Nós precisamos lutar.
Fazer algo que dignifique,
Lutar de alguma forma,
Ocupar algum espaço,
Mas, sempre e sempre, lutar.
Nós sentimos o aroma dos campos,
Vemos a beleza das matas,
Ouvimos o cantar dos pássaros
E como achamos belo.
Mas, tudo isso termina
No gemido da noite.
O olhar do faminto,
A descrença do desabrigado,
A inocência da criança atoa
Põem fim à beleza dos sonhos.
Qual poeta que pode, assim,
Ouvir estrelas
Ou conversar com a aurora
Envolto em injustiças?...
O que vale a consciência!?
Por isso, precisamos lutar!
Com a força coletiva
Um mundo melhor é possível.
São de pingos dágua formadas
As enchentes dos rios.
Cantem, poetas, a natureza,
Sua corrente cristalina!...
Mas, não esqueçam de apertar
A mão de quem nela se vai.
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