O COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO
Sempre tive uma ressalva quanto ao uso do computador em sala de aula,.como único instrumento pedagógico, porque compreendo o ato de escrever num caderno, como sendo um exercício cerebral, que une a educação formal com o lado cognitivo do aluno. Ao mesmo tempo que faz uso do caderno e da caneta, acontece, no cérebro do aluno, uma dinâmica harmônica que liga o lado fisiológico com o lado introspectivo, num processo biológico e sensitivo, que “acorda” os seus neurônios e transforma o aprendizado numa cumplicidade saudável entre cérebro, corpo e mente, principalmente porque trabalha muito com a coordenação motora dos alunos.
Porém, como professora de Informática de 5ª a 8ª séries, aprendi que o computador também pode ser usado como um instrumento pedagógico que trabalha o lado cognitivo do aluno e a sua coordenação motora, além de inseri-lo no mundo “atual”, no aqui e no agora em termos de informatização e tecnologia.
Meu primeiro olhar para o mundo tecnológico e computadorizado, foi de desconfiança e até de aversão, por motivos óbvios, que não merecem ser discutidos neste texto.
Ao iniciar minhas aulas de Informática, comecei, devagar, a compreender a mágica do mundo computadorizado, quando usado especialmente para EDUCAR e para promover o Ser Humano na sua totalidade.
Hoje, depois de alguns anos de aprendizado, junto com os alunos, compreendo que é possível alfabetizar, de todas as formas, através do computador, e manejar este instrumento pedagógico levando em conta os princípios básicos de uma convivência social urgentemente harmônica e de mútua confiança.
Foram criados muitos softwares (programas) para computador visando um apoio pedagógico aos professores de informática, que transformam tanto o ensino como a aprendizagem uma maneira interessante de adquirir conhecimentos e estar “do lado de dentro”das conquistas eletrônicas.
Dessa maneira, todas as disciplinas estão contempladas com softwares modernos e atualizados, abrindo um campo de trabalho também para cada professor atuar em sua área com os alunos, sem prejudicar o desenvolvimento intelectual dos seus alunos.
Com o tempo, a pessoa que ensinará informática será apenas um auxiliar para que os alunos aprendam a lidar tecnologicamente com o computador. A parte pedagógica, aos poucos, vai sendo desenvolvida, trazendo muitas surpresas agradáveis para professores e alunos.
Parece que a iniciativa de criar softwares educativos e pedagógicos está sendo tomada, principalmente, por empresas privadas, cujo interesse é realmente abrir horizontes novos para as gerações do presente e do futuro deste Planeta maravilhoso.
A parte técnica do uso do computador, ao ser aliada a uma base teórica bem fundamentada, é que produz o processo pedagógico. A outra parte da “mágica”, é o professor quem deve suprir, orientando com carinho, com amor e com um profissionalismo responsável.
Apenas, não posso – e não devo esquecer – que o princípio desta mágica eletrônica nas escolas, deve partir das lideranças governamentais e comunitárias no sentido de aparelhar as escolas com um bom número de computadores, para que o aprendizado não seja muito estressante, tanto para alunos como para professores. Infelizmente, a realidade nas escolas, ainda é a de um computador para 5 ou 6 alunos, onde o resultado deixa muito a desejar, não por culpa do professor ou da professora.
É preciso, antes de tudo, lembrar que no trabalho com o computador, o desenvolvimento psico-motor, e também a parte pedagógica, exigem calma e tempo, para que o aluno apreenda todos os âmbitos que envolvem o uso do computador, tanto em sala de aula, como na vida social e profissional.
A última mágica a ser feita no mundo da tecnologia e dos computadores, é a de HUMANIZAR o seu uso, direcionando-o a um crescimento positivo do Ser Humano, para que aprendamos – todos juntos – que a tecnologia não veio para destruir, mas sim para construir e somar pontos com as pessoas que lutam por um mundo BOM e Pacífico.
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