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cronicas-->TRELA FAROLA -- 10/03/2002 - 08:28 (LUIZ ALBERTO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Gente! Quanto mais evito enxergar a sujidade do tolote no ventilador, mais o salpicado dos excretos atinge em cheio a minha parcimónia. É tudo saindo pela bosteira no ribombar dos borborígmos mais insuportáveis, virando cada escàndalo carvernoso de chega num saber onde vai parar a corda de guaiamum. É uma inhaca triste! E o pior: é que parece que é só isso o que se sabe fazer neste país! Santa cloaca parideira!
Ora, para quem vive entre a pedra do estilingue e o espatifado da vidraça, deus nos ouça e tenha piedade de nós. Isto é, se houver algum deus que aguente esta carapuça. Eu mesmo duvido que exista até algum deus possível depois de tantos milênios abstrusos de rebuliço. Realmente, é muita indignação mediante certas regalias. É desatino demais.
Por isso, eu mesmo vou largando meu bestialógico aranzel insurgente como quem tomou um tonel de água de chocalho díscolo. Pudera mesmo, para quem é desprovido de talento porque nunca fiz educação física, um tamborete de zona que tem um proeminente calombo embaixo da caixa dos peitos, a bunda batida feito a gréia mais popularmente conhecida por cu de mochila seca, cambitos zambetas segurando o corpo como que reinando entre os assimétricos, uma cara inchada dos porres homéricos das noitadas indómitas, uma feiúra ocrídia de nordestino abufelado e profissionalmente excluído optante pela informalidade, e pronto pro que der e vier, ora. Tó só cantando o partido alto esperando quando é mesmo que será que deus dará. Só restou duvidar. Vou, mesmo assim, escapando, resistindo. Quando mando mail sou agraciado com a pecha dum tal de spamer. Se escrevo algo, sou acusado de emitir turpilóquios de coprólogo; se não faço nada, pago o pato assim mesmo. Nem mel, nem cabaço; nem oito, nem oitenta: perdido no diàmetro da vida afolosada.
Ora, dou um fungado para cuspir fora e sigo adiante teimoso. Por isso, já recebi muitos pêsames pela audácia. E quanto mais me confronto com a injustiça mas tenho a impressão que sou eu quem parece mais que tem a mãe do juiz para uma torcida como a do Flamengo. Desaforo, não aguento na cara. Só resta estudar telepatia para ver se dar para entender a natureza humana. Sacanagem? A porra, vou reclamar sempre do estelionato dos planos de saúde na dengue, da carestia cobrada pelas seguradoras, da jogatina das redes bancárias; vou cuctucar a ferida da falta de vontade política de se governar para o povo brasileiro; vou me ingicar com os privilégios judiciais que escondem as maracutaias mais transparentes já flagradas; vou repudiar a cara lisa dos pipoqueiros da farsa nacional; vomitar nos conluios da falcatrua; e, se não morrer do coração, vou tomar uma bicada boa para desopilar o juízo malcriado.
Nossa, cá prá nós, a coisa tá que só vento brabo que nem pode acender vela alguma para alumiar o pau da venta perdida. Pudera e pudera, segundo a Unesco, temos o maior índice de reprovação escolar da América Latina. Prá mim, acho que é muito mais pior que a expectativa da secretária do MEC, não sendo só 30% de analfabetos funcionais. Pergunto: e o resto em que faixa de incientes ficam? Não dá para tolerar as tramoias nas estatísticas oficiais, muito menos o cacóstomo dos políticos soltando seus coprólitos e suas estórias para boi-dormir, cheio das farofas e prontos pro embate eleitoral. Só. Vade, retro! Quando vejo Enéias com seus clones, a Megera do Congo Brasileiro tapando o sol com a peneira, o Careca Hipocondríaco fazendo autobiografia pública, o de Calça-curta sem saber nem a fórmula da água, o Cabeça-chata costurando até retalhos imprestáveis na bunda de fora, e o Lula na sessão matinal ficando aceso com o amasso firme nos liberais-berra-universalistas, dá o quê? Parafraseando Sérgio Porto, dá FECAMEPA: Festival de Cagada que Mela o País! Ao invés do Samba do Crioulo Doido, é o Brega da Farra dos Lesa-Patria. Versáteis e plurais de se achegarem com hits diversos nas paradas por causa da variedade ritmica que ora bota no topo um breganejo, depois uma wave-axé, em seguida um pagodeudo, e, por fim, um forrobora de num ver nem o rastro dos libelos virados palimpsestos engavetados na vassalagem judiciária. Santo vitupério! Menoscabo mais sem-vergonha! E o que é pior: é pura pirataria oficial. U-ru! Êta, noisis. Aos patrícios indignados, vou ali e volto já. Bié, bié, glup, glup.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados do autor.

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