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Poesias-->BIG -- 15/06/2000 - 17:56 (VIRGILIO DE ANDRADE) |
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Da translucidez do dorso cilíndrico
Colho carícias de uma vida serviu.
Ela reluta.;
Nega-se ser mensageira do pensamento vil.
Quando cúmplice.;
Devassa a fronteira do verbo
Derrama uma gota de sentimento no chão de giz.
Cubro-lhe o corpo com lábios.
Mordisco-lhe o flanco.
Defloro-lhe o lacre.
Injeto-lhe sopro e vida.
Muda inertece,
Recusa-se à cupidez do desejo.
No espaço serpenteia. Afoga-se no “Tejo”.
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