Abraço-te, tatuando meu corpo em ti
A saudade boceja, quase incrédula
Meus braços em súplica te enlaçam
Teu coração, amorosa comporta
Lê os sons da minha espera, porto
Minha alma inquieta tormenta
Acena-te em voluptuoso frenesi
Desejos constelados, eclosões de luz
Mapeas meu corpo, inflado de amor
Reavivo minhas digitais em teu prazer
E te lanças queda d’água, ávido
Misto de impulso e encantamento
Vasculhas os meus cenários, palco
Partilhas dos meus mistérios, profanos
Estremeço em arrepios de lavas
Êxtases coincidentes, ânsias unas
Exilados, amantes, vagamos perdidos
Entre o efêmero acaso e o eterno amor...
© Fernanda Guimarães
Em 29.03.00
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