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Cronicas-->Quando estamos errados -- 09/03/2002 - 12:56 (Marcelo Rodrigues de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando estamos errados

Marcelo Rodrigues de Lima


Sentar em frente ao computador, bebendo champanha que sobrou do ano novo só me faz lembrar da minha infància. Não necessariamente dela, mas sim de lembranças vagas e ensinamentos, que, misturados com outros, me traz lições que poderiam ser para a vida toda.
Posso dizer que o que me vem à cabeça agora é o que diz que "no final tudo se resolve". Tudo se resolve, por mais que as coisas andem erradas ou muito difíceis.
Ninguém me colocou no colo e me disse isso. São coisas que escutamos os outros falarem, que ouvimos comentar e que eu olhava nos olhos miúdos e tristes de quem dizia.
Talvez o mais complicado disso é saber que hoje, por não ser mais criança, sei que nem todas as coisas se resolvem e muito menos dão certo no final. Ensinaram-me errado. Mas não posso culpa-los, pois como disse, não me disseram, só demonstraram.
Depois que esse ícone do pensamento infantil caiu por terra, fiquei imaginando o que mais viria, o que mais não seria verdade daquilo que acredito. Talvez algo sobre ser honesto ou a mentira ter perna curta.
É uma grande decepção começar a ver essas coisas. Como se tivéssemos novamente pouca idade e nos dissessem que não teremos aquela bicicleta que sonhamos por tanto tempo, ou que não podemos ir na rua brincar. Nem menciono Papai Noel, já que sempre o achei uma grande mentira.
O que sobra é um grande sentimento de tristeza por não saber mais onde por os pés e que novo mandamento divino seguir. O que seria depois deste? "Tudo da certo desde que você lute para que de certo"? Também não posso mais acreditar neste, já que sei que nem com esse grande remendo as coisas melhoram.
Esse é o grande problema de acreditarmos em sonhos infantis por muito tempo. Como as garotas que acham que ainda existem príncipes encantados e garotos que acreditam ser um deles. O príncipe esta em algum boteco enchendo a cara e terá que penhorar o cavalo para pagar a dívida.
Então, se nos não acreditarmos nestes tipos de pensamento que nos acompanham por tanto tempo, escondidos em nosso sub consciente, podemos encarar a realidade com uma maturidade muito maior e desta maneira, resolver os nossos problemas.
Mas nem siga ou grave está última parte, pois ela é um ensinamento pós- filosofia infantil, o que não garante confiabilidade. Só podemos pensar direito após a ressaca da verdade.
Tento acabar este texto confiando que tudo no final vai dar certo, mas como lembro que é justamente sobre isso que estou escrevendo, acabo sem saber o que dizer ou em que confiar.
Por isso, vou acabar com um ponto, e que não seja um ponto final para o assunto. Não podemos viver sem esses tipos de filosofia.

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