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Artigos-->DISTÚRBIOS DE LINGUAGEM, -- 26/05/2007 - 15:55 (vicente martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA

CURSO: LETRAS HAB. LINGU INGLESA

DISCIPLINA: AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM

PROFESSOR: VICENTE MARTINS













DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM ORAL E DA COMUNICAÇÃO DAS CRIANÇAS













DANIELE PONTES

MARCIA REJANE

PATRICIA ANDRADE









SOBRAL – CEARÁ

20 DE MARÇO DE 2007



DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM ORAL E DA COMUNICAÇÃO NA CRIANÇA





O processo de aquisição da linguagem na maioria das crianças se dá de maneira rápida e fácil, pois todo esse processo é um sistema muito complexo, mas poucas crianças apresentam problemas relacionados à linguagem. Mas quando apresentam esses são chamados de distúrbios que se manifestam de vários modos afetando assim seus relacionamentos. Diante da análise terapêutica no processo de descobrir quais as verdadeiras causas de uma criança falar mal, deve-se levar em consideração duas hipóteses; primeiro se o seu desenvolvimento lingüístico está atrasado ou se esta apresenta desvios. Mas, diante de análises clínicas, acredita-se que a partir do momento em que a criança entra na escola com seis anos, ela consegue adquirir sua linguagem como uma criança normal de sua idade.

A semiologia que estuda as significações podendo ser atribuído a estes fatos da vida social concebidos como sistemas de significados, como imagens, gestos, sons, etc., sendo então o ponto de partida para problemas lingüísticos desses distúrbios. Observa-se assim que os problemas na linguagem da criança não podem ser explicados pela presença de danos cerebrais. As desfazias não está ligada a déficits auditivos, mal formação de órgãos formadores, etc., esta pode está associada a retardamentos mentais ou perturbações psicoafetivas. Levando em consideração a heterogeneidade do fenômeno disfásico pode ser classificada como uma síndrome onde as crianças apresentam dificuldades lingüísticas. E assim observa-se que essa classificação é momentânea, pois mais adiante se acredita em possibilidades reeducativas, sendo importante no processo de identificação da perturbação da linguagem da criança. E é a partir daí que há uma diferenciação com a vertente receptiva ou expressiva, sabendo que as duas podem existir ao mesmo tempo. É na vertente receptiva que está inserido a compreensão, para que as informações sonoras sejam decodificadas é preciso ter uma boa audição, mas observa-se que não é só isso que é suficiente para uma boa linguagem. Observa-se também que há uma divisão entre distúrbios da expressão e da recepção, onde se constata que crianças que são afetadas por distúrbios da expressão são mais receptivas ás dificuldades. Já a vertente expressiva corresponde aos distúrbios da fala, das lembranças das palavras, distúrbios de articulação onde a posição da língua em certos fenômenos é inadequada, isto é, é um distúrbio de gesto articulatório, onde se agrava e pode levar ao impedimento da fala.

Os distúrbios fonológicos também estão inseridos na vertente expressiva onde a criança domina pouco a pouco a articulação fônica dos sons e combinações de sons, onde estão inseridos fonemas próprios de sua língua. Observam-se também variações nos fonemas das palavras, e os distúrbios aumentam com a extensão da palavra. Já os distúrbios da prosódia onde está incluída a entonação, a acentuação, a elocução e o ritmo da palavra. A criança desde cedo utiliza produções vocais onde tomam valores diferenciados, há a patologia da prosódia onde há problemas de fluência verbal, ou seja, o famoso gaguejar. O comportamento do indivíduo frente a um momento de dificuldade na fala, ou seja, é uma palavra mal colocada, mas há quem considere o gaguejamento como uma deficiência da linguagem verbal como uma dificuldade na tentativa de comunicação. E assim podemos diferenciar o distúrbio da fala, do comportamento e da intenção.

Alguns autores declaram que há dois tipos de gaguejamento e passam então a diferenciá-los: o primeiro aparece nos 4 a 6 anos de idade da criança onde se encontra uma causa concreta; aparecendo assim diversas etiologias. No entanto, parte-se do pressuposto que uma dessas etiologias se dá no momento em que as crianças passam a estruturar a linguagem, e também quando elas sentem a necessidade de se comunicar e não tem como fazer isso. Questiona-se também a relação afetiva da criança com o meio em que vive com 6 anos, os gaguejos correspondem a sua escolarização. O segundo tipo de gaguejo está classificado mais como um problema físico, lesões no cérebro, traumatismos, ou seja, ele é importante até o ponto onde ajuda a entender o primeiro.

Estudos mostram que o aparecimento dos gaguejos nas crianças se dá por volta dos dois e meio a três anos de idade, podendo desaparecer ou persistir. Para os franceses, esse gaguejamento se dá mais freqüente entre meninos do que meninas, representando 15% dos distúrbios da fala e da linguagem na criança.

Sendo a morfologia, o estudo da formação e flexão da palavra e a sintaxe, a estruturação dessas em uma frase ou em um discurso, observa-se que a aquisição é muito diversa no que se refere ao seu desenvolvimento.

