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Artigos-->LOTERIA DA CORRUPÇÃO – PASTINHA, BEJANI, O MUNDO DAS -- 31/05/2007 - 00:42 (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Nessa esculhambação geral que anda o País a Caixa Econômica Federal, maior banqueira de jogo dentre nós, poderia instituir uma loteria sui generis. A da corrupção. O apostador marcaria num cartão os próximos a serem atingidos por operações devastadoras da Polícia Federal.







Deputados e senadores não querem nem ouvir falar em CPI. De nada. O que antes era o show dos senhores congressistas diante de câmeras e microfones, foi substituído pelo telhado de vidro e o medo.







Lembra um fato narrado por Millôr Fernandes. Um casamento coletivo numa praça em Copacabana, Rio. No momento que a juíza levanta a mão perguntando se alguém tem alguma coisa a dizer, um gaiato levanta. Vai até o palanque, mas antes diz aos amigos: “não passa vento em nenhum dos nubentes, todos estão pensando: ele sabe”. Subiu, pegou o microfone e proclamou: “eu não tenho nada a dizer, mas quero que fique registrado que aqui eu vim e não tenho nada a dizer”.







Já começam a surgir ventos afirmando que a ação da Polícia Federal é dirigida, se destina a determinados setores do poder, no seu todo. Bobagem. A Polícia Federal está agindo como age qualquer polícia séria, em qualquer lugar do mundo, quando se trata de combater o crime e o faz com precisão.







Os obstáculos se encontram em esferas do poder, quaisquer que sejam as suas instâncias que, sem êxito até agora, tentam segurar as pontas de fulano, ou de beltrano.







É o caso do prefeito de Juiz de Fora, Alberto Bejani, corrupto incurável. No desespero de saber-se pego desatinou e colocou alguns dos seus parceiros para tentar evitar males maiores, digamos assim. Os parceiros? O ministro Walfrido Maresguia e o empresário e suplente de senador Clésio Andrade, a coté o ex-deputado Roberto Jeferson.







Ou de planos de saúde corporativos, onde o desvio de verbas públicas enriqueceu diretores e a aparência de seriedade é só aparência. As pastas carregam toda a sujeirada escondida no aspecto de bonzinho, de respeitoso e de quem ajuda.







O assunto foi parar nas mãos do ministro da Justiça, tendo em vista que no Estado, o de Minas, as coisas ficam por isso mesmo no destrambelhamento do governo Aécio Neves.







A loteria que ora sugiro poderia ser implantada num espectro maior que as loterias comuns. Teríamos cartões regionalizados. As apostas seriam feitas marcando o prazo, por exemplo, em que Bejani, Pastinha e outros mais cairiam. Seriam presos.







Estaduais, o mesmo em relação aos que abarcam toda Minas Gerais e todos os estados nessa aliança de corruptos, que reúne governadores, deputados estaduais, juízes, funcionários públicos, entidades e planos de saúde corporativos ou não, enfim, a turma de sempre e agora contra a parede.







As nacionais, evidente, permitindo apostas sobre figuras tidas como representantes populares ou de seus estados e, que são representantes do latifúndio, dos bancos e das grandes empresas.







É uma tremenda sinuca de bico que a turma está. Ia dar um prêmio sem tamanho. Seria até, visto por outro ângulo, uma compensação para a turma cá de baixo.







Como na história de Millôr, nessa sinuca de bico “não passa nem vento”.







Haroum Al Haschid iria se espantar com o número de “inocentes”. “Inocentes” e suas pastas. Lembram aquelas caixas de mágica. Sai de tudo dali. Baralho para trapacear, bolas para serem encaçapadas, trem de assustar.







Ao visitar uma prisão em Bagdá, o califa ia perguntando a cada preso qual o crime e se era inocente ou culpado. E ia ouvindo: “sou inocente senhor”. Um deles foi diferente: “sou culpado e estou pagando pelo meu erro”.







Reação do califa: “soltem este homem é o único que fala a verdade aqui”.







Nas bandas de cá Haroum Al Raschid não iria encontrar ninguém assim, todos se dizem inocentes. Até Paulo Maluf. Que dirá Bejani, que dirá o Pastinha prestativo e respeitoso?







O que a Polícia Federal tem feito, mérito do governo Lula nisso, é desmanchar essa teia de corrupção. Falta muita coisa e o que falta acaba sendo prato feito para uma Loteria, a Caixa faturar mais um pouco.







Os cartões, ao invés de quadradinhos para o apostador marcar, teriam desenhos de caçapas. E seriam adornados com celulares, desses que tiram fotos.





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