conduzido às trágicas conseqüências atuais pelos americanos; povo que só pensa em dinheiro. O poder político daquela nação estrangeira é um dos maiores obstáculos à ascendência de um candidato da classe proletária à presidência do Brasil. Por causa disso, mantêm aqui, pessoas qualificadas, pertencentes aos seus órgãos governamentais, para ter a certeza do que esses candidatos pensam e tencionam fazer, caso vençam a eleição. Quando há motivos, essas forças ocultas usam com maestria o poder público e os grandes empresários brasileiros, notadamente do setor de comunicação, para bombardear os filhos do povo. Por vezes, esse trabalho é realizado com tão grande sutileza ou malabarismo, que esses mal suspeitam de que estão sendo usados. Outros, diferentemente, sentem prazer em colaborar, pois é um meio de conservar a porta sempre aberta para os seus interesses pessoais.

* * *
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui