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Artigos-->Petróleo, uma vida, um destino -- 20/08/2007 - 18:36 (Paulo Maciel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PETRÓLEO : Uma vida, um destino



Sob emoção e sentimento de orgulho acabei de ler o livro “Petróleo: uma vida, um destino”, do juazeirense Yvan Barreto de Carvalho, que veio a lume o ano passado.

Trata-se, em primeiro lugar, de obra de referência, agora obrigatória para todos que se queiram debruçar sobre o estudo da história da descoberta, pesquisa e exploração do petróleo em nosso país e da criação e atividades da PETROBRAS.

Depois, vê-se a o exemplo de um pioneiro, de um trabalhador infatigável, um patriota que coloca os interesses de seu país e da empresa acima de quaisquer outros, que elegeu o princípio da honra, da ética e da dignidade como condição essencial de vida.

A obra de Yvan Barreto, em cerca de 230 páginas, ilustrada com fotos de seu arquivo pessoal, é um documento de rara importância para a memória nacional e deve transformar-se em livro obrigatório nos currículos de muitas universidades e escolas, nos centros educacionais da PETROBRAS, nas bibliotecas públicas de todos os rincões e nas de natureza particular de quantos desejem possuir um livro que trata o tema com a honestidade com que o autor o faz.

Uma coisa de valor inestimável nessa obra, sobretudo nestes tristes tempos de corrupção e desencanto, é a própria vida de Yvan Barreto de Carvalho, menino pobre nascido à beira do rio São Francisco, embora descendente de família ilustre, que cumpriu um trajeto verdadeiramente glorioso, trajetória que se confunde com a da empresa estatal a que se vinculou de forma definitiva.

Tendo vindo morar em Salvador, para onde o pai, que trabalhava em agência dos telégrafos, foi transferido, estudou no Ginásio da Bahia e depois ingressou na Escola Politécnica, diplomando-se em 1944.

Do meu ponto de vista, o mais extraordinário na carreira de Yvan Barreto foi o começo e não o encerramento, quando atingiu os mais altos cargos na hierarquia da PETROBRÁS.

Quando estava no 1º ano da faculdade e começou a interessar-se por petróleo conseguiu um estágio na firma americana Drilling and Exploration Co. Inc. – Drillexco – contratada pelo Conselho Nacional de Petróleo (CND) para perfurar poços na Bahia. “Com as boas graças do sondador Rudolf Kraytheime fui treinado em todas as posições de uma equipe de sondagem”, diz o autor do livro. Tempos depois, concluído o estágio, foi admitido como operário, na qualidade de plataformista, traballhando em poços no Recôncavo. Pois bem; quando o presidente do CNP soube que um quase-engenheiro servia como operário mandou que a empresa o demitisse, “pois não concebia que um universitário pudesse ter por colegas carregadores, doqueiros, pessoas sem suficiente qualificação profissional”.

Foi graças a esse trabalho duro, à experiência de conhecer praticamente todas as atividades que se realizavam nos campos de petróleo e aos cursos que fez, no Brasil e no exterior, que Yvan Barreto de Carvalho angariou conhecimentos que lhe permitiram grande crescimento profissional na PETROBRÁS, onde exerceu os cargos de engenheiro de produção, superintendente regional e diretor, entre outros.

Não é objetivo deste texto resumir a vida desse pioneiro do petróleo que, após a aposentadoria, ainda atuou no setor de mineralogia, presidindo o Departamento Nacional de Produção Mineral e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, mas divulgar a obra que escreveu, inclusive porque registra os fatos mais importantes relativos ao petróleo, desde sua descoberta em Lobato até a exploração em águas profundas e a auto-suficiência do país.

“Petróleo, uma vida, um destino” não deixa de destacar os principais personagens dessa história, muitos desbravadores como o próprio Yvan Barreto, aos quais presta justo tributo.

Como disse lá atrás, é obra para ser lida pelos que amam o país e procuram exemplos que iluminem suas vidas.

Salvador, 19/08/2007





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