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Teses_Monologos-->Poetas e Poesias -- 27/03/2002 - 19:00 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Não acredito em poeta, que vive trancado em seu mundo, no mundo da fantasia. E que do mundo real, sem magia, não fala bem e nem mal. Não acredito em poeta, que vive de fantasia, alheio ao que tudo indica, à própria cidadania, indiferente ao real. Não acredito em poeta, que vive só de magia, no mundo da alegria, que chora por covardia. Não acredito em poeta, que insiste em escrever prá dentro, deixando os outros de fora, sem entender quase nada. Não acredito em poeta, que dá valor mais à forma, do que ao próprio conteúdo. Que sobre a discórdia e a calúnia, já escreveu quase de tudo. Escrever bem ou escrever mal, não importa. Escrever é preciso. Abre porta. Por isso eu acho que o tema é coisa mais importante. E disso não abro mão, falo com sinceridade. Eu troco qualquer crase, por algo que seja profundo, que tenha criatividade. Nem que seja apenas vestígios, sinais de profundidade. De que adianta falar, sobre os espinhos da rosa, sem no perfume tocar, e nem menção alguma fazer, sobre a forma e o brilho e sobre as cores tecer. De que adianta falar, de pequenos dissabores, sem sugerir os caminhos, que não passem pelos espinhos, que sigam pelos caminhos, alegres de todas as flores. Não acredito em poeta, que não gosta de política. Política no bom sentido. Política que é poesia.Poesia do social. Do bem-estar, da fartura. Do alimento que cura. Não acredito, portanto, em poeta que com ela implica. Enquanto o povo padece. E sua vida se complica. E lendo versos e versos. Que são sem cores e brilho. Versos que só entristece. Versos que só desinforma. São versos sem harmonia. São versos sem estribilho. Que mascaram o sofrimento. Dessa gente tão carente. Desse povo maltrapilho. Que nem sequer sabe ler. Não acredito em poeta que vive a falar dos outros. Com palavras rancorosas. De corações petrificados. Que falam de amor e não convence. São pedras que são atiradas. Seu fim a Deus pertence. Falam de si sem saber. Quando acusam toda a gente. São vaidosos e arrogantes. Soberbos e ignorantes. São dignos de pena enfim. Como se os outros fossem o não. E ele o único sim. Não acredito em poetas, que não sabem ficar calados. Na hora que mais é preciso. Ou é falta de bom senso. Ou é falta de juízo. Não acredito em poeta. Nesse tipo de poeta. A menos que esteja doente. Pois o poeta é humano. Se bem ainda não me engano. Fica doente também. Seja até por pouca crença. Que não acredite em ninguém. Seja pela indiferença, que é doença também. E aqui fica a pergunta. Será que o verdadeiro poeta adoece como a gente? Se até a doença em tese, ele pode transformar, em remédio para alma, em gotas de belos versos, para a alegria voltar? Dizendo que a dor ensina, que salva e determina, a nossa hora final, trazendo a chance de volta, de reparar todo o mal, e assim atingir os céus, atravessando o portal. atravessando o portal.


Domingos Oliveira Medeiros
27 de março de 2002










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