Há crianças que assimilarão de forma rápida enunciados complexos, enquanto outras não conseguirão acompanhá-las. E assim quando seu desenvolvimento prossegue normalmente se estabelece a combinação da sintática que se desenvolve igualmente com as unidades gramaticais.

Assim os distúrbios morfossintáticos são igualmente afetados, isto é, o distúrbio diz respeito à capacidade de combinar as palavras em enunciados e suas diferentes marcas lingüísticas.

Há também distúrbios, onde a criança evoca as palavras e não consegue lembrá-las, ou seja, as disnomias, esta é observada e associada a outros distúrbios da linguagem, sendo descrita nos gaguejamentos e em certas dislexias, esta também pode está relacionada às características fonológicas do léxico.

No discurso semântico pragmático trata-se da função da linguagem em sua dimensão comunicacional e é na interação que este se manifesta onde crianças que sofrem destes distúrbios não compreendem a função da linguagem nem a sua utilidade, um exemplo claro, é que fazem perguntas e não prestam atenção nas respostas, brincam de maneira estereotipada com palavras e frases.

Diante de observações clínicas longitudinais e sincrônicas de crianças em idade pré-escolar, observadas sua linguagem oral de seu comportamento interativo e de compreensão defira síndromes determinadas por dimensões linguageiras perturbadas ou variáveis, as três menos severas e que não estão associadas ao autismo são: a síndrome fonológico-sintática, a síndrome sintático-pragmática e a síndrome semântico-pragmática sem autismo.

A síndrome fonológico-sintática dispõe de um vocabulário limitado e faz uso de um estilo telegráfico, o arranjo das palavras no enunciado é bem diferente, comparando a uma criança que não sofre deste distúrbio. A maioria das crianças que sofrem dessa síndrome tem dificuldades de mastigação, deglutição para imitar os movimentos da língua. Elas também apresentam dificuldades de articular certos sons.

Segundo estudiosos, esses distúrbios não seriam de essência sintática, mas também do recurso material fonológico que serve para exprimir certas relações gramaticais entre enunciado e entre os termos do enunciado.

Há duas maneiras de amenizar as dificuldades de uma criança nesse sentido, primeiro tentar utilizar o léxico ou produzir enunciados curtos, pois é preciso fazer com que a criança reinvista na linguagem apesar dos erros que esta pode cometer.

A síndrome sintático-pragmática é a única na qual a sintaxe é gravemente desestruturada, enquanto a fonologia é normal, as palavras funcionais são freqüentemente omitidas, onde o uso da linguagem é bem limitado, onde as crianças conseguem nomear imagens e objetos normalmente, mas estas não conseguem responder a questões abertas.

E por último temos a síndrome semântico-pragmática onde crianças sem autismo possuem uma linguagem expressiva verbal muito fluida com enunciados sintaticamente corretos, porém, elas têm dificuldades de codificar uma significação.

Entretanto, a situação convencional é uma incapacidade de comunicação. Percebe-se que, o que caracteriza o discurso da criança é a sua incapacidade de adequar-se a comunicação, pois a troca palavras por outras, ou seja, há uma desconexão na comunicação e é apresentada em crianças que não tem problemas cerebrais, onde nela está encoberta outros distúrbios, mas é diferente do autismo ou de qualquer outro distúrbio marcado por conflitos com a realidade, por alucinações e ilusões. Essas crianças não se prendem a detalhes e não se preocupam em reproduzir algo padronizado, por exemplo. Essa linguagem semântico-pragmática é incoerente, desconexa e instável onde a criança tem dificuldades de narrar um fato ou história.

Já a criança psicótica se volta a temas que considera interessante para ela e organiza as histórias e suas contradições onde há uma coerência interna. E assim, elas têm dificuldades de compreender e expressar-se. Estudos mostram que crianças que tem compulsão por falar apresentam graves distúrbios de comunicação associada à pronúncia correta das palavras. Muitas vezes no diálogo entre o adulto e uma criança, onde a criança faz perguntas ao adulto, ela não leva em consideração suas respostas.

Falando um pouco sobre as desfazias variáveis, observa-se que os distúrbios da linguagem e da comunicação apresentam heterogeneidades bem diferenciadas. Vale ressaltar que cada criança tem em seu interior uma desfazia particular, onde a criança muda de categoria para outra. Por isso é de fundamental importância o acompanhamento clínico nesse processo de desfazias, pois essas crianças apresentam problemas na enunciação, e assim a prevenção e a observação vão depender da escolha de teorias de referência com ciências da linguagem psicológica e psicanálise.

Diante do domínio dos signos lingüísticos e de sua combinação nas palavras, em frases ou enunciados, enfatiza-se a relação som/sentido das unidades lingüísticas independente da relação com o contexto de enunciação que se entende.

Portanto, para Christophe Loic Gerard, a desfazia se inscreve em um conjunto de distúrbios que atrapalham a criança no processo de construção como sujeito social e afetivo, ou seja, um sofrimento que irá acompanhá-lo durante toda a sua existência.



















































REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS







PRÉNERON, Christiane. Distúrbios da linguagem oral e da comunicação das crianças. In DEL RÉ, Alessandra, A aquisição da linguagem: uma abordagem psicolingüística, São Paulo: Contexot, 2006. pp 63-83





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