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Artigos-->A Morte de Tamires -- 31/05/2007 - 00:54 (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








A empresa Front Promoções é responsável direta pela morte da menina Tamires, 19 anos, na Festa Country, na madrugada de quinta para sexta-feira, 17 para 18 de maio. Numa ação que impetrou em Juízo a empresa quer eximir-se do pagamento da taxa de segurança. O fato foi denunciado pelo diretor presidente das Organizações Panorama, Omar Peres.







Outro exemplo de desrespeito pela vida e preocupação exclusiva com os lucros. A mãe de Tamires, que estava na festa, não foi chamada pelo microfone utilizado para diversos fins, inclusive localizar pessoas, com o intuito de não “atrapalhar a festa”.







Pura insensibilidade criminosa. Na cabeça dos caras da Front lá estavam pessoas que tinham que pagar e proporcionar lucros. Se uma delas morre... O perigo é concluírem que Tamires foi a responsável por sua própria morte.







É a característica do mundo onde fazem as pessoas crer que a vida é “trabalhar e viver”, “cada um reage de um jeito”. Transforma as pessoas em objeto, em mercadorias e em “consumidores consumidos”, como afirma frei Betto em seu último artigo.







Uma das formas que a empresa se utiliza para alcançar seus objetivos, nem sempre dentro da lei, quase sempre fora da lei, é a de enviar convites a autoridades policiais, do Judiciário, do Executivo e do Legislativo. Imagina que assim compra a impunidade.







Há uma cortina de silêncio em torno desse assunto.







Na manhã de sexta-feira, dia 18, a empresa distribuiu um comunicado à imprensa onde afirmava que a responsabilidade pela morte de Tamires era de outra empresa, a que explorava os serviços do parque de diversões. Para que essa empresa pudesse explorar tais serviços teve que obter permissão da Front.







No site da Front consta que a Festa Country é promoção da Prefeitura de Juiz de Fora.







É uma podridão absoluta e uma irresponsabilidade total.







A falta de um simples aparelho de comunicação entre o cara cá embaixo, que cuidava da rede e o cara lá em cima, que empurrava as pessoas é a comprovação do desleixo e pouco apreço pela vida humana. A Front autorizou o esquema, não cuidou de nenhum procedimento de segurança. Pelo contrário, não quer pagar a taxa de segurança.







O depoimento de testemunhas mostra que a morte poderia ter sido evitada caso essa preocupação fundamental tivesse existido.







Esse tipo de irresponsabilidade faz parte do contexto atual do mundo de plástico, robotizado, onde o ser humano é mero objeto. Tanto faz que seja numa festa ou num local de trabalho, importante é assegurar os lucros, os ganhos, as posições, parecer respeitável, promotor de progresso, de cultura, o escambau e toda essa sorte de violência em todos os níveis e sentido, nas mais variadas formas de violência,







Não há como excluir a Front de suas responsabilidades no caso. E a Prefeitura precisa explicar que negócio é esse da festa ser promovida pela Municipalidade. Se isso for verdade, o prefeito corrupto tem que ser incluído no rol dos culpados também.









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