Despedidas
Despedidas, abortos lentos
Rastejam nos escombros
De emoções fúnebres
Fantasmas que assustam
Corações desavisados, desatentos
As vezes unilaterais em monólogos
Doloridas em olhares turvos
Mancham palavras, rasgam silêncios
Tingem com sangue nossos caminhos
Derramam pétalas sem viço
Em jardins semeados de sonhos
Despedidas, sons letais
Algemam nossas veias
Nos esquifes da saudade
Corpo em letargia, desnudo
Coração desagasalhado, moribundo
Enredado no labirinto dos porquês
Massacrado em portas cerradas
Despedidas, amores amputados...
© Fernanda Guimarães
Em 11.06.00
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