Fome que nos consome,
Transforma nossas vidas em feridas.
E por mais que se ande,
Sempre nos sujamos neste cálice de sangue.
Sangue de gente inocente,
Doente,
Movida à malícia,
Fugindo da polícia.
Nos julgamos samaritamos,
Dignos de respeito
Mas não os abrigamos em nossos leitos.
E na balada da vida, sofrida,
Por castigo, pouco a pouco,
Morremos. |