Quando saí de São Paulo
Para um encontro marcado
Caiu uma tempestade
Ficou tudo alagado
Quase perco a condução
Naquele tráfego do cão
Eu fiquei desesperado.
Cheguei na rodoviária
Bem na hora marcada
Só entrei, o ônibus saiu,
Tive uma sorte danada
Por Deus fui abençoado
Fui viajar animado
Com o intuito alcançado.
Ao chegar em Vila Velha
Para o encontro esperado
Ouvindo o som de rojão
No coração disparado
Jorge veio e me abraçou
Mestre Egídio completou
Pois antes tinha chegado.
Jorge retornou da serra
Somente pra me apanhar
Eu cheguei adiantado
Ele teve de retornar
Nós convidou pruma festa
Que não seria modesta
Noutra hora vou contar.
Fomos todos pra sua casa
Pra bagagem desfazer
Para tomar um bom banho
E sua esposa conhecer
Jorge tinha compromisso
E não queria ser omisso
Nem com furão parecer.
Nós levou junto com ele
Como se fosse parente
Disse que amigo de amigo
Também é amigo da gente
Para a Tertúlia fomos
Como amigos que somos
Numa amizade decente.
Fomos bem recebidos
Como se fosse do clã
Gente muito simpática
Pela a qual fiquei fã
Nós puseram a vontade
Foi muita felicidade
Logo naquela manhã.
Esse é apenas o primeiro cordel de uma série falando sobre o grande e inesquecível encontro de cordelistas, realizado em Vila Velha – Espírito Santo, cujo anfitrião,
Foi Jorge Ribeiro Sales.
