Este Ano que termina
Tem ação De dinossauro
Aparência Excessiva
De Um poderoso centauro
Deixa marcaS tão profundas
Sacrifícios e mistério
Saudades do poeta MAURO
São palavras de homem forte
Muito aparentava sê-lo
“Devo
Encontrar
Um
Senhor” Tecitura de muito zelo.
De um pensamento talvez,
Antecipou sua morte
Pensando fazer um apelo
Pontuava sempre a dor
Relembrava-lhe a espora
Muita mágoa, muita luta
O que antecipou sua hora
Esquecendo a carruagem
Preparada pra vencer,
Quem vai conduzi-la agora?
Na escola do Infinito
Insista na perfeição
Aproxima-te dos mestres
Que cultivam a mansidão
Faz revista dos teus feitos
Patenteia a humildade
Evita a humilhação.
Em pergaminho e ouro
O teu lenço, enxugava
Lágrima caída ao chão
No sepulcro, espaço-dor,
Mostrando com precisão
Quarenta anos a frente
“Vamos encontrar-nos firmes
Nos jardins da Imensidão”
Bem queríamos aceitar
Este estado afinal
Pois que tu o escolhestes
Foi para evitar o mal
Nem devíamos colocar
Ponto de interrogação
Onde o nosso Criador
Já pôs um ponto final
Se me ouves esse grito
É uma forma de protesto
Pois calastes a tua voz
Para prosseguir honesto
Não te aceito a rescisão
Até te perdôo os feitos
Mas o ultimo, eu contesto.
No lugar em que habitas
Produzir é memorável
Observa um querubim
Em seu vôo insuperável
Tira a cópia dessas azas
Dê uma volta aqui na terra
Ameniza a nossa dor
Que ainda é insuportável
Essa morada infinita
Espaço de muita luz
Onde tudo é perfeito
Onde não existe cruz
Ora está bem mais alegre
Tem de posse o teu sorriso
Gargalhadas e trocadilhos
E a beleza que conduz
Estes vasos de palavras
Construídos sem intenção
Devem receber as rosas
Que feriram teu coração
Regue-as com as nossas lágrimas
Já que para o encontrarmos
Só existe um caminho
Utopia e oração